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Espanha: Genro do rei diz desconhecer esquema para desviar dinheiros públicos

A Procuradoria Anti-corrupção suspeita que Urdangarín e o sócio Torres montaram uma rede de empresas para desviar fundos públicos do Instituto Nóos.

26 de Fevereiro de 2012 às 17:29
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O genro do rei de Espanha disse hoje em tribunal desconhecer a existência de um esquema de empresas, supostamente geridas por ele e pelo sócio Diego Torres, para desviar dinheiro público obtido pelo Instituto Nóos, como suspeita a Procuradoria Anti-corrupção.

Iñaki Urdangarín respondeu hoje de manhã a perguntas do juiz do caso 'Palma Arena', José Castro, sobre esta suspeita de esquema que estaria formada pela imobiliária Aizoon (propriedade de Urdangarín e da sua mulher, a infanta Cristina), Nóos Consultadoria, o escritório Tejeiro, a Virtual Estrategies, a Intuit, e o Shiriaimasu y De Goes Center for Stakeholder Management, estas últimas relacionadas com Torres e familiares seus.

A Procuradoria Anti-corrupção suspeita que Urdangarín e Torres montaram uma rede de empresas para desviar fundos públicos do Instituto Nóos, entidade que entre 2004 e 2007 recebeu pelo menos 5,8 milhões de euros de várias administrações públicas, nomeadamente o Governo das Baleares e a Generalitat Valenciana.

Segundo disseram fontes conhecedoras das declarações do duque de Palma à EFE, Urdangarín frisou desconhecer a gestão administrativa e a facturação dessas empresas.

A sessão de hoje ficou marcada por ter falado principalmente o juiz e por o duque ter respondido com o seu desconhecimento dos factos investigados.

Quando o processo começou a ser público, no final do ano passado, o próprio duque de Palma distribuiu um comunicado distanciando a Casa Real das suas actividades privadas.

Posteriormente, a Casa Real considerou que o comportamento de Urdangarín não parece exemplar, e, apesar de pedir respeito à presunção de inocência, anunciou que o duque de Palma deixará de participar em actividades oficiais.

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