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Filha do rei de Espanha volta a ser arguida no processo de branqueamento de capitais

A infanta Cristina foi constituída arguida pela segunda vez no processo de desvio de fundos e branqueamento de capitais, conhecido como Nóos, e será ouvida a 8 de Março.

Reuters
07 de Janeiro de 2014 às 11:37
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A infanta Cristina, filha do rei espanhol, Juan Carlos, foi neste terça-feira, 7 de Janeiro, constituída arguida pela segunda vez no processo de desvio de fundos e branqueamento de capitais, conhecido como Nóos, e será ouvida a 8 de Março. José Castro, juiz instrutor do caso - que envolve também o marido de Cristina, Iñaki Urdangarin -, deu a conhecer a sua decisão num extenso auto de 227 páginas.

 

É a segunda vez que Castro constitui a infanta como arguida neste processo. Em Abril de 2013 acabou por suspender essa decisão, depois de um recurso apresentado pela procuradoria anticorrupção.

 

A Audiência Nacional deixou sem efeito essa decisão de Abril, mas apontou novas linhas de investigação para averiguar se a filha de Juan Carlos poderia ser responsável por delitos fiscais e branqueamento de capitais através da empresa Aizoon.

 

Cristina de Borbon controla 50% do capital da Aizoon e o seu marido os restantes 50%. A Aizoon era uma das empresas envolvidas no universo da empresa Nóos, que está a ser investigada há vários anos pelo alegado desvio de milhões de euros de fundos públicos.

 

No seu auto, o juiz espanhol considera haver indícios suficientes de que a infanta autorizou que a Aizoon "servisse de base imprescindível para que se cometessem delitos fiscais", tendo realizado ainda gastos fraudulentos com fundos da empresa.

 

"Não parece que ninguém deve ficar escandalizado que se pretenda fazer perguntas sobre esta questão", refere o magistrado.

 

Castro considera que tem a obrigação de ouvir a infanta para que esta dê conta do seu conhecimento sobre os alegados delitos fiscais cometidos pela empresa Aizoon, que serviu para distribuir lucros das actividades ilícitas do Instituto Nóos que, por sua vez, obteve fundos públicos irregulares.

 

A defesa da infanta anunciou já que vai recorrer para a Audiência Nacional de Palma de Maiorca.

Miguel Roca, advogado da filha do rei, disse aos jornalistas que vai apresentar um recurso para evitar que Cristina tenha que depor no próximo dia 8 de Março. Entretanto, a Casa Real expressou o seu "respeito pelas decisões judiciais".

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