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BCE baixa previsão de crescimento para 0,8% mas mantém a de inflação

Arrefecimento da economia faz com que o BCE baixe previsão de crescimento para 0,8% este ano. Estimativa de inflação mantém-se nos 2,5%. Já a projeção para a inflação subjacente (mais resistente) sobe para 2,9% este ano

Ralph Orlowski/Reuters
12 de Setembro de 2024 às 13:31
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O 'staff' do Banco Central Europeu (BCE) reviu em baixa a estimativa de crescimento da economia da Zona Euro para 0,8% este ano, mantendo a projeção de uma taxa de inflação de 2,5%. 

No comunicado divulgado nesta quinta-feira, 12 de setembro, o Conselho de Governadores do BCE anuncia que decidiu baixar as taxas de juro em 25 pontos base, dada a atualização das projeções económicas, a dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária - que está a arrefecer a economia.

É nesse sentido que o 'staff' do BCE decidiu rever ligeiramente em baixa a estimativas de crescimento económico da Zona Euro para este ano e os dois próximos. Se em junho esperava que a economia dos 20 países da moeda única crescesse, em conjunto, 0,9%, agora antecipa que avance 0,8% este ano. A revisão em baixa em 0,1 pontos percentuais ocorre também na projeção para 2025 (de 1,4% para 1,3%) e em 2026 (de 1,6% para 1,5%).

A revisão em baixa deve-se a "uma contribuição mais fraca da procura interna nos próximos trimestres", explica o BCE. Isto porque a inflação doméstica continua elevada e os salários estão a subir de forma elevada - mas as condições de financiamento continuam restritivas (pela política monetária em vigor) e a atividade económica está limitada, refletindo um consumo privado e investimento fracos.

Os analistas já esperavam que o 'staff' de Frankfurt reduzisse as estimativas de crescimento, e apontavam também para uma revisão em baixa da taxa de inflação para este ano. 

No entanto, o BCE decidiu manter inalteradas as estimativas para a inflação. "Os dados recentes chegaram praticamente como esperado e as últimas projeções do 'staff' confirmam as previsões anteriores", refere o comunicado.

Os economistas contam que a taxa de inflação acelere na segunda metade do ano, porque parte das quedas acentuadas nos preços da energia vão ser diluídas nas taxas anuais. 

Assim, tal como em junho, Frankfurt estima que os preços subam 2,5% este ano, abrandando o ritmo de crescimento para 2,2% em 2025 e que só em 2026 (na média do ano) ficará abaixo do objetivo de médio prazo (2%), mais precisamente em 1,9%. 

Por outro lado, as projeções para a inflação subjacente (que exclui os bens energéticos e alimentares e que, por isso, é considerada menos volátil e mais persistente) subiram ligeiramente (0,1 ponto percentual em 2024 e 2025), à boleia da inflação nos serviços "que tem estado mais elevada do que o esperado".

O BCE estima agora que a inflação subjacente seja de 2,9% este ano e de 2,3% em 2025, mantendo a previsão de 2% em 2026.

(Notícia atualizada com mais informação às 13:45) 

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