Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Comissão de Acompanhamento do Arrendamento quer rendas acessíveis isentas de IMI

A CAMAU propõe ao Governo que os imóveis arrendados a rendas acessíveis não paguem IMI nem AIMI e propõe uma taxa de IRS de 25% para as rendas com redução de 50% para contratos de cinco ou mais anos.

Bruno Simão/Negócios
12 de Setembro de 2017 às 13:16
  • 4
  • ...

O sector imobiliário continua a desdobrar-se em propostas ao Governo no âmbito da preparação do Orçamento do Estado para 2018 e o mercado do arrendamento é o grande alvo. A Comissão de Acompanhamento do Mercado do Arrendamento Urbano, avança esta terça-feira, 12 de Setembro, com um conjunto de propostas que reúnem muito do que tem vindo a ser solicitado por senhorios e por inquilinos.

 

Desde logo, uma redução da actual taxa de IRS para as rendas, de 28% para 25%, "dando ao mercado um sinal positivo de que a dinamização do arrendamento urbano é efectivamente um desígnio nacional". Para estimular o arrendamento de longa duração, a proposta é um abatimento de 50% a esta taxa, aplicável para contratos de período igual ou superior a cinco anos.

 

Seguindo a aposta nas rendas acessíveis, uma tecla em que tem vindo a bater o actual Governo, a CAMAU propõe que os senhorios que optem por rendas mais baixas fiquem isentos de IMI e de AIMI. Rendas acessíveis, defendem, deverão situar-se entre os 200 e os 400 euros, para tipologias T2 e T4, respectivamente.

 

Tal como defende o actual presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, os representantes da CAMAU querem ver alargado o Programa de Renda Acessível a privados, através da obrigatoriedade de afectação de "20% dos novos fogos em operações urbanísticas". Estes imóveis "poderão ser adquiridos pelo Município ou manter-se a propriedade privada com reserva de uso pelo município durante um período determinado de tempo (por exemplo, 20 anos). Poderão ainda ser construídos em terreno municipal ou por recurso a créditos de construção", sustenta a CAMAU.

 

A criação de um seguro de renda popular e obrigatório e de um seguro multirriscos obrigatório, para senhorios e para inquilinos, são outra das reivindicações recorrentes do sector imobiliário, bem como a eliminação do adicional ao IMI, criado no ano passado. Ainda ao nível fiscal, outra velha aspiração: que o IMI de prédios arrendados possa ser deduzido à colecta e não ao rendimento das rendas, como agora acontece.

 

Relativamente ao alojamento local, que está debaixo de fogo e cuja legislação deverá sofrer alterações no Parlamento por iniciativa da esquerda, a CAMAU entende que deve promover-se um "mercado de Alojamento Local saudável, tendo em conta que o mesmo traz benefícios inestimáveis para a Economia do País", mas "sem haver lugar a alterações legislativas drásticas que possam pôr em causa a sanidade deste segmento de mercado".

 

A CAMAU foi criada na altura da revisão da lei das rendas e manteve-se depois como estrutura privada. Actualmente é constituída pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Associação de Inquilinos Lisbonenses (AIL) e pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

Ver comentários
Saber mais IRS IMI Orçamento do Estado Comissão de Acompanhamento do Mercado do Arrendamento Urbano CAMAU AIMI Programa de Renda Acessível APEMIP AIL CCP Alojamento Local
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio