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PS chumba nova contribuição sobre renováveis

Na recta final do debate do OE, o PS confirmou a mudança do sentido de voto face a sexta-feira, travando assim a criação de uma nova contribuição sobre o sector das renováveis. A proposta foi negociada entre o BE e o Governo.

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27 de Novembro de 2017 às 16:25
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O PS votou contra a criação de uma nova contribuição sobre o sector das energias renováveis, mudando o sentido de voto em relação a sexta-feira, e deixando cair assim a proposta que o Bloco de Esquerda diz ter negociado "passo a passo" com o Governo. A decisão do PS implicou o chumbo da medida e criou uma divisão dentro da própria bancada - Ascenso Simões votou ao lado da restante esquerda e do PAN e o socialista Paulo Trigo Pereira entregou uma declaração de voto. 

"Este processo revelou o melhor da política e, na sua fase final, o pior da política", disse o deputado do PS Luís Testa, no Parlamento. "Tendo em conta os progressos que todos nós já firmámos no sector energético (...) chega a hora de continuar a investir nas energias renováveis" para reduzir a dependência energética do país, explicou o parlamentar. 

No entanto, o deputado não explicou a mudança de posição face a sexta-feira quando o PS viabilizou a proposta do Bloco de Esquerda, um ponto sublinhado por Jorge Costa, o deputado bloquista a quem coube defender a medida. 

"O PS deu uma cambalhota triste na 25ª hora", disse Jorge Costa, acrescentando não entender "o que mudou desde sexta-feira quanto à sustentabilidade" do sector. "O que o PS sabia na sexta-feira sobre as energias renováveis sabe hoje. Não mudou nada." O tema causou mal estar entre as bancadas do PS e do Bloco

Jorge Costa acusou ainda o PS de não ter tido "nervos de aço" em relação ao sector das energias renováveis. 

Na sexta-feira a nova taxa tinha tido os votos favoráveis do PS, Bloco de Esquerda e PCP, a abstenção do PSD e o voto contra do CDS. Esta segunda-feira, o PS votou contra deixando cair a medida. 

A nova taxa, que foi agora chumbada no Parlamento, iria buscar cerca de 250 milhões de euros aos produtores de energia renovável que até agora estavam isentos do pagamento da contribuição extraordinária sobre o sector energético (CESE).   


(Notícia actualizada)

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