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Haitong: Taxa sobre as renováveis cortaria 3% ao EBITDA da EDP Renováveis

De acordo com o banco de investimento, a possível aprovação da taxa - cuja segunda votação decorre esta segunda-feira, depois de o PS ter, inesperadamente, avocado a proposta já aprovada - teria ainda um impacto de 1% no EBITDA da EDP.

O Haitong avalia as acções da EDP Renováveis em 8,00 euros, o que implica um potencial de valorização 35%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que a EDP Renováveis apresenta uma avaliação “muito atractiva”, estando a negociar em bolsa tendo em conta um cenário “muito pessimista”, com um crescimento nulo na capacidade instalada e um aumento de 50 pontos base no custo médio do capital. Trata-se de uma avaliação “injustificada, pois acreditamos que a acção deve começar a apresentar uma melhor prestação assim que as notícias nos Estados Unidos confirmarem que não era tão más como o esperado”.

O Haitong considera que o mercado reagiu de forma exageradamente negativa aos riscos regulatórios nos Estados Unidos devido à vitória de Donald Trump nas eleições. “Dado que a regulação nos Estados Unidos advém de três fontes (Presidente, Congresso e Estados) e pelo menos duas não mudaram, acreditamos que o risco regulatório é mais baixo do que está a ser apreendido pelo mercado”, acrescenta.
Miguel Baltazar/Negócios
27 de Novembro de 2017 às 10:19
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Se a taxa para as energias renováveis - que ameaça retirar 250 milhões de euros aos produtores da energia - for mesmo em frente, a medida poderá ter um impacto negativo de 3% no EBITDA e de 1% da capitalização bolsista da EDP Renováveis.

A estimativa - que também antecipa um impacto negativo de 1% no EBITDA da EDP - é do banco Haitong, numa nota assinada pelo analista Jorge Guimarães e a que o Negócios teve acesso esta segunda-feira, 27 de Novembro.

De acordo com aquele banco de investimento, o impacto estimado sobre os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações seria sentido nos anos de 2018 e 2019.

Reconhecendo que há uma incerteza em torno do tema - poucas depois de ter sido aprovado pelo Parlamento, o PS voltou atrás e pediu a avocação da proposta, ou seja, uma nova votação da medida que deverá ocorrer esta segunda-feira -, o Haitong considera que o regresso deste tema foi "uma supresa".

"O resultado final é incerto para nós, embora ficássemos surpreendidos se uma nova votação não fosse convocada para alterar ou chumbar a proposta. Além disso, há ainda incerteza sobre em que é que consiste realmente a medida, pelo que presumimos que a referência a '1/3 dos subsídios recebidos" seja o equivalente a 1/3 da diferença entre a tarifa média para a energia eólica e o preço da 'pool'," refere a nota.

O Parlamento aprovou na sexta-feira uma nova taxa, a aplicar aos produtores de energia renovável isentos do pagamento da contribuição extraordinária sobre o sector energético (CESE), para reduzir o défice tarifário. Caso a medida avance, todos os operadores licenciados sob regime especial - com remunerações garantidas – serão abrangidos pela contribuição.

A proposta, apresentada pelo Bloco de Esquerda, compreende uma taxa de 30% que "incide sobre a diferença entre o preço médio da electricidade no dia da venda e o valor da tarifa garantida e paga que se repercutiu na factura", designada sobrecusto.

Mas poucas horas depois da aprovação, o PS voltou atrás e pediu a avocação da proposta.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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