Banco polaco do BCP fecha 2024 com lucros de 167 milhões

A filial polaca detida a 50,1% pelo BCP registou um aumento de 25% nos lucros de 2024.

O Bank Millennium é detido a 50,1% pelo BCP. O capital restante está disperso em bolsa.

Inês Santinhos Gonçalves inesgoncalves@negocios.pt

07:44

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O Millennium Bank - o braço polaco do BCP - fechou 2024 com lucros de 719 milhões de zlótis (167,1 milhões de euros), mais 25% que os 576 milhões de zlótis (126,8 milhões de euros) obtidos em 2023.

Os valores foram divulgados pelo BCP esta sexta-feira, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que indica que os resultados do ano passado "mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços", que totalizaram 2.179 milhões de zlótis antes de impostos (506,2 milhões de euros), bem como pelos custos com a contribuição sobre o setor bancário na Polónia que ascenderam a 232 milhões de zlótis (54 milhões de euros) em 2024.

Tendo em conta estes "itens específicos", o resultado líquido de 2024 aumentou de 2.993 milhões de zlótis (659 milhões de euros) para 3.202 milhões de zlótis (744 milhões de euros), correspondendo a uma subida de 7%.

No comunicado à CMVM é ainda indicado que a margem financeira do Millennium Bank - filial detida a 50,1% pelo BCP - aumentou 7% em termos homólogos e 1% face ao trimestre anterior, excluindo os custos relacionados com a prorrogação das moratórias sobre créditos hipotecários denominados em zlótis.

Os custos operacionais aumentaram 13% e os proveitos "core" subiram 4%. Já o rácio de crédito com imparidade fixou-se em 4,5% que compara com 4,6% no ano anterior, indica o BCP.

O banco informa ainda que o número de clientes ativos aumentou, com mais 146 mil face a dezembro de 2023, para um total de 3,1 milhões.

Na quinta-feira, Bank Millenniumi informou, em comunicado, que o seu "chairman" irá cessar funções no final do mandato. Boguslaw Kott justificou a decisão com a intenção de "reduzir a sua atividade profissional". Assim, na próxima assembleia-geral de acionistas Kott irá abandonar o cargo, bem como o seu lugar no Conselho de Supervisão.