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Compra do Novo Banco? "Não nos imiscuímos na gestão da Caixa", diz Miranda Sarmento
O banco liderado por Paulo Macedo foi um de pelo menos três - a par com o BCP e o espanhol CaixaBank - a destacar equipas internas para estudarem a compra do Novo Banco, segundo o Jornal Económico.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, diz que o Governo respeita a autonomia de gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e "não se imiscui" numa eventual avaliação das condições de mercado relativamente a concorrentes.
A reação surge na sequência da manchete do Jornal Económico que avança, esta sexta-feira, que "o Governo manda CGD avançar para o Novo Banco", dando conta de que o banco liderado por Paulo Macedo foi um de três - a par com o BCP e o espanhol CaixaBank - a destacar equipas internas para estudarem a compra da instituição financeira, numa altura em que esta anda em "roadshow" a preparar uma Oferta Pública Inicial (IPO).
"Nós respeitamos a autonomia de gestão da Caixa Geral de Depósitos. A CGD fará a avaliação que entender daquilo que são as condições de mercado e do que possam ser desenvolvimentos futuros do mercado. Se a Caixa entender fazer essa avaliação face a situações que possam vir a ocorrer no futuro, o Governo depois tomará decisões com base nessa avaliação, mas não nos imiscuímos naquilo que é a gestão da Caixa e no que possa ser a avaliação de condições de mercado relativamente a concorrentes", afirmou, em declarações aos jornalistas, à margem de um evento no ISEG, em Lisboa.
O fundo norte-americano Lone Star, detentor de 75% do capital do Novo Banco, está a avaliar a instituição financeira num valor a rondar os 5 mil milhões de euros, o patamar fixado para eventuais conversas com investidores, nacionais e estrangeiros, que se posicionem numa corrida à compra do banco, como noticiou o Negócios.
Em julho do ano passado, em entrevista ao Negócios, Paulo Macedo, afirmou que a Caixa Geral de Depósitos estava disponível para olhar para o Novo Banco.