Notícia
Tarifas dos EUA ao Canadá e México iminentes impulsionam petróleo
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
Juros aliviam na Zona Euro com inflação em França a ficar abaixo do esperado
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta sexta-feira, com os investidores a anteciparem os números da inflação de janeiro na Alemanha e a avaliarem os dados já conhecidos da subida dos preços em França.
A inflação na segunda maior economia do bloco europeu manteve-se inalterada face a dezembro e acelerou 1,8% em termos homólogos. Este valor fica ainda abaixo das estimativas dos analistas que apontavam para 1,9%.
As Bunds alemãs a dez anos, que servem de referência para o bloco europeu, recuam 4,7 pontos base para 2,469%. Já a rendibilidade da dívida francesa, com a mesma maturidade, desce 4,2 pontos base para 3,221%.
Por cá, as "yields" das obrigações do Tesouro cedem também 4,2 pontos base para 2,863% e a das obrigações espanholas também a dez anos recuam 4,7 pontos para 3,070%. Já as "yields" da dívida italiana descem 4,1 pontos para 3,556%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos aliviam 3,4 para 4,525%.
Ameaça de tarifas sustenta dólar
O dólar segue a negociar em alta, sustentado pelo primeiro teste do novo Presidente dos Estados Unidos no que toca à implementação de tarifas. Ontem Donald Trump confirmou que espera aumentar as taxas alfandegárias a importações do Canadá e México para 25%.
O índice do dólar, que segue a "nota verde" contra as suas principais rivais, soma 0,29% para 108,107 dólares, enquanto o euro cede 0,18% para 1,0372 dólares. Contra o iene, o dólar desce 0,55% para 154,31.
Apesar da divulgação do índice PCE (índice de preços de consumo pessoal) - o indicador de inflação preferido da Fed - "é esperado que o dólar seja impulsionado principalmente pela história das tarifas", escreve o analista do ING Francisco Pesole numa nota.
"Se, até ao final do dia de hoje, não tivermos notícias sobre o Canadá e o México, os riscos são provavelmente de um dólar mais forte, uma vez que os mercados poderão prever uma maior probabilidade de as tarifas serem anunciadas amanhã", acrescentoou.
Ouro atinge novo recorde à beira dos 3.000 dólares
A incerteza em torno do aumento das taxas alfandegárias pelo novo residente da Casa Branca levou o ouro novamente a máximos históricos. Após ter superado um recorde alcançado em outubro na quinta-feira, o metal amarelo chegou hoje aos 2.799,65 dólares por onça, à beira da fasquia dos 3.000 dólares.
O ouro, que soma a esta hora 0,08% para 2.796,7 dólares por onça, tem beneficiado da procura por ativos-refúgio dadas as questões sobre as tarifas que os EUA pretendem aplicar ao Canadá e México já a partir deste sábado.
Ainda a centrar atenções vai estar a divulgação do índice PCE (índice de preços de consumo pessoal), que é o indicador de inflação preferido da Fed para analisar o progresso feito na frente da subida de preços.
"As repetidas ameaças de tarifas alimentaram a procura por refúgio junto do ouro... qualquer surpresa negativa na leitura da inflação poderia sugerir maior flexibilidade política para a Fed, potencialmente antecipando as expectativas de corte de taxas e fornecendo mais apoio ao metal precioso", disse à Reuters o estratega da IG, Yeap Jun Rong.
Tarifas dos EUA ao Canadá e México iminentes impulsionam petróleo
Os preços do petróleo seguem a negociar em alta esta sexta-feira, com o mercado centrado na imposição de tarifas às importações do Canadá e México por parte do Presidente dos Estados Unidos, os dois maiores exportadores de crude para os EUA, que poderão entrar em vigor já amanhã.
Contudo, ainda não foi tomada uma decisão sobre se as taxas vão abranger o petróleo, clarificou Donald Trump em declarações na Casa Branca.
O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, sobe 0,66% para 73,21 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte, o "benchmark" europeu, ganha 0,35% para 77,14 dólares. Os dois índices caminham para uma perda semanal em torno dos 2% e um ganho semanal acima dessa fasquia.
Os investidores aguardam agora mais detalhes sobre as taxas alfandegárias cujos detalhes deverão ser clarificados ao longo desta sexta-feira.
Futuros da Europa em alta. Bolsas sul coreanas reabrem pressionadas por tecnológicas
Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos na abertura, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a avançarem 0,15%, depois de os resultados da Apple e Intel terem gerado maior apetite por ativos de risco.
Ainda a centrar atenções estão as tarifas de 25% anunciadas por Donald Trump sobre o Canadá e o México que vão mesmo ser implementadas a 1 de fevereiro. O Presidente revelou ainda que não foi tomada uma decisão sobre se as taxas vão abranger o petróleo, uma vez que o Canadá e o México são os principais fornecedores de crude aos EUA.
Na Ásia, as tecnológicas pressionaram o índice sul-coreano Kospi (-0,77%), numa reação com atraso às fortes perdas do setor na segunda-feira, uma vez que várias bolsas da região estiveram encerradas devido às celebrações do novo ano chinês.
Entre as maiores perdas esteve uma fornecedora da Nvidia, a SK Hynix, que chegou a cair mais de 11%, pressionada pela turbulência causada dias antes pela startup chinesa DeepSeek. Também a Samsung desceu mais de 2% após ter revelado que a sua divisão de "chips" teve menor lucro que o esperado em 2024.
Outras praças na China, Hong Kong, Taiwan e Vietname continuam encerradas.
Já no Japão, o Topix avançou 0,24% e o Nikkei subiu 0,15%.