Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Bloco para o Governo: "O erro de hoje é inédito nos dois anos deste acordo"

Mariana Mortágua acusou o Governo de falta de lealdade na taxa de energia, mas garantiu que o Bloco de Esquerda vai manter o voto favorável ao Orçamento do Estado porque "palavra dada é mesmo palavra honrada".

A carregar o vídeo ...
27 de Novembro de 2017 às 18:02
  • 15
  • ...

A deputada Mariana Mortágua classificou esta segunda-feira de "inédito" o recuo do PS quanto à taxa sobre as produtoras de energias renováveis no âmbito do acordo que fez este mês dois anos, medida que a agora líder parlamentar diz ter sido acordada com os ministérios da Economia e das Finanças. 

"O erro de hoje é inédito nos dois anos deste acordo", disse Mariana Mortágua, que falava na sessão de encerramento que antecede a votação final global do documento. "
É um episódio que fica na historia deste OE e desta maioria política", afirmou a deputada, acrescentado que o Governo "preferiu amarrar-se" às grandes empresas.

"Quando era preciso um primeiro-ministro com nervos de aço, o Governo falhou", acusou, explicando que o Bloco de Esquerda não se queixa apenas pela falta de "lealdade" mas sim porque esta era uma "oportunidade" para o país baixar a factura da electricidade para as famílias e as empresas. 

A deputada disse ainda que a nova taxa sobre o sector da energia renovável - primeiro aprovada pelo PS e depois chumbada - é "parcial e moderada", não pondo em causa novos investimento e não afectando as contas públicas.   

Esta "subserviência ao sector das renováveis" acontece depois de uma "negociação consistente com objectivos sérios". 

Apesar deste revés, o Bloco mantém o voto favorável do Orçamento do Estado para 2018. "Para nós palavra dada é mesmo palavra honrada. Não faltaremos ao nosso compromisso".

Virando-se para as bancadas à direita, Mariana Mortágua explicou que o Bloco não faltará também aos compromissos com os trabalhadores, lembrando de seguida um conjunto de medidas incluídas no documento inicial do Orçamento, como a descida do IRS, e durante o debate na especialidade, como o fim do corte de 10% do subsídio de desemprego. 

"Não desperdiçamos nenhuma das conquistas que fizemos mas também não abandonamos nenhuma das lutas por cumprir", garantiu.   

Ver comentários
Saber mais Orçamento do Estado Mariana Mortágua Governo energia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio