Notícia
Centeno não cedeu à esquerda: meta do défice passa a 0,7%
Mário Centeno, ministro das Finanças, apresenta a actualização do Programa de Estabilidade para 2018-2022. O Governo compromete-se com metas mais ambiciosas para o crescimento da economia e para a redução do défice.
Mário Centeno, ministro das Finanças, manteve-se firme: a meta do défice para 2018 foi mesmo revista para 0,7% do PIB, na actualização do Programa de Estabilidade 2018-2022, enviado esta sexta-feira para a Assembleia da República. O número gerou polémica durante a semana, com Bloco de Esquerda e PCP a acusarem o Executivo de não cumprir o acordado no âmbito do Orçamento do Estado.
Os dois partidos que apoiam o Governo no Parlamento queriam que a folga orçamental – conquistada com a execução melhor do que o previsto do orçamento de 2017, e com a melhoria da conjuntura económica – fosse agora aproveitada para aumentar o financiamento aos serviços públicos e subir o investimento. Mas Centeno recusou este caminho.
Em conferência de imprensa, logo no início da apresentação do Programa de Estabilidade, o ministro respondeu à esquerda: "Há alternativas a este caminho, há sempre alternativas, mas esse é um regresso ao passado." E ainda avisou: "O risco do retrocesso existe e ele é maior do que parece, principalmente quando as coisas nos correm bem."
Depois, em respostas aos jornalistas, garantiu que as metas agora apresentadas, embora mais ambiciosas, não representam qualquer alteração na trajectória orçamental para o país. "A trajectória orçamental é idêntica, não há nenhuma revisão das metas, apenas uma adaptação, ao longo do tempo, à evolução da economia e da capacidade do país de responder," defendeu.
Já na quarta-feira, enquanto os partidos de esquerda reclamavam a margem orçamental e a manutenção da meta de défice nos 1,1% previstos no Orçamento do Estado (contando com as medidas de combate aos fogos), o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, tinha dado o número como fechado nos 0,7% numa entrevista à Bloomberg TV.
Tal como esperado, as metas de défice foram todas revistas para valores mais ambiciosos. Para 2019, confirma-se a meta de um défice de 0,2% do PIB. A partir de 2020, as contas públicas portuguesas passarão a registar um excedente, com o Governo a apontar para 0,7% do PIB, uma décima a mais do que tinha sido noticiado pelo Negócios como valor preliminar. Em 2021 o excedente sobe para 1,4% e em 2022 passa a 1,3% do PIB.
Os dois partidos que apoiam o Governo no Parlamento queriam que a folga orçamental – conquistada com a execução melhor do que o previsto do orçamento de 2017, e com a melhoria da conjuntura económica – fosse agora aproveitada para aumentar o financiamento aos serviços públicos e subir o investimento. Mas Centeno recusou este caminho.
Depois, em respostas aos jornalistas, garantiu que as metas agora apresentadas, embora mais ambiciosas, não representam qualquer alteração na trajectória orçamental para o país. "A trajectória orçamental é idêntica, não há nenhuma revisão das metas, apenas uma adaptação, ao longo do tempo, à evolução da economia e da capacidade do país de responder," defendeu.
Já na quarta-feira, enquanto os partidos de esquerda reclamavam a margem orçamental e a manutenção da meta de défice nos 1,1% previstos no Orçamento do Estado (contando com as medidas de combate aos fogos), o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, tinha dado o número como fechado nos 0,7% numa entrevista à Bloomberg TV.
Tal como esperado, as metas de défice foram todas revistas para valores mais ambiciosos. Para 2019, confirma-se a meta de um défice de 0,2% do PIB. A partir de 2020, as contas públicas portuguesas passarão a registar um excedente, com o Governo a apontar para 0,7% do PIB, uma décima a mais do que tinha sido noticiado pelo Negócios como valor preliminar. Em 2021 o excedente sobe para 1,4% e em 2022 passa a 1,3% do PIB.