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Governo quer bater recorde europeu de redução da dívida
A trajectória de redução da dívida prevista no Programa de Estabilidade, a concretizar-se, colocaria Portugal ao nível dos resultados da Bélgica no anos 90, escreve o Público. A Bélgica é o exemplo que é sempre dado para retratar os bons métodos de consolidação orçamental.
Se Portugal conseguir cumprir o que está no Programa de Estabilidade em matéria de redução da dívida pública, isso colocará o país no papel de novo grande exemplo europeu de redução da dívida sem ter de recorrer a qualquer reestruturação. As contas são do jornal Público que, na sua edição desta segunda-feira, 16 de Abril, conclui que, se se concretizarem as previsões do Executivo, então Portugal consegue não só imitar como até superar o exemplo de redução acelerada da dívida dado pela Bélgica no final dos anos 1990.
Depois de, em 2016, se ter atingido um máximo de 130,1% no rácio da dívida pública no PIB, o Governo estima agora que o ritmo de descida para 125,7% registado em 2017 se mantenha nos anos que aí vêm. Assim sendo, em 2022 estaríamos nos 102%, uma descida de 28,1 pontos percentuais que, segundo o Público, seria um novo máximo registado pelos membros da zona euro, num período idêntico de seis anos.
Até agora, o exemplo que se continua a destacar é o da Bélgica, que, apenas com medidas de consolidação orçamental, reduziu drasticamente a sua dívida em poucos anos.
O Programa de Estabilidade foi entregue esta sexta-feira no Parlamento e, entre várias previsões, o Governo aponta para um défice de 0,7% durante 2018, revendo em baixa as previsões inscritas no Orçamento do Estado (1%) e posteriormente revistas em alta (para 1,1%), na sequência das apresentação do pacote de medidas contra os incêndios.