Notícia
Ministro da Economia já deu como fechado défice de 0,7% em 2018
Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, disse em entrevista à Bloomberg que o défice deste ano será de 0,7% do PIB. O número ainda não tinha sido confirmado pelo Executivo como uma meta fechada.
Estavam ainda os parceiros da esquerda a exigir do Governo que recuasse na intenção de rever a meta do défice para 0,7% do PIB este ano – um número avançado pela imprensa mas que só se tornará definitivo com a entrega do Programa de Estabilidade esta sexta-feira – e já Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, dava a meta como fechada em entrevista à Bloomberg, publicada esta manhã.
O jornalista da Bloomberg pediu a Caldeira Cabral um comentário sobre a boa avaliação que os mercados fazem neste momento da economia portuguesa, reflectida em juros baixos para financiar o país. Caldeira Cabral respondeu: "Penso que os mercados financeiros estão a reconhecer o esforço que fizemos na redução do défice. E o nosso défice este ano vai ser 0,7% do PIB."
Ora, por enquanto esta ainda não era a meta oficial do défice assumida pelo Governo. Aliás, o objectivo para o défice de 2018 está a ser alvo de tensão entre os partidos da esquerda e o Governo. Bloco de Esquerda e PCP exigiram durante esta quarta-feira que o Executivo mantenha a meta de 1% do PIB no Programa de Estabilidade. O défice de 1% é o valor inscrito no Orçamento do Estado para 2018, aprovado pelo PS, BE e PCP. Posteriormente o Governo assumiu que a meta seria de 1,1% por causa das medidas de combate aos fogos.
Perante os apelos da esquerda, o Ministério das Finanças esteve em silêncio e, até ao momento, o número que alimentava o debate tinha sido avançado pela comunicação social, não tendo ainda sido confirmado como definitivo pelo Executivo. Ao que o Negócios apurou, ao final da tarde de quarta-feira não estavam agendadas quaisquer reuniões entre os socialistas e os bloquistas ou os comunistas, mas havia ainda a esperança por parte da esquerda de que o valor pudesse mudar.
Contactado, o Ministério das Finanças não comentou as declarações de Caldeira Cabral. "O Ministério das Finanças não se pronuncia sobre o Programa de Estabilidade até ao envio do documento para o Parlamento", respondeu fonte oficial. O documento será discutido e votado quinta-feira em Conselho de Ministros, para ser depois enviado à Assembleia da República.
O jornalista da Bloomberg pediu a Caldeira Cabral um comentário sobre a boa avaliação que os mercados fazem neste momento da economia portuguesa, reflectida em juros baixos para financiar o país. Caldeira Cabral respondeu: "Penso que os mercados financeiros estão a reconhecer o esforço que fizemos na redução do défice. E o nosso défice este ano vai ser 0,7% do PIB."
Perante os apelos da esquerda, o Ministério das Finanças esteve em silêncio e, até ao momento, o número que alimentava o debate tinha sido avançado pela comunicação social, não tendo ainda sido confirmado como definitivo pelo Executivo. Ao que o Negócios apurou, ao final da tarde de quarta-feira não estavam agendadas quaisquer reuniões entre os socialistas e os bloquistas ou os comunistas, mas havia ainda a esperança por parte da esquerda de que o valor pudesse mudar.
Contactado, o Ministério das Finanças não comentou as declarações de Caldeira Cabral. "O Ministério das Finanças não se pronuncia sobre o Programa de Estabilidade até ao envio do documento para o Parlamento", respondeu fonte oficial. O documento será discutido e votado quinta-feira em Conselho de Ministros, para ser depois enviado à Assembleia da República.