Notícia
Costa não vê motivos para BE e PCP estarem descontentes com redução do défice
O primeiro-ministro considera que os compromissos assumidos nas posições conjuntas assinadas com BE, PCP e Verdes estão a ser cumpridos, pelo que não vê justificação para que bloquistas e comunistas estejam descontentes com a meta de défice de 0,7% do PIn assumida no Programa de Estabilidade.
13 de Abril de 2018 às 23:44
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje não ver razões para o Bloco de Esquerda e o PCP estarem descontentes com a redução do défice, insistindo que os compromissos assumidos estão a ser cumpridos.
"Se estivéssemos agora a alterar alguma das medidas que acordámos no Orçamento, se estivéssemos agora a abandonar alguns dos compromissos que assumimos, aí sim, havia razões para alguém se queixar. Felizmente, não é essa a circunstância", declarou.
António Costa, que falava aos jornalistas em Barrancos, no distrito de Beja, reiterou que o seu Governo está "a cumprir tudo" com o que se comprometeu e até "a poder reforçar o investimento em 74 milhões de euros" com o que foi poupado nos juros da dívida.
"Só podemos fazer isto porque conseguimos poupar e estamos a poupar", vincou o chefe do Governo, salientando que, "sendo menor o défice, é menor a dívida e, tendo uma boa gestão orçamental, estão a cobrar [a Portugal] menos juros do que cobravam há uns anos".
"É essa trajectória que temos de continuar a fazer de forma a que todas as conquistas que conseguimos neste dois anos e meio sejam mesmo irreversíveis e não voltemos a ter problemas mais à frente", acrescentou.
Questionado pelos jornalistas sobre se achava que BE e PCP entendiam o discurso do Governo, o primeiro-ministro respondeu: "É natural que, sendo partidos diferentes, tenham propostas e ideias diferentes, mas quanto ao essencial estamos todos entendidos".
António Costa referiu que os compromissos com os parceiros parlamentares "não são ter este ou aquele défice" e que a obsessão do Governo "não é o défice", mas sim "melhor económica e mais emprego".
"O défice não é mais baixo por termos desistido de qualquer das medidas, o défice não é mais baixo por termos aumentado algum imposto que não estava previsto aumentar", argumentou, indicando que "é mais baixo graças ao sucesso das políticas" do Governo.
O chefe do Governo apontou ainda que o trabalho do Governo tem de "prosseguir de uma forma equilibrada" para que todos os compromissos que foram assumidos com os portugueses e com BE e PCP "venham a ser cumpridos".
Acompanhado pelo presidente da Câmara de Barrancos, João Serranito Nunes, e por outros autarcas eleitos pelo PS, o primeiro-ministro visitou a Expo Barrancos, que decorre, até domingo, no Parque de Feiras e Exposições da vila alentejana.
António Costa parou na maior parte dos expositores do certame para "dois dedos de conversa" com empresários e comerciantes e provar os produtos locais, de entre os quais o emblemático presunto.
No Programa de Estabilidade apresentado na sexta-feira, o Governo reviu em baixa a meta do défice deste ano para 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), face aos 1,1% inscritos no Orçamento do Estado para 2018.
O executivo reviu em alta a estimativa de crescimento económico para este ano, de 2,2% para 2,3%, e anunciou uma previsão de taxa de desemprego de 7,6%, de taxa de inflação de 1,4% e uma descida da dívida pública para 122,2% do PIB,
Em 2017, a economia portuguesa cresceu 2,7% e o emprego avançou 3,3%. O défice orçamental ficou nos 0,9% do PIB, sem a contabilização da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), operação que fez subir o indicador para 3%.
"Se estivéssemos agora a alterar alguma das medidas que acordámos no Orçamento, se estivéssemos agora a abandonar alguns dos compromissos que assumimos, aí sim, havia razões para alguém se queixar. Felizmente, não é essa a circunstância", declarou.
"Só podemos fazer isto porque conseguimos poupar e estamos a poupar", vincou o chefe do Governo, salientando que, "sendo menor o défice, é menor a dívida e, tendo uma boa gestão orçamental, estão a cobrar [a Portugal] menos juros do que cobravam há uns anos".
"É essa trajectória que temos de continuar a fazer de forma a que todas as conquistas que conseguimos neste dois anos e meio sejam mesmo irreversíveis e não voltemos a ter problemas mais à frente", acrescentou.
Questionado pelos jornalistas sobre se achava que BE e PCP entendiam o discurso do Governo, o primeiro-ministro respondeu: "É natural que, sendo partidos diferentes, tenham propostas e ideias diferentes, mas quanto ao essencial estamos todos entendidos".
António Costa referiu que os compromissos com os parceiros parlamentares "não são ter este ou aquele défice" e que a obsessão do Governo "não é o défice", mas sim "melhor económica e mais emprego".
"O défice não é mais baixo por termos desistido de qualquer das medidas, o défice não é mais baixo por termos aumentado algum imposto que não estava previsto aumentar", argumentou, indicando que "é mais baixo graças ao sucesso das políticas" do Governo.
O chefe do Governo apontou ainda que o trabalho do Governo tem de "prosseguir de uma forma equilibrada" para que todos os compromissos que foram assumidos com os portugueses e com BE e PCP "venham a ser cumpridos".
Acompanhado pelo presidente da Câmara de Barrancos, João Serranito Nunes, e por outros autarcas eleitos pelo PS, o primeiro-ministro visitou a Expo Barrancos, que decorre, até domingo, no Parque de Feiras e Exposições da vila alentejana.
António Costa parou na maior parte dos expositores do certame para "dois dedos de conversa" com empresários e comerciantes e provar os produtos locais, de entre os quais o emblemático presunto.
No Programa de Estabilidade apresentado na sexta-feira, o Governo reviu em baixa a meta do défice deste ano para 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), face aos 1,1% inscritos no Orçamento do Estado para 2018.
O executivo reviu em alta a estimativa de crescimento económico para este ano, de 2,2% para 2,3%, e anunciou uma previsão de taxa de desemprego de 7,6%, de taxa de inflação de 1,4% e uma descida da dívida pública para 122,2% do PIB,
Em 2017, a economia portuguesa cresceu 2,7% e o emprego avançou 3,3%. O défice orçamental ficou nos 0,9% do PIB, sem a contabilização da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), operação que fez subir o indicador para 3%.