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Venda de bens penhorados pela Net rende 26 milhões mês

Os leilões electrónicos arrancaram em 2016 e, até ao final do ano passado as vendas ascenderam a 523 milhões de euros, valores que, dessa forma, foram recuperados pelos credores nas penhoras das acções de cobranças de dívidas em tribunal.

Bruno Simão
14 de Abril de 2018 às 13:15
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O número consta do Programa de Estabilidade entregue esta sexta-feira, 13 de Abril, no Parlamento e, em 20 meses, o valor arrecadado pelas vendas através da plataforma de leilões electrónicos foi de 523 milhões de euros: 40 milhões em 2016, ano de lançamento do projecto, e 483 milhões até 31 de Dezembro de 2017. Contas feitas, a média é de 26,1 milhões de euros por mês.

 

Em causa está a venda de bens que são penhorados a pessoas com dívidas que foram processadas nos tribunais através de acções executivas para cobranças de dívidas. O não pagamento voluntário leva à penhora, seja de imóveis, seja de bens móveis como carros, electrodomésticos ou outros, que são depois vendidos e o valor conseguido entregue aos credores, para assim se ressarcirem das dívidas.

 

Os leilões electrónicos, recorde-se, vieram substituir as tradicionais vendas por carta fechada e, dizem os agentes de execução, são muito mais transparentes e asseguram que os bens são vendidos por preços mais próximos do seu valor real. Os custos de realização das vendas são também mais baixos.

 

O Ministério da Justiça promoveu o enquadramento legal para a criação de uma plataforma electrónica que foi depois desenvolvida pela Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (na foto, José Carlos Resende, bastonário), que procede agora à respectiva gestão e exploração.

 

Na prática tudo é feito on-line, desde o anúncio da venda, na página www.e-leiloes.pt até às licitações e à venda propriamente dita.

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