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Tsipras: Irei a Bruxelas na segunda-feira para assinar um acordo, ganhe o "sim" ou o "não" no referendo

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse esta quinta-feira, em entrevista à estação de televisão ANT1, que o acordo apresentado pelos credores seguirá para votação no Parlamento se os gregos votarem ‘sim’ às propostas da troika feitas a 25 de Junho.

Reuters
02 de Julho de 2015 às 20:18
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Alexis Tsipras considera que se o ‘não’ vencer, no referendo de 5 de Julho, sobre as propostas apresentadas pelos credores, isso ajudará ambas as partes a chegarem mais depressa a um acordo. Mas sublinha também, na entrevista dada à ANT1 TV, que irá na segunda-feira a Bruxelas para assinar um acordo com as instituições credoras da Grécia independentemente de ganhar o ‘sim’ ou o não’ na consulta popular deste domingo.

"No dia a seguir ao referendo, iremos retomar de imediato os nossos esforços para chegar a um acordo", sublinhou. E reafirmou, conforme tem vindo a fazer nos últimos dias, que não está em causa uma saída da Grécia da Zona Euro. Mesmo que o vença o 'não' às propostas dos credores, "isso não representa uma ruptura com a Europa", notou.

Na mesma entrevista, Tsipras não poupou críticas ao Fundo Monetário Internacional, frisando que foi preciso convocar o referendo para o FMI divulgar a sua análise sobre a sustentabilidade da dívida grega.


"O que o FMI disse hoje sobre a dívida grega nunca nos tinha dito durante as negociações. (…) As filas em frente aos bancos são uma vergonha para a Grécia e Europa. Os nossos parceiros recusaram conceder-nos uma curta extensão do programa [de resgate], optando, em vez disso, pela extorsão", afirmou o primeiro-ministro helénico, que replicou na sua conta de Twitter os principais tópicos abordados.

Tsipras voltou também a declarar que sem reestruturação da dívida, "nenhum programa será viável". E recordou que o seu governo recusou aceitar medidas que penalizariam os agricultores, alguns estratos sociais e as economias das ilhas.


Aproveitou ainda para criticar as televisões privadas do país, afirmando que as manifestações de apoio ao ‘não’ no referendo "foram intencionalmente – e inapropriadamente – ignoradas pelas estações de TV privadas".


(notícia actualizada às 21h10)

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