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Sondagens mostram gregos divididos. Entre o “sim” e o “não” não há um claro vencedor

A dois dias do referendo em que serão chamados a votar "sim" ou "não" às propostas dos credores, os gregos revelam-se muito divididos. Duas sondagens, divulgadas esta sexta-feira, desenham cenários contraditórios.

Bloomberg
03 de Julho de 2015 às 09:07
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Os gregos estão muito divididos nas suas intenções de voto no referendo deste domingo. É o que revelam as mais recentes sondagens que, de forma quase alternada, vão dando a vitória ao "sim" e ao "não".

 

A mais recente sondagem realizada pela Universidade da Macedónia para a Bloomberg, aponta para a vitória do "não", com 43% dos votos, enquanto o "sim" recolhe 42,5% das intenções de voto. A margem de erro desta sondagem é de 3%.

"Este referendo dividiu a sociedade grega em dois grupos, que têm uma visão diferente da questão", afirmou Nikos Marantzidis, professor de ciência política na Universidade da Macedónia, em declarações à Bloomberg. "Há os apoiantes, aqueles que realmente acham que o futuro do país está fora da Zona Euro e até mesmo da União Europeia, e aqueles que consideram que o referendo é uma táctica de negociação".

Segundo uma outra sondagem, conduzida pelo instituto Alco para o jornal Ethnos, 44,8% dos gregos apoia o "sim" e, portanto, a proposta de acordo apresentada pelos credores, contra 43,3% que o rejeitam. A percentagem de indecisos, a dois dias do referendo, é de 11,8%.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras tem apelado ao voto no "não" na consulta popular de domingo, garantindo que esse é um "passo decisivo para um acordo melhor".

O chefe do Governo grego reiterou, na quarta-feira, que o voto contra a austeridade não significa a saída da Zona Euro. "Dizem que tenho um plano secreto, e que se as pessoas votarem ‘não’ vamos sair da Zona Euro. Estão a mentir", afirmou durante a declaração transmitida na quarta-feira à tarde.

 

Ontem, numa entrevista à Bloomberg, o ministro das Finanças Yanis Varoufakis foi mais longe, avisando que se demitirá caso o "sim" vença no referendo.

 

Não serei o ministro das Finanças" na segunda-feira, se o sim ganhar, afirmou o governante grego. Mas o ministro das Finanças poderá não ser o único a abandonar o seu cargo no Governo. "Provavelmente teremos de mudar a configuração do governo porque alguns não vão ter estômago", admitiu o ministro.

 

De acordo com a sondagem realizada pela Universidade da Macedónia, o número de gregos favoráveis ao "não" tem caído desde o sábado passado, altura em que recolhia 52% das intenções de voto. Ao mesmo tempo, o "sim" foi ganhando terreno, a partir do momento em que os bancos foram encerrados.

A pesquisa mostra também que 81% dos gregos acredita que permanecer no euro oferece melhores perspectivas para o futuro, um valor que também aumentou desde o fim-de-semana.  

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