Depois de Atenas comprometer-se a apresentar aos parceiros europeus uma lista de reformas específicas nos próximos dias, Pedro Passos Coelho congratulou o Executivo de Alexis Tsipras.

"Quero desejar o maior sucesso ao Governo grego para poder concluir todos os trabalhos técnicos", disse o primeiro-ministro português.

Passos Coelho espera assim que o Executivo de Alexis Tsipras consiga ultrapassar a "situação difícil, e cada vez mais difícil, que se vive na Grécia".

As declarações foram proferidas em Bruxelas na conferência de imprensa realizada após o final do Conselho Europeu esta sexta-feira, 20 de Março.

O chefe de Governo reforçou que espera "sinceramente que a Grécia possa ultrapassar a situação difícil que vive" e, que na União Europeia, todos os estados-membros reconhecem as "dificuldades que existem" e a necessidade de "ultrapassar a situação".

"Quero reafirmar, do lado de Portugal, o nosso desejo para encontrar a solução que devolva aos gregos a possibilidade de fechar o programa de assistência", afirmou.

Passos Coelho também sublinhou que, nesta fase, não deve haver interferência por parte dos parceiros europeus e "deixar o Governo grego a tratar do assunto que lhe diz respeito".

Questionado sobre o que havia sido discutido relativamente à actual situação na Grécia, o primeiro-ministro  começou por dizer que este "não foi um tema" desta cimeira europeia desta quinta e sexta-feira. No entanto, lembrou que a 20 de Fevereiro foi alcançado um entendimento "e é com base nesse acordo que se está a trabalhar".

Passos Coelho revelou ainda ter tido a oportunidade de cumprimentar o seu "colega grego", fazendo referência a Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia. Algo que ainda não tinha acontecido em nenhum dos encontros dos líderes europeus desde a vitória eleitoral do Syriza a 25 de Janeiro. O chefe do Executivo português disse ainda que transmitiu "felicitações" a Tsipras por ter sido eleito.

O primeiro-ministro disse também não se sentir "nada incomodado" por não ter participado na "minicimeira" entre Alexis Tsipras, Angela Merkel, François Hollande e os presidentes da Comissão Europeia e do Eurogrupo.

"Não estou nada incomodado em não ter participado desse encontro. Encontros à margem do Conselho Europeu ocorrem com frequência. Cada um tem a liberdade de escolher com quem conversar", disse Pedro Passos Coelho.