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Grécia reembolsa FMI em 350 milhões e ainda precisa de pagar hoje mais 1,6 mil milhões

Se os reembolsos desta sexta-feira forem concluídos com sucesso, Atenas afasta o fantasma da bancarrota até ao final do mês, quando tiver de pagar mais de cinco mil milhões de euros em salários, reformas, ajudas sociais e despesas de Segurança Social.

Reuters
20 de Março de 2015 às 12:41
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A Grécia efectou novo reembolso aos seus credores internacionais. Atenas pagou 350 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) esta sexta-feira, 20 de Março, avança a agência Efe.

 

No total, a Grécia já efectuou um pagamento de 1,5 mil milhões de euros ao Fundo durante este mês.

 

Mas há mais dinheiro a pagar hoje aos credores internacionais. São 1,6 mil milhões de euros de dívida de curto prazo que vence esta sexta-feira.

 

Este reembolso vai ser pago recorrendo ao dinheiro arrecadado com as emissões de dívida de curto prazo de quarta-feira quando foi arrecadado 1,3 mil milhões de euros em bilhetes a três meses com um juro de 2,70%.

 

A Grécia afasta assim, para já, o fantasma da bancarrota. Se os 1,6 mil milhões forem hoje pagos, novos pagamentos aos credores internacionais só vão ter lugar em Abril quando a Grécia tiver de pagar 460 milhões de euros ao FMI relativos ao empréstimo de 2010 e 2,4 mil milhões de euros em bilhetes do tesouro.

 

Mas até ao final do mês, o Governo de Alexis Tsipras tem mais pagamentos a fazer. Para começar, 2,6 mil milhões de euros em salários e reformas. Depois, mais 2,4 mil milhões em ajudas sociais e despesas da Segurança Social. E no topo, 1,1 mil milhões em serviço de dívida. Total: 6,1 mil milhões de euros.

 

Desde que o BCE deixou de aceitar a dívida grega como colateral em Fevereiro, que os bancos gregos estão a enfrentar grandes problemas de liquidez. Apesar da linha de Assistência de Emergência de Liquidez (programa ELA), os bancos helénicos têm de pagar um juro muito superior: de 0,05% para 1,55%. A juntar a isto está a fuga de depósitos registada nos últimos meses devido à instabilidade que rodeia o futuro do país.

 

Também os cofres públicos estão a sofrer uma razia. Com as receitas fiscais em quebra, Atenas tem procurado aumentar o tecto máximo de emissões de dívida de curto prazo, actualmente nos 15 mil milhões de euros, mas a proposta tem sido rejeitada em Frankfurt pelo BCE.

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