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Crise grega ao minuto, 15 de Julho: Parlamento grego aprova medidas de austeridade

O Parlamento grego votou favoravelmente esta noite as primeiras medidas de austeridades acordadas por Alexis Tsipras com 229 votos a favor e 64 contra. Metade dos votos desfavoráveis vieram da sua bancada. Varoufakis, acusado pela oposição de ser o líder do "gang" que queria o regresso ao dracma, foi um deles. Como houve luz verde em Atenas, o Eurogrupo reúne-se esta quinta-feira de manhã em teleconferência. Depois é a vez do BCE que poderá aumentar ligeiramente a linha de emergência aos bancos. Acompanhe aqui os acontecimentos.

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02h05 - Os principais índices bolsistas asiáticos seguem a negociar em alta, animados pela aprovação no parlamento grego das medidas de austeridade acordadas entre Tsipras e as instituições credoras. 


00h15 -
A factura política para a Alexis Tsipras é pesada: 32 deputados do seu partido, o Syriza, votaram "oxi" e 6 abstiveram-se.

 

00h02 - As primeiras medidas de reforma e austeridade foram aprovadas no parlamento grego com 229 votos a favor, 64 contra e seis abstenções.

Esta votação poderá abrir caminho a um empréstimo de emergência e a um eventual terceiro resgate para os três próximos anos, que será garantido pelos demais países da Zona Euro.

 

23h55 - A votação ainda não terminou mas já há mais de 150 votos a favor do acordo de Tsipras. Ou seja, já há maioria.

 


23h49 -
Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças, votou contra. Tem sido acusado neste debate pela oposição de ser o líder do "gang" que queria o levar a Grécia de regresso ao dracma. A líder do parlamento também votou contra, assim como o ministro da Energia.

 

23h36 - Começou a votação. É nominal e terá uma segunda volta para confirmação. Vai levar tempo...

 
23h28 - Tsipras deve ser o primeiro chefe de governo que admite que aprova uma lei que penalizará a economia do país, comenta o analista Yannis Koutsomitis.

 

25h25 - Tsipras diz venceu na dívida, e que um alargamento de prazos para o pagamento da dívida vai ser discutido depois de uma primeira avaliação do novo resgate. O primeiro-ministro respondia ao líder do ND que o acusou de ter destruído o país para obter o mesmo que eles tinham conseguido em 2012.

 

23h15 - O líder interino do Nova Democracia, Vangelis Meimarakis, acusa Tsipras de ter "vendido falsas promessas" e de ter deliberadamente lançado a população para o caos. "Você não sabia que o BCE não pode financiar bancos se não tivessemos um programa?". Varoufakis fechou os bancos depois de o BCE ter congelado em 89 mil milhões de euros o valor da linha de liquidez de emergência, após o governo grego ter deixado expirar o prazo do segundo resgate em 30 de Junho.

 

23h11 - "Eu não fujo às minhas responsabilidades", diz o primeiro-ministro, sinalizando que não vai demitir-se, sendo aplaudido de pé pela sua bancada. Antes, garantiu que batalhou pelos gregos, embora com "erros e omissões", pelas quais assume a responsabilidade.

 

23h10 - "Eu tinha a escolha entre um acordo com o qual não concordo, ou um incumprimento descontrolado, ou a saída temporária do euro proposta por Schäuble", diz Tsipras.

 

22h54- Alexis Tsipras chegou finalmente ao Parlamento, era já 16 de Julho, dia seguinte ao previsto para a votação (Atenas está duas horas à frente de Lisboa). O primeiro-ministro tinha-se ausentado e não ouviu o debate, no que foi muito criticado pela oposição. Diz que se sente orgulhoso da "batalha da dignidade" que travou e diz que esse esforço trará frutos para a Grécia e para a Europa.

 

22h53 - Augusto Santos Silva, em entrevista à RTP, diz que "o Syriza levou a Grécia para uma situação ainda pior do que o país estava há poucos meses".

 

22h46 - A presidente do parlamento e proeminente membro do Syriza, Zoe Konstantopoulou, diz que o acordo que o primeiro-ministro assinou em Bruxelas é um "golpe" que irá levar ao "genocídio social".

 

22h42 - O último balanço das autoridades gregas dá conta de meia centena de detidos nos tumultos em Atenas. As manifestações, mais calmas, prosseguem em frente do parlamento, diante de um forte dispositivo policial.

 

22h39 - Evi Christofilopou, deputada do Pasok, diz estar furiosa com o governo e, em particular, com Yanis Varoufakis, antigo ministro das Finanças, que acusa de ter querido levado a Grécia para fora do euro contra a vontade do povo. "Aqueles que querem regressar ao dracma não vencerão: não ao dracma, sim ao euro".

 

22h20 - O líder dos Gregos Independentes (Anel) e ministro da Defesa diz que vai ter de votar "contra a sua consciência a favor do acordo". "Se este governo cai esta noite não haverá mais esperança nem para a Grécia nem para a Europa". Panos Kammenos ameaçou há meses abrir fronteiras e dar papéis aos jihadistas para invadirem a Europa e chegarem a Berlim.

 

22h00- Passou a hora marcada para a votação dos quatro primeiros diplomas acordados com os parceiros europeus e esta ainda não aconteceu. Alexis Tsipras não está presente no parlamento.

 

21h30 -  O ministro da Economia diz que o pior que se pode fazer é fugir à realidade. Giorgos Stathakis admite que o acordo é difícil mas estabilizará os bancos.

 

20h50 - Kyriakos Mitsotakis, deputado do Nova Democracia, acusa o Syriza de estar a forçar os gregos a pedir mais 25 mil milhões de euros ao europeus para pagar o custo acrescido dos custos de recapitalização dos bancos decorrente da decisão do governo de os fechar.

 

20h44 - O líder do To Potami recusa integrar um governo ao lado do Syriza mas diz que fará uma "oposição construtiva". Diz a Tsipras que os "golpistas" que ele diz ter encontrado em Bruxelas estão afinal no seu próprio partido, o Syriza. Chama de "gang" aos deputados do Syriza que "conspiram para impor o dracma".

 

20h41- Dentro do parlamento grego, a líder do Pasok recusa integrar um governo de coligação com o Syriza e lamenta a ausência do primeiro-ministro no parlamento, tendo acusado Alexis Tsipras de ter destruído os resultados alcançados durante os dois anteriores resgates. Em vez do crescimento de 2,9% previstos em Novembro, a Comissão Europeia estima agora que a economia vai sofrer uma profunda recessão: o PIB cairá entre 2% e 4% e só deverá voltar a crescer dentro  de dois anos.

 

20h40 - A polícia deteve pelo menos 31 manifestantes em Atenas e há notícia de quatro agentes policiais e de dois fotógrafos feridos na praça Syntagma. Há tambem manifestações a decorrer em Salónica.

 

20h34 - Alguns deputados do Syriza têm referido que irão apoiar as medidas de Bruxelas, apesar de não serem do seu agrado. Dimitris Vitsas foi um deles: "Não vou defender esta proposta de reforma, mas sim a necessidade de a aprovar".

20h17 -
Os confrontos parecem ter acalmado. O The Guardian salienta que os protestos têm estado a ser pacíficos e que só foram perturbados por um pequeno grupo de manifestantes que se encontravam à parte.

20h00 -
Alexis Tsipras terá telefonado ao Presidente grego, refere o Guardian, lembrando que da última vez que o fez foi na véspera da convocação do referendo.



19h55 -
Os protestos na praça Syntagma tornaram-se mais violentos, havendo imagens de explosões de cocktails molotov e desacatos. 

Os jornalistas tiveram de recuar e a polícia está a impedir os manifestantes de se aproximarem do parlamento.

 

19h50 – O ministro grego das Finanças está a falar no parlamento. À semelhança do que disse ontem o primeiro-ministro numa entrevista à estação pública ERT, Euclid Tsakalotos admitiu agora no parlamento que não sabe se tomou a decisão certa ao concordar com as reformas. "Segunda-feira foi o dia mais difícil da minha vida. Foi uma decisão que pesará sobre mim o resto da minha vida. Mas não tivemos escolha", sublinhou, citado pela BBC News. E acrescentou: "Nunca dissemos que este foi um bom acordo".


19h35 -
Os protestos nas ruas pareciam pacíficos, mas a polícia e os repórteres fotográficos deixavam antever possíveis problemas, já que estão munidos de máscaras de gás. Entretanto, alguns pequenos grupos de anarquistas, vestidos de preto, a maioria com a cara tapada ou usando capacetes de motards, começaram a lançar cocktails molotov.

18h37
– O principal partido grego da oposição, o Nova Democracia, já confirmou que vai apoiar o programa de resgate na votação desta noite.


18h32
– A presidente (speaker) do Parlamento grego, Zoe Konstantopoulou, propôs que a votação às medidas de resgate decorresse amanhã, mas o "deadline" é a meia-noite desta quarta-feira, por isso a sugestão não foi acatada. Peter Spiegel, do Financial Times, escreveu na sua conta de Twitter que o debate começa dentro de minutos e que se espera que os deputados votem pelas 24h (hora de Atenas, mais duas horas que em Lisboa).


18h16 -
Forte presença policial nas ruas de Atenas, especialmente em torno da Praça Syntagma, devido às manifestações de protesto contra o acordo delineado com os credores e que será esta noite submetido a votação no parlamento.

17h37 - 
Parlamento francês aprova acordo de resgate. A Assembleia Nacional francesa votou a favor do início das negociações com vista a um terceiro programa de assistência à Grécia, com 412 votos a favor, 69 contra e 49 abstenções.


17h33 - 
Alexis Tsipras admitiu que será difícil manter-se como chefe de governo se os seus deputados do Syriza não o apoiarem. "Se não tiver o vosso apoio [na votação desta noite], será difícil continuar como primeiro-ministro no dia seguinte", disse Tsipras, citado pelo The Guardian, que transcreve um tweet do analista grego Yannis Koutsomitis.

 


16h22
 - "Esgotei todas as minhas capacidades de negociação e todas as soluções possíveis", garantiu Alexis Tsipras ao grupo parlamentar do Syriza esta quarta-feira, dia em que o Parlamento grego vai votar algumas medidas acordadas na segunda-feira em Bruxelas.

Tsipras mostrou-se disponível para ouvir "alternativas realistas" e pediu aos membros do seu partido para se manterem unidos. "Tentámos negociar o melhor possível. Ninguém pode duvidar dos desejos e dos esforços do governo para alcançar uma solução, mutualmente, aceitável", disse o primeiro-ministro grego, citado pelo Kathimerini.


15h21-
A greve geral na Grécia, a primeira a ser sofrida por Alexis Tsipras, está a afectar sobretudo os serviços públicos, em particular os transportes. Muitas farmácias também não chegaram a abrir. A greve foi convocada pelos sindicatos da Função Pública grega em protesto contra as medidas de austeridade acordadas pelo primeiro-ministro grego em Bruxelas.

 

14h57 – Mais de metade dos elementos que compõem o comité central do Syriza assinou uma declaração que se opõe ao acordo alcançado entre Alexis Tsipras e os credores. Este comité é composto por 201 membros, dos quais 109 assinaram a declaração, de acordo com o site de informação grega Kathimerini. 


14h56 - 
 Uma vez que o parlamento grego só à noite deverá votar as primeiras medidas acordadas em Bruxelas, a teleconferência do Eurogrupo, prevista para hoje, só amanhã deverá ser convocada. Ainda não há hora oficial.

 

14h50 - Durante a manhã, a Comissão Europeia apresentou oficialmente, em Bruxelas, a disponibilização de mais de 35 mil milhões de euros do orçamento comunitário para a Grécia até 2020, que acredita que poderão ajudar à retoma da economia. Numa resposta implícita às acusações de falta de solidariedade, Jean-Claude Juncker refere que a Grécia já recebeu mais em "financiamento internacional do que a Europa pelo Plano Marshall após a II Guerra Mundial".

 

13h57 - Os deputados do Syriza estão reunidos no Parlamento, depois da discussão em torno das medidas de austeridade acordadas com os credores e antes da votação que decorrerá esta noite. A informação foi veiculada por um jornalista que se encontra em Atenas, através do seu Twitter.

 


13h43 -
Stavros Theodorakis, líder do partido To Potami, adianta, em entrevista ao jornal NRC Handelsblad, que não tem a intenção de se juntar num governo de coligação com o Syriza e os Gregos Independentes. Stavros defende que Tispras deve fazer uma remodelação do seu governo e colocar na liderança os membros pró-europeus do partido. 

13h30 - 
O porta-voz do ministro das Finanças da Alemanha, Martin Jaeger, defendeu esta quarta-feira que a moratória de 30 anos para a Grécia, proposta pelo Fundo Monetário Internacional, pode  analisada se não representar um "haircut" por "portas travessas". O responsável disse que a Alemanha não pode aceitar um corte "significativo" da dívida da Grécia. Jaeger revelou ainda que o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, e o secretário de Estado norte-americano, Jack Lew, vão debater a situação da Grécia esta quinta-feira.


13h15 -
O Banco Central Europeu (BCE) vai tomar uma decisão sobre a linha de emergência para os bancos gregos (programa ELA) esta quinta-feira, de acordo com uma fonte citada pela Bloomberg. 

13h01 -
Mais uma demissão no Ministério das Finanças grego. O secretário-geral do Ministério, Manos Manousakis, deixou funções, de acordo com o jornal grego Kathimerini. Uma informação confirmada pelo próprio através da sua conta do Twitter (de acordo com o site de informação Politico).

 

12h44 - Andreas Dombret, membro do BCE, garantiu que os bancos da Grécia só vão abrir quando receberem capital novo e tiverem garantida liquidez suficiente por parte do banco central. Esta manhã, o ministério das Finanças anunciou que a banca estará de portas fechadas durante o dia de amanhã.

12h31 -
Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças, está a falar no Parlamento grego. "Estamos aqui porque as negociações falharam", declarou. 


12h28
- Um corte na dívida grega não "é politicamente possível no curto prazo", declarou o ministro francês da Economia, Emmanuel Macron, aos jornalistas, citado pela Bloomberg. Ainda que admita que o nível do endividamento não é sustentável.


12h25 - 
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, considera que deve ser concedido um novo alívio na dívida da Grécia. Uma posição de resto já sublinhada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). "O ponto que eles [FMI] estão a salientar - de que é necessário um alívio na dívida da Grécia - tem de estar certo", afirmou Cameron no parlamento, citado pela Reuters.

 

11h42 - Yannis Dragasakis, vice-primeiro-ministro grego, considera que os Estados Unidos da América tiveram um papel fundamental para que fosse alcançado um acordo com vista a um terceiro resgate para Atenas. "Tenho de agradecer publicamente ao governo dos Estados Unidos e ao senhor Obama dado que sem a sua ajuda e persistência para que o acordo incluísse a questão da dívida e desenvolvesse um horizonte, poderíamos não ter conseguido", afirmou, citado pela Reuters.


11h38 - 
Ministro da Energia da Grécia,  Panagiotis Lafazanis, anunciou que vai votar contra o pacote de medidas que está a ser debatido no Parlamento. Este responsável já tinha estado entre os que se abstiveram na votação que deu a Alexis Tsipras luz verde para negociar um novo programa de ajuda com os credores. 


11h36 - 
Nadia Valavani, vice-ministra das Finanças da Grécia, anunciou a sua demissão, avança o jornal francês Le Figaro.


11h00 -
A análise da Comissão Europeia ao endividamento grego aponta para a necessidade de um "alívio muito substancial" da dívida de Atenas. Bruxelas diz poder disponibilizar até sete mil milhões de euros por um período de três meses. Um empréstimo ponte que terá condicionalidades. A Comissão Europeia admite uma recessão de 4% este ano na Grécia e o regresso ao crescimento apenas daqui a dois anos. 


10h58 - 
O jornal alemão, Bild, cita um membro da CDU – partido da chanceler Angela Merkel – que espera que "pelo menos 50 membros" vão opor-se à abertura das negociações para o terceiro plano de resgate à Grécia. Na próxima sexta-feira, o parlamento alemão vai votar para dar, ou não, mandato ao governo para começar a negociar um novo resgate para a Grécia. O site Politico, que dá conta desta notícia, explica ainda que esta oposição por parte de elementos da CDU não deverá representar um perigo real na votação já que a CDU tem 311 lugares no parlamento da Alemanha - que no total tem 631.


10h06 - 
O ministro francês das Finanças, Michel Sapin, em entrevista à televisão BFM, salientou que o FMI diz "o que temos vindo a dizer. Não podemos ajudar a Grécia se continuarem a ter o mesmo plano de reembolsos da dívida".

Sapin aproveitou para elogiar Tsipras. "Permaneceu extremamente firme sobre uma série de princípios, como o da soberania", disse o ministro das Finanças, acrescentando que "Tsipras é um bom político porque busca o interesse geral do seu povo e acredita tê-lo feito ao assinar o acordo".


10h04 -
"É um acordo difícil, um acordo que só o tempo vai mostrar se é economicamente viável", afirmou o ministro das Finanças da Grécia perante o Parlamento, citado pelo Guardian.


09h45
- O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, numa entrevista a uma televisão do seu país, afirmou que "a campanha do Syriza baseou-se em promessas não realistas. E, no entanto, mobilizaram as pessoas e conseguiram muito apoio. E no referendo não fizeram uma pergunta honesta ao povo grego". Declarações que foram lidas pelo Politico como estando Dijsselbloem a chamar desonestos à Grécia.

Na mesma entrevista afirmou que "a situação na Grécia está num estado em que precisa dos outros países da Zona Euro".Mas não é uma "punição". É uma chamada "para reconstruir o país, para pagarem impostos". É um programa para três anos mas com avaliação anual, antecipando já que pode haver problemas, de acordo com o Politico. 

 


09h27 -
O vice-ministro das Finanças alemão, Jens Spahn, disse à televisão ARD que a entrevista de Tsipras à ERT contribuiu para penalizar a confiança dos parceiros europeus de que o Governo grego vai assumir a execução do programa de ajustamento. "O ponto decisivo de hoje é que o Governo grego e o parlamento grego mostrem que apoiam este acordo. O que o primeiro-ministro grego disse na televisão grego irritou-me", disse Spahn, citado pela Bloomberg, referindo-se ao facto de Tsipras ter assumido que não acredita no acordo.

 

09h16 – Tsakalotos, ministro das Finanças da Grécia, fala no Parlamento grego, antes do início da discussão das medidas de austeridade acordadas com os credores. A votação só deverá ocorrer esta noite. O responsável admite que muitas das medidas terão efeito recessivo. 


08h58 -
Mariano Rajoy vai levar ao parlamento espanhol o programa de resgate à Grécia, mesmo não sendo, no caso de Espanha, mandatório. Segundo o chefe de Governo Espanha terá de contribuir com muito dinheiro, pelo que vai levar o plano ao Parlamento. São 10 mil milhões de euros. 

08h46 - Em entrevista à Skai TV, o ministro grego da Economia, George Stathakis, defende que os membros do governo que não aprovarem as medidas de austeridade no parlamento, devem demitir-se. "Na minha opinião, qualquer ministro deste governo que não aprove" as medidas no parlamento "deve apresentar a sua demissão ao primeiro-ministro", sustenta o ministro. Stathakis garante ainda que a Grécia não terá nenhuma moeda paralela. 


08h29 -
Os bancos na Grécia vão continuar fechados durante 16 de Julho, anunciou o ministério das Finanças, de acordo com a Bloomberg. Mais um dia de encerramento. A Grécia tinha anunciado o controlo de capitais até esta quarta-feira e hoje estendeu-o pelo menos mais um dia. 

08h15 -
O dia começou e Alex Stubb, ministro finlandês das Finanças, foi o primeiro a anunciar que se tratava de mais um dia decisivo no caso grego. No Twitter, lembrou que é dia de votação no Parlamento grego.



PONTO DE SITUAÇÃO
Quarta-feira, 15 de Julho, é o prazo limite dado a Atenas para fazer aprovar no Parlamento um conjunto de medidas de austeridade que vão demonstrar a vontade da Grécia em prosseguir as reformas. E com as quais os parceiros europeus aceitam avançar com negociações para um memorando de entendimento que permita à Grécia aceder a um terceiro resgate.

Reformulação das taxas do IVA, antecipar medidas para a sustentabilidade do sistema de pensões, garantir a independência do Instituto nacional de estatística e transposição de regras que impõem cortes na despesa automáticos em caso de desvios das metas orçamentais são as medidas que hoje têm de ser aprovadas.

A votação não se espera fácil, ainda para mais quando o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras enfrenta oposição de deputados do seu próprio partido, o Syriza. O primeiro-ministro grego aproveitou, por isso, para dar, terça-feira, 14 de Julho, uma entrevista na televisão nacional explicando a razão de ter aceitado o acordo. Um acordo que assume não acreditar. Foi também um Tsipras crente de que dentro de três anos a Grécia vai sair da crise que surgiu em frente às câmaras de televisão em vésperas de ter de submeter as medidas no Parlamento, onde ainda assim diz ter tido uma faca na garganta durante a Cimeira decisiva

Com a votação em perspectiva continua a ser falada e esperada uma remodelação profunda no Governo, mas o cenário de eleições antecipadas, que foi referido diversas vezes nos últimos dias, parece para já afastado. É importante, disse Tsipras, "não criar instabilidade". O Parlamento grego tem 300 deputados eleitos, sendo 149 do Syriza, partido que está dividido. Os gregos independentes, que fazem parte da coligação governativa, têm 13 deputados. O pasok tem 13 deputados, o To Potami 17, o Nova Democracia 76. Estes três partidos estão a favor do acordo. Já na oposição devem estar os gregos independentes, o KKE (partido comunista) que tem 15 deputados e o Aurora Dourada 17.

A votação acontece no dia em que o Eurogrupo deverá realizar uma conferência telefónica para avançar nas possibilidades de um empréstimo-ponte, um empréstimo de curto prazo que permita à Grécia fazer face ás necessidades prementes. Dia 20 de Julho tem de pagar um empréstimo de 3,5 mil milhões de euros ao BCE. 
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