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Crise grega ao minuto, 14 de Julho: Tsipras considera que conseguiu um acordo melhor em alguns aspectos

A Europa está a analisar a forma como será concedido o empréstimo ponte a Atenas. O ministro alemão explicou o documento que admitia o cenário de oferecer à Grécia a saída temporária do euro. Tsipras já fez chegar ao Parlamento as medidas acordadas com os credores e que serão votadas quarta-feira.

Bloomberg
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20h39 - "Espero sinceramente que sim". Foi a resposta de Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro português, na entrevista à SIC, quando questionado se estava neste momento afastada a saída da Grécia do euro. Lembrou que o que existe é um acordo de princípio. "Espero que não" volta a dizer Passos Coelho quando questionado se não se está apenas a adiar a saída da Grécia da Zona Euro. No entanto, avança que "há que ser realistas e reconhecer os problemas". A Grécia foi a primeira a pedir um programa de ajuda em 2010 e já vai no pedido de um terceiro e com uma reestruturação de dívida pelo meio. A Grécia teve condições que nenhum outro país teve". Passos Coelho lembrou que a situação do país tem vindo a deteriorar-se. "A saída da Grécia da Zona Euro um facto de consequências pouco previsíveis. Se isso viesse a acontecer Portugal não seria apanhado desprevenido porque tivemos uma política prudente". O discurso, diz, mantém-se. "Não seríamos apanhados de surpresa". Mas "em bom rigor" ninguém sabe os impactos do ponto de vista político e económico. 

"A posição que Alemanha assumiu nesta matéria não era de ameaça à Grécia. Era de discutir todas as possibilidades com o Governo grego. Poderia ter interesse em colocar-se fora das regras do euro para aplicar política económica diferente. Teríamos de preparar um cenário desse tipo", acrescentou Passos Coelho.


20h28 -
Alexis Tsipras salienta que o ajustamento orçamental é mais suave do que teriam sido os cortes nos salários da função pública e nas pensões. "Travámos uma batalha para não cortarmos nos (actuais) salários e pensões", declarou à ERT, citado pela BBC News. "Não foi uma tarefa fácil para ninguém. Tentei dar o meu melhor para reivindicar tudo o que podia", acrescentou.


20h19 - 
Tsipras está convicto de que conseguiu um acordo melhor nalguns aspectos: "conseguimos uma exigência de excedente primário mais baixo", sublinhou na entrevista à estação de TV pública ERT, citado pelo The Guardian.


Sobre o aumento do IVA, disse que "quando temos um IVA mais alto, recolhemos menos impostos, mas foi o que nos impuseram".


Já sobre o aumento da idade de reforma para os 67 anos, o primeiro-ministro grego sublinhou que "já o deveríamos ter feito. Não é progressista permitir que as pessoas se reformem cedo".


20h00 -
Alexis Tsipras está a dar uma entrevista à estação pública ERT

19h55 - 
Uma sondagem da Kapa Research para o jornal To Vima mostra que a maioria dos gregos quer que o parlamento aprove o acordo de resgate e que Alexis Tsipras se mantenha como primeiro-ministro. Sobre se o parlamento helénico deve aprovar o acordo com Bruxelas, 70,1% dos inquiridos diz sim, ao passo que 25,3% defende o não. À pergunta "se houver remodelação governamental, quem deve ser o primeiro-ministro?", 68,1% aponta Tsipras, enquanto 22,6% pensa que deve ser uma outra figura, amplamente consensual.



17h44 -
A versão final do programa de austeridade que inclui a reforma do sistema de pensões e a reforma fiscal acordadas com os credores já foi submetida ao Parlamento, revela uma jornalista do Kathimerini e do New York Times através do seu Twitter. "A votação deve ocorrer tarde" na quarta-feira, adianta.


16h47 -
 O PSD defendeu que, após quatro anos de governação, o Governo português e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, são "uma voz credível" na União Europeia, "na frente das grandes decisões" e que "lidera os grandes debates". Esta posição foi defendida pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, depois de questionado sobre o papel que o primeiro-ministro português reclamou ter tido na obtenção de um acordo para um terceiro resgate à Grécia, e sobre a influência atribuída pelo PS aos socialistas europeus neste processo.


16h22 -
Governo grego vai ser reformulado depois da votação do acordo com os parceiros europeus, revelou fonte oficial do Governo, citada por uma jornalista do Wall Street Journal, através da sua conta do Twitter. A mesma fonte terá dito que as alterações vão além dos membros que não apoiem o acordo.


16h00 -
Desigualdade de rendimentos na Grécia permaneceu elevada em 2013, de acordo com os dados divulgados pelo instituto de estatísticas do país. A população que detém um quinto da riqueza grega tinha um rendimento 6,6 vezes mais elevado do que a população mais pobre. Os dados referem-se a 2013. Desde então foram implementadas medidas que retiraram rendimentos a grande parte da população.


15h57 -
O primeiro-ministro grego vai dar uma entrevista esta noite à estação de televisão pública grega ERT, às 22h00 (20h00 em Lisboa). Tsipras deverá pronunciar-se sobre a rebelião no Syriza devido ao acordo celebrado com os credores e sobre a possível remodelação governamental que irá efectuar.

15h54 - "O compromisso grego, alcançado na segunda-feira, é considerado duro e severo. Se assim é, é o resultado de uma infeliz ‘Primavera Syriza’", afirmou no Twitter o ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, numa alusão à "Primavera Árabe".

 

15h50 - Mais de metade dos alemães concordam com a "linha dura" que Angela Merkel adoptou nas negociações com a Grécia, de acordo com os resultados de uma sondagem efectuada pela Forsa para a revista Stern, que está a ser citada pela agência de notícias DPA. 55% dos inquiridos classifica o comportamento de Merkel de "correcto", 31% preferia que a chanceler a alemã deveria ter forçado a Grécia a sair do euro. 14% dos inquiridos não manifestou opinião. A larga maioria dos alemães (81% de acordo com a mesma sondagem) não acredita que a Grécia vá implementar o acordo.   

15h45 – Parlamento da Áustria vai votar terceiro resgate à Grécia na sexta-feira, 17 de Julho, no mesmo dia que a Alemanha.


14h40
 - Alguns membros do Governo alemão preferiam uma solução para a Grécia que passaria pela saída temporária do país da Zona Euro e não por um terceiro resgate.  Wolfgang Schäuble não revelou se era um dos que defendia esta hipótese que para já ficou afastada depois da cimeira do euro no domingo ter selado um acordo para iniciar as negociações com vista a um terceiro resgate à Grécia. 

 

"Há muitas pessoas, incluindo no Governo, que estão convencidas que no interesse da Grécia e do povo grego, o que escrevemos [do documento em reacção às propostas gregas onde era admitida uma saída temporária do euro] seria uma melhor solução", disse o ministro alemão citado pela Reuters. "Escrevemos todas as possibilidades para resolver o problema e discutir o que fazer", acrescentou.

13h35 - A flexibilização das políticas orçamentais ao longo do último ano aliada aos efeitos da decisão de Atenas de fechar os bancos levará a dívida pública grega para os 200% do PIB. Trata-se de um valor "altamente insustentável" que obrigará a uma reestruturação mais ampla. Como os europeus recusam perdoar dívida, deverão ponderar aumentar em mais 30 anos os prazos de amortização dos empréstimos, sugere um documento interno do FMI, citado pelo Telegraph.

 

13h13 - O ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, explica, no Twitter, que o parlamento do seu país não precisa de aprovar o terceiro resgate à Grécia. "Na Eslováquia, não é preciso aprovação parlamentar", escreve Kazimir na rede social.


13h10 - "As propostas para o empréstimo ponte ainda estão a ser trabalhadas, e ainda há várias questões a considerar", declara o ministro das Finanças da Estónia, Sven Sester, no final da reunião do Ecofin. "Ainda não há propostas concretas sobre a mesa".

 

Sven Sester adiantou ainda que é preciso encontrar uma solução antes do dia 20 de Julho, já que uma falha no pagamento ao BCE "complicaria seriamente as coisas".  


13h03 –
"Não há dúvida" que haverá acordo sobre o empréstimo ponte à Grécia, garantiu Luis de Guindos, ministro das Finanças de Espanha à saída do Ecofin.


12h58
 - O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, avançou que o grupo de trabalho do Eurogrupo está a analisar a melhor forma de implementar o empréstimo-ponte a Atenas. "Todas as opções são difíceis e envolvem questões legais, políticas e financeiras", alertou Valdis Dombrovskis, na conferência de imprensa no final do Ecofin, acrescentado, porém, que uma solução tem que ser encontrada o mais rápido possível.


12h53 –
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, considera que será difícil encontrar uma solução para um empréstimo ponte à Grécia. O responsável adianta, segundo os jornalistas que estão em Bruxelas, que este será o tema que ocupará as agendas dos responsáveis nos próximos dias. E disse não saber se o orçamento da União Europeia poderá ser usado para este fim.



12h46 - Remodelação do governo grego poderá acontecer já amanhã. O ministro da Economia, George Stathakis, antecipou, em entrevista à Bloomberg, que o primeiro-ministro Alexis Tsipras poderá remodelar o governo já amanhã à noite, depois de o parlamento grego votar as medidas do acordo.

Stathakis disse ainda que os bancos gregos só vão reabrir depois de os parlamentos europeus darem a sua aprovação ao plano de resgate (portanto, nunca antes de segunda-feira). Segundo o ministro, o levantamento do controlo de capitais demorará "um par de meses", dada a complexidade.


11h50 - 
O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, avisou, esta terça-feira, os deputados britânicos que será muito difícil implementar o terceiro resgate à Grécia.  

Carney considerou que o sucesso do programa requer "esforços hercúleos" de todas as partes. Do lado de Atenas, a escala das reformas estruturais, ajustamento orçamental e privatizações será "significativa". O governador alertou para a existência de "grandes riscos de execução" do resgate e para a falta de sustentabilidade da dívida grega. 


10h30 -
Tsipras tem mais um aliado na aprovação das medidas no Parlamento grego. O PASOK anunciou que na quarta-feira vai votar a favor do pacote de medidas, tal como foi acordado na cimeira do euro entre os credores e o governo grego.  Segundo o Kathimerini, Fofi Gennimata, a nova líder do partido de esquerda que tem apenas 13 deputados no parlamento, vai esta terça-feira dizer a Tsipras que está disponível para aprovar as medidas, mas afasta integrar um Governo de coligação.


10h07 - Panos Kammenos, líder do partido de coligação Gregos Independentes, garante que vai apoiar o primeiro-ministro Alexis Tsipras no plano de reformas acordado em Bruxelas. "Vamos apoiar o governo de Alexis Tsipras", assegurou Kammenos, citado pelo The Guardian.

Muitos dos deputados do partido de Kammenos disseram que o novo acordo é muito mais prejudicial do que as propostas anteriores e, por isso, inaceitável. Ainda assim, o líder dos Gregos Independentes vai apoiar o primeiro-ministro. "É óbvio para toda a Europa que ontem à noite houve um golpe no coração da Europa", defende Kammenos. "O primeiro-ministro foi chantageado para assinar um acordo muito diferente. E este golpe continua aqui, na Grécia, onde as pessoas querem que o governo caia". 


10h01 - 
A câmara baixa do parlamento holandês adiou, de quarta para quinta-feira, a votação do acordo grego. 

09h52 - O Presidente da República da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, telefonou a François Hollande para lhe agradecer o papel que teve nas negociações entre Atenas e os credores internacionais.  


09h42 - 
O Reino Unido não vai contribuir para o terceiro resgate à Grécia, garante o ministro das Finanças George Osborne, à chegada ao Ecofin.

"O Reino Unido não está no euro, por isso a ideia de que os contribuintes britânicos vão estar envolvidos neste acordo grego não faz sentido", afirmou Osborne. "A Zona Euro tem de pagar a sua própria factura". Já ontem o Reino Unido tinha deixado claro que não estava disponível para contribuir.


09h40
- Algumas farmácias vão estar encerradas esta quarta-feira em protesto contra o acordo alcançando esta segunda-feira em Bruxelas, anunciou a associação nacional de farmácias grega. O acordo permite, entre outras coisas, a venda de medicamentos sem prescrição médica nos supermercados.


9h24
 - O grupo de trabalho do Eurogrupo tem estado a trabalhar esta manhã em soluções para que seja libertado um financiamento ponte à Grécia, revelou à entrada para o Ecofin Alexander Suttb, ministro das Finanças da Finlândia. "Há cerca de seis opções", mas, admite o responsável, "será difícil muitos países darem dinheiro sem condicionalidades." Nesta altura está assim a serem avaliadas as possibilidades existentes. "Nunca subestimem a capacidade dos advogados", realçou, referindo-se assim às equipas técnicas que estão a estudar as opções. "Algum tipo de solução terá de ser encontrada." 


09h20
- O ministro das Finanças da Dinamarca, Claus Hjort Frederiksen, garante que o apoio do seu país a um empréstimo de curto prazo a Atenas não está garantido. "Precisamos de ouvir a proposta. Por agora, não é algo que apoiemos", afirmou. "Mas precisamos de ouvir o que o Eurogrupo tem a dizer, e depois decidiremos".

"Quer a Grécia fique no euro, quer os gregos decidam voltar ao dracma, será igualmente difícil para eles", acrescentou o ministro dinamarquês. "Têm de tornar o país competitivo. Têm de implementar estas reformas, não já volta a dar".

09h19 – Em entrevista à BBC radio 4, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, explica que algumas soluções para o empréstimo de curto prazo à Grécia envolvem países fora da Zona Euro.

"No que diz respeito ao empréstimo ponte, algumas opções que estão a ser discutidas podem envolver os 28 países da União Europeia, incluindo o Reino Unido, mas não há conclusões finais", avançou Dombrovskis. "No que diz respeito ao programa de resgate, é um programa do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade), e o Reino Unido não participa no MEE". 


09h18
O ministro das Finanças de Malta, Edward Scicluna, revelou, à chegada do Ecofin que o empréstimo ponte à Grécia que está a ser discutido será "superior a sete mil milhões de euros" e que "há várias fontes onde podemos obter este financiamento". Ainda assim é cedo para dizer como será feito, já que, nesta altura, as equipas técnicas estão a avaliar as possibilidades. "Idealmente haverá solidariedade também de toda a União Europeia. Estamos a falar quase de ajuda humanitária", sublinhou o ministro de Malta.


09h15
- O grupo de trabalho do Eurogrupo está ainda a avaliar as possibilidades do empréstimo de curto prazo (ponte) para a Grécia. Os trabalhos continuam, assegurou Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, acrescentando que este órgão, que reúne os ministros das Finanças da Zona Euro, poderá, ainda hoje ou amanhã, realizar uma conferência telefónica. "Estamos a ver todos os instrumentos e fundos que podemos usar, mas todos parecem ter desvantagens, impossibilidades ou objecções legais". Por isso, concluiu antes e entrar para o Ecofin (reunião de todos os ministros das Finanças da União Europeia), "estamos a trabalhar neles".


Ponto de situação
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, está esta terça-feira reunido com os deputados do Syriza. Tsipras vai enfrentar grande resistência dentro do próprio partido para aprovar na quarta-feira o aumento do IVA ou os cortes de pensões.  

Os ministros das Finanças da União Europeia vão reunir em Bruxelas, onde poderá analisar o empréstimo ponte a Atenas. 

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