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Minuto-a-minuto: Países fora da Zona Euro estão protegidos no empréstimo ponte a Atenas

Depois de os gregos terem aprovado o programa de austeridade acordado entre Tsipras e os credores, os ministros das Finanças da Zona Euro anunciaram um acordo de princípio para que avancem as negociações para um terceiro resgate à Grécia. O BCE aumentou a linha de liquidez aos bancos gregos, que reabrem na segunda-feira, e o ministro do Interior da Grécia admite eleições na Grécia em Setembro ou Outubro. Acompanhe dos desenvolvimentos.

16 de Julho de 2015 às 07:46
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23h35 - Os bancos na Grécia, fechados desde o dia 29 de Junho, vão reabrir na segunda-feira, mas os depositantes só vão poder levantar 60 euros por dia, confirmou o ministro-adjunto das Finanças, Dimitris Mardas. "A partir de segunda-feira, as pessoas podem ir aos bancos e fazer todas as operações", afirmou o ministro na televisão pública grega.


18h26 - 
O ministro das Finanças britânico, George Osborne, garante que o dinheiro dos contribuintes do Reino Unido não será usado no empréstimo ponte de sete mil milhões de euros que será concedido a Atenas através do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF).

 

George Osborne explica que, depois de negociações intensas em Bruxelas, foi criado um mecanismo para assegurar que os fundos britânicos – e de outros países que não pertencem à Zona Euro – não serão colocados em risco.

 

"Disse que o dinheiro dos contribuintes britânicos não estaria incluído no acordo, e foi precisamente isso que alcançámos", afirmou. 


18h06 - 
Reformulação do Governo grego não será anunciada hoje, revela uma jornalista da Euronews, que cita jornalistas gregos. 


17h37 - 
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, viaja esta quinta-feira para Berlim para uma reunião de trabalho com o ministro alemão da Economia, Sigmar Gabriel, e outros membros do governo, segundo informação publicada no site da Comissão Europeia. 


15h30 - 
Os bancos gregos vão reabrir na próxima segunda-feira, 20 de Julho, depois de o BCE ter decidido aumentar a linha de financiamento de emergência. "Vão abrir na segunda-feira", avança uma fonte da banca, citada pela Reuters.

 

Os bancos gregos estão fechados desde o dia 29 de Junho, altura em que foram impostos controlos de capitais. 


15h18 –
"Há um acordo de princípio" sobre a utilização do MEEF para desbloquear o empréstimo ponte à Grécia. "Um procedimento que será finalizado amanhã ao meio-dia", revelou Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia, através da sua conta do Twitter. 


15h16 - 
Ministros das Finanças da União Europeia acordaram usar o MEEF para financiar o empréstimo ponte à Grécia. Uma porta-voz de Jean-Claude Juncker revelou através do Twitter este acordo. "Boas notícias do Eurogrupo e do Ecofin", que "chegaram a um acordo sobre a propostas da Comissão Europeia para usar o MEEF para o empréstimo ponte até meados de Agosto", revela a Reuters. 


14h51 -
O presidente do BCE diz que não há dúvidas para ninguém: o fardo da dívida grega tem de ser aliviado. A questão é saber como o fazer no contexto europeu. "Devemos focar-nos neste ponto nas próximas semanas", afirmou Mario Draghi na conferência de imprensa, de quinta-feira, dia 16 de Julho, que se seguiu à reunião de dois dias do Conselho do BCE, na qual partilhou uma avaliação cautelosa mas optimista quanto ao acordo firmado no fim-de-semana.


14h41 –
O presidente do BCE, na conferência de imprensa da autoridade monetária, disse ser difícil de prever quando será levantado o controlo de capitais mas assinalou a importância de se evitar uma "corrida aos bancos".

 

14h40 – Mario Draghi assinalou, na conferência de imprensa do BCE, que a autoridade monetária sempre actuou no pressuposto que a Grécia permanecerá na Zona Euro, mas que tal depende inteiramente das autoridades gregas e dos restantes estados-membros. Afirmou ainda que todas as evidências indicam que a Grécia vai pagar ao BCE a 20 de Julho e reembolsar o empréstimo em atraso ao FMI.

 


14h31 –
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, revelou perante a comissão de orçamento parlamentar que o financiamento ponte no valor de sete mil milhões de euros deverá ser disponibilizado para a Grécia ainda em Julho, segundo a Reuters. O responsável alemão adiantou ainda que foi garantido aos países que não pertencem ao euro que não assumirão responsabilidades por riscos associados ao empréstimo concedido à Grécia através do MEEF.

14h25 - Os ministros das Finanças da Zona Euro – que estiveram reunidos esta manhã, em teleconferência – chegaram a um acordo de princípio para a possibilidade de conceder um terceiro empréstimo de três anos à Grécia, depois de o parlamento grego ter ontem aprovado as primeiras medidas acordadas com os parceiros europeus, de acordo com uma declaração emitida ao fim da manhã, onde nada é dito sobre o empréstimo ponte de 7 mil milhões de euros.

13h57 -
O conselho do BCE aumentou em 900 milhões de euros, e por uma semana, o limite da linha de financiamento de emergência (ELA) aos bancos gregos que estava fixada nos 89 mil milhões de euros desde o final de Junho. A decisão válida por uma semana foi comunicada por Mario Draghi, presidente da instituição, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de dois dias em Frankfurt, em que o Conselho decidiu também manter a taxa de juro central nos 0,05%. A ELA estava congelada e 89 mil milhões de euros deste 28 de Julho.


13h28 - 
A agência de notação financeira Moody’s considera que, apesar da aprovação das medidas no parlamento grego, os riscos para a Grécia permanecem elevados.

"A votação parlamentar grega evita um ‘default’ desordenado e imediato e uma saída potencial da Zona Euro, mas os riscos permanecem elevados dada a debilidade das instituições gregas e o cepticismo político em relação às condições de resgate", refere uma nota da Moody’s citada pelo The Guardian.

A agência de rating defende que há ainda muito "incerteza" sobre a capacidade de a Grécia e os credores chegarem a um acordo final sobre um terceiro programa de resgate, especialmente tendo em conta o curto espaço de tempo em que este tem de ser negociado.

E, mesmo que esse acordo seja alcançado, "é altamente incerto se as autoridades gregas têm a capacidade de atingir os objectivos acordados e cumprir as condições dos seus credores", acrescenta a Moody’s.


12h33
– O comité do orçamento do Parlamento alemão vai esta quinta-feira ter a primeira discussão sobre o terceiro resgate à Grécia. Os deputados que pertencem aos partidos da coligação governamental (CDU e SPD) dizem que vão apoiar o início das negociações para um terceiro resgate.

12h20 – Ministro do Interior da Grécia, Nikos Voutsis, diz que deverão ocorrer eleições na Grécia em Setembro ou Outubro, de acordo com declarações a uma rádio grega, a Kokkino, citado pelo Guardian. "Se não for em Setembro será em Outubro e não será uma avaliação geral sobre o Governo do Syriza" mas sim, uma avaliação "mais abrangente dos desenvolvimentos", acrescentou. Sobre a reformulação do actual Executivo, o responsável disse que será realizada antes do dia 22 de Julho.


12h10 - 
A Comissão Europeia considerou que a aprovação, pelo Parlamento grego, do acordo alcançado entre a Grécia e os credores internacionais sobre um terceiro programa de ajuda, constitui "um passo importante" para reconstruir uma relação de confiança com Atenas. "Uma muito larga maioria dos deputados adoptou o primeiro pacote de reformas, em linha com os compromissos acordados na cimeira do euro de 12 de Julho", apontou um porta-voz durante a conferência de imprensa diária da Comissão Europeia.


11h42 –
Governo da Finlândia já tem luz verde para retomar as negociações do terceiro resgate à Grécia, depois do Grande Comité, que é constituído por membros parlamentares, ter aprovado o pedido apresentado pelo Executivo. O ministro das Finanças, Alexander Stubb afirmou que o país não vai aceitar um perdão de dívida, mas que está aberto a outras opções. "O Grande Comité do Parlamento finlandês deu ao Governo um mandato para o empréstimo ponte e para começar as negociações" para o terceiro resgate à Grécia, revela o ministro das Finanças através do seu Twitter. 


A Finlândia é assim o primeiro Parlamento a aprovar o regresso às negociações, entre os seis obrigados a fazê-lo: Alemanha, Países Baixos, Finlândia, Áustria, Eslováquia e Estónia. França também votou ontem, mas não tem essa obrigação, tal como Espanha também vai submeter ao seu Parlamento esta questão mas não está obrigado a tal. 


11h35 –
O porta-voz do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, revelou no Twitter que a conversa dos ministros das Finanças da Zona Euro já terminou, prometendo detalhes sobre a conversa "ao início da tarde". 


11h02 –
 Os ministros das Finanças Zona Euro chegaram a acordo de princípio para conceder empréstimo ponte à Grécia no valor de sete mil milhões de euros, avança a Bloomberg. 


10h46 -
A remodelaçãp do governo grego poderá ser adiada para sexta-feira, antecipa o analista económico e político do Macropolis, Manos Giakoumis, no Twitter.

 
10h20 -
 BCE deverá optar por deixar inalterada linha de liquidez de emergência aos bancos gregos. A reunião da autoridade monetária ainda não acabou, mas a agência Bloomberg já está a avançar que o BCE vai manter sem variação a linha de liquidez de emergência para os bancos gregos.


09h39 - O ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, escreve no Twitter que a aprovação das medidas no parlamento grego é a parte mais fácil do acordo. "Saúdo o voto positivo do parlamento grego, mas esta é a parte mais fácil do acordo", diz.


Num outro tweet, Kazimir alerta que "o
s problemas e desafios reais podem chegar mais tarde".


09h35 - O Citi reviu em baixo as estimativas para a evolução do PIB da Grécia este ano.
O banco prevê agora que o PIB caia 2,4%. "Defendemos, no mês passado, que as perspectivas globais estão num ponto delicado, com três questões principais - a crise grega, a desaceleração da China e a probabilidade de a Fed subir os juros brevemente", refere o Citi numa nota citada pela Bloomberg. "As três permanecem em curso". 


08h50 - 
A posição que tem sido defendida pela Alemanha de uma saída temporária da Grécia da Zona Euro já mereceu a desaprovação do chanceler austríaco, Werner Faymann. Numa entrevista ao jornal Der Standard, o responsável considera que esta abordagem é "completamente errada". "Não é moralmente correcto, seria o início da desintegração" da Zona Euro, afirmou Faymann, citado pela Bloomberg. "A Alemanha tem tido um papel de liderança na Europa – e, neste caso, não tem sido positiva".


07h59 -
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, defende que a Grécia precisa de um perdão de dívida, mas que isso não pode acontecer, por quebrar as regras da Zona Euro. "Muitos economistas, incluindo na Grécia, duvidam que os problemas da Grécia – ouçam o que o FMI diz – possam ser resolvidos sem um verdadeiro perdão de dívida." Contudo, realça, "um perdão de dívida, que é incontestado, é incompatível com" as regras que os membros da Zona Euro têm de cumprir, sublinha o ministro das Finanças da Alemanha. A saída temporária de Atenas da região que partilha o euro pode ser "a melhor forma" de resolver a situação, defende. 


07h55 - 
"Se tudo falhasse, então o sistema bancário grego colapsava. Se os quatro bancos mais relevantes sistemicamente num país deixarem de trabalhar, teria consequências graves não apenas para a Grécia… mas também para toda a Zona Euro", afirmou Klaus Regling, presidente do MEE, numa entrevista à estação de televisão alemã ARD, citado pela Reuters.


Ponto de situação

 

O Parlamento grego deu "luz verde" ao programa de austeridade acordado entre Alexis Tsipras e os credores. O programa mereceu o voto favorável de 229 deputados de um total de 300, sendo que metade dos votos contra veio do Syriza, partido que apoia o Executivo. No total houve seis abstenções e 64 votos contra, dos quais 32 do Syriza.

 

Esta quinta-feira, 16 de Julho, será a vez dos ministros das Finanças da Zona Euro tomarem posições, depois da teleconferência que vai decorrer esta manhã.

 

Hoje os olhos estarão também postos no Banco Central Europeu (BCE), já que termina a reunião de dois dias e o presidente da autoridade fará, como habitual a conferência de imprensa a explicar as decisões e o que foi discutido. Está tudo expectante para saber se o BCE aumenta já a linha de liquidez de emergência (a chamada ELA) aos bancos gregos, numa altura em que estes continuam encerrados. 

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