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Ministro francês fala na necessidade de evitar uma reedição de Versalhes na Grécia

O ministro da Economia francês diz que é preciso evitar que se reproduza uma espécie de Tratado de Versalhes com a Grécia e acrescenta que "seria um erro histórico esmagar a população grega" se o "não" vencer o referendo deste domingo.

Bloomberg
05 de Julho de 2015 às 15:44
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O ministro da Economia da França, Emmanuel Macron, garante ser crucial que os governos europeus não encetem uma espécie de vingança contra a Grécia no caso de o "não" sair vencedor do referendo que decorre este domingo.

 

Na perspectiva de Macron, deve "evitar-se uma reedição do Tratado de Versalhes" – tratado de paz assinado em 1919 que determinou o final oficial da Primeira Guerra Mundial – pelo que o governante gaulês aconselha a que, independentemente do resultado, "as conversações sejam retomadas" já amanhã, 6 de Julho.

 

O político francês sublinha que a crise grega refere-se a "uma questão política" para a qual deve ser encontrada uma resposta. "A Europa já não tem ambição? Ou é somente uma construção técnica", questionou prontificando-se a dar uma resposta em tom crítico.

 

Reforçando a ideia de que "seria um erro histórico esmagar a população grega" no caso de o "não" ao acordo proposto pelos credores vencer o referendo deste domingo, Emmanuel Macron garante que é fundamental que Bruxelas e Atenas cheguem a um acordo que abranja as reformas a introduzir na Grécia e a necessidade de alívio da dívida helénica.

 

Assegurando que aconteça o que acontecer, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, irão dialogar várias vezes ao longo deste domingo, Macron deixou ainda críticas à forma como foi enquadrado o referendo convocado pelo governo grego.

 

"Quando se coloca uma questão à população, é preciso fazer a pergunta correcta. O que está a ser perguntado é uma questão que não está baseada num acordo final", aponta Macron. Por fim, o ministro gaulês expressa ainda a convicção de que é crucial "estar à altura da ocasião", notando que "falamos aos gregos em responsabilidade, mas todos nós temos responsabilidade". 

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