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Perguntas e respostas sobre o referendo grego

Quando fecham as urnas, quando saem as primeiras projecções, qual o site do referendo, quantos jornalistas vão estar em Atenas e outras perguntas e respostas sobre o referendo que se realiza este domingo na Grécia.

Bloomberg
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Quando fecham as urnas e quando se sabem os primeiros resultados?

As votações irão decorrer nos lugares habituais entre as 7h00 e as 19h00 locais (entre as 5h00 e as 17h00, de Lisboa). Já os resultados oficiais deverão ser conhecidos por volta das 21h na Grécia (19h em Lisboa). De acordo com a Singular Logic, empresa responsável pelo apuramento dos resultados, a primeira estimativa "segura" sobre a votação só deverá ser divulgada duas horas depois do fecho das urnas, ou seja, pelas 21h00 locais (19h00 em Lisboa). As televisões poderão avançar com projecções depois do fecho das urnas.

 

A pergunta a que vão responder os gregos?

"Deve o acordo proposto a 25.06.2015 pela Comissão Europeia, FMI e Eurogrupo, que consiste de duas partes que constituem a proposta unificada, ser aceite? O primeiro documento é intitulado "Reformas para a conclusão do actual programa e sua continuação" e o segundo "Análise preliminar de sustentabilidade da dívida".

 

Há uma participação mínima?

Sim. Para o referendo ser válido, tem que haver uma participação mínima de 40%. O que com elevada probabilidade deverá acontecer, já que as sondagens apontam para uma participação muito significativa.

 

Os gregos no estrangeiro vão votar?

Não, devido ao curto espaço de tempo em que este referendo foi organizado, não houve possibilidade de permitir a votação dos gregos que estão fora do país (estima-se que sejam um milhão). Há notícias que foram muitos os emigrantes que regressaram este fim-de-semana ao país para poder votar. Por outro lado, pela primeira vez 108.371 gregos vão poder votar neste referendo, pelo facto de terem atingido a idade (18 anos). Ao todo são cerca de 9 milhões de eleitores inscritos.

 

Qual o site do referendo e onde se pode ter acesso a toda a informação?

Tendo em conta a tecnicidade da pergunta, o governo grego decidiu criar um sítio na internet com o objectivo de esclarecer as dúvidas que possam subsistir, mas também de fornecer aos eleitores a informação necessária a uma votação esclarecida. É uma plataforma gerida pelo Secretariado Geral de Comunicação grego.

 

No sítio sobre o referendo podem ainda encontrar-se as declarações de Tsipras e de Antonis Samaras, líder do maior partido da oposição, o Nova Democracia, em que justificam e apelam ao voto no "não" e no "sim", respectivamente.

 

O que dizem as sondagens?

 

Quase todas apontam para empate técnico, pelo que segundo as sondagens há o risco de ser uma luta renhida até ao fim entre o "não" e o "sim".

 

- Na sexta-feira foram divulgadas pelo menos quatro sondagens. Uma realizada pela Universidade da Macedónia para a Bloomberg aponta para a vitória do "não", com 43% dos votos, enquanto o "sim" recolhe 42,5% das intenções de voto. A margem de erro desta sondagem é de 3%.

 

- Segundo uma outra sondagem, conduzida pelo instituto Alco para o jornal Ethnos, 44,8% dos gregos apoia o "sim" e, portanto, a proposta de acordo apresentada pelos credores, contra 43,3% que o rejeitam. A percentagem de indecisos era de 11,8%.

 

- A terceira sondagem de sexta-feira foi realizada pela Public Issue para o diário grego Agvi [que significa ‘A Madrugada’ e que é considerado o ‘matutino da Esquerda’]. Revela que 45,5% dos gregos apoia as propostas apresentadas a Atenas pelos seus credores da troika, ao passo que 45% votará contra. Os indecisos são 3,5%.

 

- Uma outra sondagem conduzida pelo instituto Alco, desta vez para o semanário Proto Thema , revela que 41,7% do povo grego está pelo sim, enquanto 41,1% se mostra pelo não. Um total de 10,7% está indeciso.

 

- Na quinta-feira foi divulgada uma sondagem realizada pela GPO e citada pelo euro2day.gr. Colocava o "sim" à frente, com 47% dos votos, contra 43% a favor do "não".

 

- A primeira sondagem, conduzida pela ProRata para o jornal Efimerida, apontava para a vitória do "não", com 55% dos votos, enquanto o "sim" recolhia 33% das intenções de voto.

 

O que acontece se ganhar o "sim"? E o "não"?

 

É difícil de antecipar o que acontecerá nos próximos dias qualquer que seja o resultado do referendo. O primeiro-ministro Alexis Tsipras promete que estará em Bruxelas qualquer que seja o resultado. Se ganhar o "sim" Yanis Varoufakis garantiu que se demitirá na segunda-feira. Más há muitos outros factores em questão. Nesta infografia o Negócios procurou antecipar os cenários em caso de vitória do "não" ou do "sim".

 

Qual a dimensão da cobertura dos media?

Muito elevada. O referendo na Grécia está a ser alvo de uma forte mediatização em todo o mundo. De acordo com dados oficiais, são cerca de 700 os jornalistas que estão inscritos no centro de imprensa em Atenas para acompanhar o referendo são 21 agências de informação, 81 canais de televisão e 58 jornais de todo o mundo. Os números serão muito maiores uma vez que falta contabilizar todos os jornalistas que estarão noutras zonas de Atenas e da Grécia em reportagem sobre esta votação.

 

Foram tomadas medidas para aumentar a participação no referendo?

Sim. Por exemplo, as principais auto-estradas na Grécia não vão cobrar portagens. Os preços dos comboios, autocarros e voos domésticos ficam mais baratos. Em Atenas os transportes públicos já são gratuitos devido ao controlo de capitais.

 

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