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Grécia atenua quebra do PIB no 22º trimestre consecutivo de contracção

2013 ficou marcado como o sexto ano de recessão da economia helénica. O produto interno bruto recuou 3,7%. Foi, contudo, melhor do que o antecipado pela troika. O ministro das Finanças já reiterou a ideia de que o crescimento irá aparecer em 2014.

Grécia - Gregos mantêm posição de força contra medidas impostas pela troika
Reuters
14 de Fevereiro de 2014 às 15:48
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A economia da Grécia voltou a contrair. É o 22º trimestre consecutivo em que o produto interno bruto helénico recua. É o sexto ano consecutivo de recessão. Apesar disso, a quebra da actividade económica atenuou no final do ano passado. O que leva o Governo a afirmar que as condições para o crescimento em 2014 estão no terreno.

 

"A economia grega está, gradualmente, a emergir da profunda recessão dos últimos anos, ao mesmo tempo que estão a ser criadas as condições para, como previsto, regressar ao crescimento em 2014", comentou o Ministério grego das Finanças em comunicado, citado pela agência de notícias helénica Ana.

 

Na nota, a pasta liderada por Yannis Stournaras (na foto em baixo) sublinha que, em 2013, a recessão da economia grega foi inferior à antecipada. O produto interno bruto recuou, na totalidade do ano, 3,7%, quando as previsões do Governo e da troika apontavam para uma quebra de 4%, conforme indica o gabinete de estatísticas da Grécia, o Elstat.

 

A Grécia viu o seu PIB contrair pelo sexto ano consecutivo, como era previsto, embora mantenha a expectativa de crescer 0,6% em 2014, o que já é igualmente estimado.

 

Desde segundo trimestre de 2008 sem crescimento do PIB

 

A contracção anual foi inferior à prevista, muito por conta do desempenho no último trimestre, altura em que o PIB cedeu 2,6% em relação ao mesmo período de 2012. Essa contracção compara com os 3% do terceiro trimestre e segue aquilo que se verificou um pouco por toda a Zona Euro, em que se registou um aceleramento da expansão da actividade económica nos últimos três meses do ano.

 

No caso da Grécia, é necessário recuar até ao primeiro trimestre de 2010 para encontrar uma contracção trimestral inferior à do quarto trimestre deste ano. Contudo, só voltando ao segundo trimestre de 2008 é que se vê uma variação positiva do PIB grego, de acordo com os dados do Elstat. São 22 trimestres consecutivos.

 

A economia grega foi fortemente afectada pela crise da dívida, já que foi em Atenas que esta teve início. As medidas de austeridade implementadas para contrariar a crise tiveram um forte impacto recessivo e tiveram como consequência um aumento exponencial do desemprego. Apesar da melhoria das condições económicas revelada pelas estatísticas, a taxa de desemprego atingiu, em Novembro, um novo máximo histórico: 28% da população activa grega está desempregada.

 

Em 2014, embora se espere crescimento, há uma forte tensão para resolver: a relação do governo liderado por Antonis Samaras e a troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), nomeadamente qual o caminho orçamental a ser seguido por Atenas para conseguir financiar-se nos mercados, ou seja, ganhar a confiança de investidores que lhe emprestem dinheiro.

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