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Fundo de resgate europeu não exige o pagamento imediato à Grécia apesar de incumprimento
A Grécia entrou em incumprimento perante o fundo de resgate europeu quando não pagou ao FMI. Mas o FEEF, "o maior credor da Grécia" decidiu não pedir o pagamento imediato dos empréstimos, revela em comunicado.
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O Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) decidiu não exigir o pagamento do empréstimo da Grécia de forma imediata apesar de ter declarado a entrada em incumprimento do país.
Já no dia 1 de Julho o FEEF tinha emitido um comunicado onde revelava que, depois de a Grécia ter falhado o pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha-se constituído "um evento de incumprimento para certos créditos do FEEF". Em causa está o reembolso que Atenas deveria ter feito ao FMI no valor de cerca de 1,6 mil milhões de euros no dia 30 de Junho, o que não aconteceu.
Entretanto o conselho de administração do FEEF reuniu-se e decidiu, "em linha com a recomendação do presidente executivo, Klaus Regling, não pedir o pagamento imediato dos empréstimos [à Grécia] nem renunciar ao direito de agir", revela o FEEF num comunicado emitido esta sexta-feira, 3 de Julho.
A decisão foi antes a de reservar os direitos do FEEF em relação aos empréstimos concedidos à Grécia. Ao tomar esta decisão "o FEEF mantém todas as opções em aberto como credor enquanto evoluem os eventos na Grécia. A situação vai continuar a ser monitorizada e o FEEF vai reavaliar a sua posição regularmente", acrescenta a mesma fonte.
Já o presidente do fundo realça, citado no mesmo comunicado que "o FEEF é o maior credor da Grécia."
"Este evento de incumprimento é causa de grande preocupação. Quebra o compromisso assumido pela Grécia de honrar as suas obrigações financeiras perante todos os seus credores, e abre a porta a consequências severas para a economia grega e para o povo grego. O FEEF vai coordenar de perto, com todos os estados-membro da Zona Euro, a Comissão Europeia e o FMI, futuras acções", acrescenta Regling, citado no comunicado emitido no site o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).
No total, a Grécia tem 144,6 mil milhões de euros de empréstimos junto do FEEF.
O fundo realça, no mesmo comunicado, que "o não pagamento grego não influencia a capacidade do FEEF pagar aos seus obrigacionistas. Os investidores sabem que as obrigações do FEEF beneficiam de uma estrutura robusta de garantias.