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Schäuble avisa gregos que proposta do Eurogrupo já "não está em cima da mesa"

O ministro das Finanças alemão alerta que um novo programa que venha a ser negociado para a Grécia "vai demorar algum tempo" e "terá uma base completamente nova" com "condições económicas mais difíceis".

29 de Maio – Ministro alemão definiu 30 de Junho como data limite para a existência de um acordo

“Tendo em conta como as coisas estão, aquele programa irá expirar se não houver acordo”
03 de Julho de 2015 às 14:47
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Wolfgang Schäuble alertou esta sexta-feira, 3 de Julho, que a proposta sobre a qual os gregos vão responder no referendo de domingo "já não está em cima da mesa", uma vez que o segundo programa já terminou.


Em entrevista ao jornal alemão Bild, citada pela Bloomberg, o ministro das Finanças alemão deixa outro aviso: quaisquer negociações que venham a acontecer sobre um novo programa têm que "partir de uma base completamente nova e sobre condições económicas mais difíceis". Avisa ainda que estas negociações "deverão demorar algum tempo".


Estas declarações surgem no último dia de campanha do referendo na Grécia, sendo que na votação os gregos são chamados a responder se aceitam ou não a proposta que os credores apresentaram à Grécia na reunião do Eurogrupo de 25 de Junho.


O Governo grego não aceitou esta proposta e decidiu convocar um referendo para 5 de Julho, mas entretanto (a 30 de Junho) o programa de assistência financeira expirou. Já depois de convocar o referendo, o primeiro-ministro grego solicitou um terceiro resgate ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (fundo de resgate do euro), mas os líderes europeus e os ministros das Finanças adiaram uma análise e eventuais conversações para depois do dia do referendo.

As declarações do ministro alemão estão alinhadas com as de outros responsáveis europeus.

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, afirmou que a vitória do "não" no referendo "enfraqueceria dramaticamente" a Grécia. E alerta que não há qualquer resultado que fortaleça Atenas nas negociações. O presidente da Comissão, que falou aos jornalistas após uma visita ao Luxemburgo, acrescentou ainda que, mesmo que o "sim" vença, as negociações entre a Grécia e os credores serão "difíceis", segundo a Bloomberg.

 

Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia, considera que a questão colocada no referendo "não é nem factual nem juridicamente correta" e que, seja qual for o resultado, "os gregos vão enviar no domingo um sinal político ao resto da Europa". O responsável vai mais longe: "Seria errado supor que um 'não' reforçaria a posição de negociação grega. É o oposto", declarou, em entrevista ao jornal alemão Die Welt, citada pela Lusa.

O comissário europeu Pierre Moscovici revelou que está preocupado com a situação dos gregos, em especial com os que estão numa posição mais vulnerável, afirmando que "é necessário retomar as negociações no dia seguinte ao referendo".

 

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