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Dijsselbloem diz à Grécia para começar a fazer reformas mesmo antes de acordo

"Se gastarmos dois meses enquanto estamos em conversações sem fazer nada, no final de Abril teremos maiores problemas". O aviso foi dado, no Financial Times, pelo líder do Eurogrupo, Dijsselbloem.

Reuters
02 de Março de 2015 às 08:52
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"A minha mensagem para os gregos é: tentem começar o programa mesmo antes de todas as renegociações estarem concluídas". A afirmação é de Jeröen Dijsselbloem em entrevista ao Financial Times este domingo, 1 de Março.

 

A Zona Euro acordou a extensão do financiamento para a Grécia, no âmbito do resgate internacional acordado desde 2010 (e prolongado em 2012). Para isso, o governo liderado por Alexis Tsipras teve de se comprometer com uma série de reformas a empreender para justificar aquele dinheiro. Terão agora de haver conversações entre Atenas e os parceiros europeus para que as intenções se tornem em implementações. Mas, enquanto isso, o líder do Eurogrupo (o organismo que junta os ministros das Finanças da Zona Euro) quer trabalho.

 

"Há elementos que podem ser iniciados hoje. Se o fizerem, algures em Março, talvez possa haver uma primeira tranche do empréstimo. Mas isso iria exigir progresso e não apenas intenções", reiterou Dijsselbloem na mesma entrevista. Em cima da mesa há medidas a implementar prometidas pela Grécia e exigências de contrapartidas pelo financiamento por parte dos pares europeus. Esta ideia vem de encontro àquilo que, também numa entrevista este fim-de-semana, foi dito pelo ministro das Finanças alemão: "Atenas deve continuar com os ajustes e reformas assumidas como contrapartidas no programa que acompanhou o seu segundo resgate".

 

"Se gastarmos dois meses enquanto estamos em conversações sem fazer nada, no final de Abril teremos maiores problemas", atira Jeröen Dijsselbloem. Segundo o jornal, o ministro das Finanças dos Países Baixos diz que o Eurogrupo está disposto a libertar nesse mês 7,2 mil milhões de euros incluídos no resgate. 

 

Atenas pediu um financiamento de emergência, acordado por quatro meses, para que consiga olhar para as contas e analisar, efectivamente, o que poderá ser racionalizado e dinamizado. O primeiro-ministro já disse que quer começar a trabalhar: "A Europa reconheceu agora que a Grécia virou uma nova página (...) Vamos começar a trabalhar arduamente, de forma a mudar a Grécia, numa Europa em mudança".  

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