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Grécia: Produção industrial afunda, mas emprego recupera
A produção industrial grega teve um mau Fevereiro, com a maior contracção desde Outubro de 2013. Crescimento do emprego permitiu aguentar a actividade.
Os dados são da Markit Economics e estão reflectidos na publicação do Índice PMI, que parte de um inquérito a 300 responsáveis de empresas do sector industrial com operação na Grécia. "Fevereiro assistiu a uma maior contracção do sector industrial grego, com o maior ritmo de queda na produção desde Outubro de 2013. As novas encomendas também caíram com mais velocidade, reflectindo, em parte, menos trabalho encomendado do estrangeiro", refere a Markit.
Ainda assim, o índice de PMI ficou praticamente estagnado em Fevereiro – passou de 48,4 em Janeiro para 48,3 - devido ao crescimento do emprego, queda mais lenta da compra de stocks e uma maior deterioração do tempo de entrega dos fornecedores.
"O PMI da indústria manteve-se em contracção em Fevereiro, mais um sinal de que a economia grega continua a sentir o peso da incerteza. As fábricas reportam hesitação nas encomendas entre clientes nacionais e estrangeiros, levando [o nascimento] de novos negócios a cair a um ritmo acelerado", nota Phil Smith, economista da Markit.
No mesmo exercício feito para a Zona Euro é possível concluir que, embora positivo, o crescimento continua lento, com um índice PMI de 51, ligeiramente abaixo dos 51,1 de Janeiro. O destaque vai para Irlanda e Espanha, com o PMI do primeiro a atingir o valor mais elevado dos últimos 15 anos. França, Áustria e Grécia registaram contracções no PMI em Fevereiro.
"O sector industrial europeu quase não expandiu em Fevereiro, o que sublinha o mal-estar que ainda existe na produção de bens na região. Contudo, por trás desse resultado desapontante, diferentes partes da economia industrial estão a mover-se a velocidades muito distintas, da explosão celta até à crise gaulesa", escreve Chris Williamson, economista-chefe do Markit.