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Indústria grega em mínimos de 15 meses em Janeiro

O Índice de Gestores de Compras (PMI na sigla original) da Markit atingiu em Janeiro o valor mais baixo dos últimos 15 meses.

Negócios 02 de Fevereiro de 2015 às 11:00
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Segundo os dados publicados esta manhã, o PMI grego, índice que segue a actividade industrial do país, atingiu no primeiro mês de 2015 os 48,3 pontos, uma descida face aos 49,4 de Dezembro. É a sétima vez em oito meses que o índice fica abaixo dos 50 (um valor negativo).

 

Segundo a Markit, por trás deste valor está uma quebra da produção industrial, a primeira em três meses. Os dados mostram que a procura por bens industriais gregos também caiu, tanto internamente como no exterior, com novas encomendas de exportações a continuarem a recuar. As empresas gregas reduziram também as suas compras de matérias-primas e bens "semi-acabados", em linha com a queda de novas encomendas.

 

"Janeiro viu a continuação da queda de novas encomendas levar as empresas industriais a reduzir a sua produção pela primeira vez em três meses", explica Phil Smith, economista da Markit. "O crescimento da incerteza trazida pelas eleições terá sido um factor por trás deste pior comportamento, embora novos negócios no estrangeiro também tenham sido prejudicados e este ser o quinto mês consecutivo em que o PMI ficou abaixo de 50, o que sugere que os problemas do sector são mais profundos."

 

Ligeira recuperação da Zona Euro

 

A Markit disponibiliza também dados para toda a Zona Euro, onde o arranque de 2015 trouxe uma ligeira aceleração da indústria europeia, com um PMI de 51, acima dos 50,6 de Dezembro. As boas notícias vêm da Alemanha, Espanha, Holanda e Irlanda, mas em França, Itália, Áustria e Grécia continuam a registar-se contracções. As últimas duas em situação mais grave.

 

"A indústria europeia mostrou sinais de sair da inércia no início do ano, mas o ritmo de expansão continua a desapontar, justificando a decisão do BCE de avançar com acções drásticas para reavivar a economia", refere Chris Williamson, economista-chefe da Markit.

 

"A bazuca do BCE, de alívio quantitativo em larga escala [quantitative easing], deve estimular a economia da Zona Euro através da melhoria da confiança das empresas e dos consumidores. A desvalorização da moeda deve beneficiar nos próximos meses especialmente os exportadores industriais", acrescentou. "O preço mais baixo do petróleo vai também ajudar a reduzir os custos das indústrias, através de menos gastos com combustível e libertando rendimento dos consumidores para gastarem [na compra] de bens."

 

A Markit é uma empresa de informação financeira. O PMI é um inquérito feito a representantes de 3.000 empresas do sector da indústria, com sede na Alemanha, França, Itália, Espanha, Holanda, Áustria, Irlanda e Grécia, o equivalente a 89% da actividade industrial europeia. O inquérito olha para vendas, emprego, stocks, preços e encomendas. Um valor abaixo de 50 indica uma contracção da actividade. 

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