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Cavaco: “É bom para a Europa que a Grécia continue no euro e sejam eliminadas as incertezas”

Depois da polémica que geraram as suas declarações na semana passada, Cavaco Silva aconselhou a consulta dos documentos oficiais que mostram o valor das transferências de Portugal para a Grécia. E acrescentou: "Portugal nunca recebeu doação de nenhum país. Recebe empréstimos, paga juros e vai fazer reembolsos".

18 de Fevereiro de 2015 às 18:07
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O presidente da República, Cavaco Silva, defendeu esta quarta-feira, 18 de Fevereiro, que é importante para a Europa que a Grécia permaneça na Zona Euro. O chefe de Estado português afirmou ainda ter "esperança" que Atenas peça uma extensão do programa de assistência financeira "até ao fim-de-semana".

 

"Tenho esperança que isso vá acontecer até ao fim-de-semana", referiu Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas, em Arouca. "É bom para a Europa que a Grécia continue no euro e que sejam eliminadas as incertezas".

 

Na semana passada, o presidente da República foi acusado de demonstrar uma postura pouco solidária com os gregos, depois de afirmar que sai muito dinheiro dos bolsos dos contribuintes portugueses para os cofres de Atenas. "Portugal tem vindo a transferir para a Grécia o produto dos juros das obrigações na posse do Banco de Portugal, o que significa muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses", referiu na altura.

 

Questionado sobre essas declarações, o chefe de Estado insistiu na ideia. "Aconselhava a que se consultassem os documentos oficiais onde constam as transferências feitas para a Grécia em resultado das obrigações gregas que constam das carteiras dos bancos centrais dos países da Zona Euro. É o que sai do bolso dos contribuintes", frisou.

 

E continuou. "Quem fizer a consulta constatará que Portugal é um dos países que fez maiores doações à Grécia. Talvez até constate que, em termos relativos, Portugal é o país que faz mais doações".

 

Cavaco Silva aproveitou ainda para sublinhar o contraste com a realidade nacional, afirmando que "Portugal nunca recebeu doação de nenhum país". "Portugal recebe empréstimos, paga juros e vai fazer reembolsos", explicou.

 

"A política económica de cada Estado-membro é matéria de interesse comum de todos", acrescentou o presidente da República. "É por isso que todos os governos, independentemente da cor partidária, se opuseram às pretensões da Grécia na última reunião do Eurogrupo".   

 

 

 

 

 

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