Notícia
Alemanha, Reino Unido, Irlanda e Holanda já estão a preparar-se para um "Grexit"
Estes quatro países já terão iniciado a preparação de planos de contingência para um eventual cenário em que se concretize a saída da Grécia da Zona Euro. A Irlanda acredita que o impacto de um "Grexit" seria mínimo.
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A Grécia ainda não saiu da Zona Euro, mas pelo menos quatro países já terão começado a preparar-se para essa eventualidade. De acordo com notícias avançadas pela Bloomberg, a Alemanha, o Reino Unido, a Irlanda e a Holanda já estão a preparar planos de contingência para melhor acomodar a concretização de uma eventual saída da Grécia do bloco do euro.
Segundo duas fontes anónimas citadas pela Bloomberg, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, terá revelado esta quarta-feira, 17 de Junho, na Câmara Baixa do Parlamento, que a Alemanha está a preparar-se para um cenário de "Grexit". No entanto, apesar de assegurar que a saída da Grécia da Zona Euro teria um efeito diminuto no orçamento alemão, Schäuble terá mostrado esperança de que as negociações entre a Grécia e as instituições credoras poderão chegar a bom porto.
Esta terça-feira, o ministro britânico das Finanças, George Osborne, já tinha avisado que "as pessoas não devem subestimar" o impacto que um "Grexit" teria na confiança dos agentes na economia.
A Bloomberg adianta ainda que também a Irlanda e a Holanda estarão a delinear planos de contingência tendo em vista o abandono grego da moeda única.
Entretanto, do outro lado do Atlântico, Janet Yellen, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, avisou que haverá turbulência nos mercados financeiros e na economia global se a Grécia não chegar a um acordo com os credores.
Esta quinta-feira, 18 de Junho, os ministros das Finanças da Zona Euro reúnem-se em Bruxelas com a crise grega a assumir papel de destaque na agenda. O arrastar das negociações desde Fevereiro sem que surja luz ao fundo do túnel quanto a um acordo final sobre as reformas que a Grécia tem de adoptar.
Permanece por desbloquear a tranche de 7,2 mil milhões de euros prevista no programa de assistência grego ainda em curso, até que seja aprovada a quinta e última avaliação ao segundo memorando. Com cerca de 1,6 mil milhões de euros para devolver ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Atenas já afirmou que se os 7,2 mil milhões não forem libertados o país não conseguirá assumir os seus compromissos, o que implicaria a entrada em incumprimento.