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Chanceler austríaco: “Estou do lado do povo grego” a quem estão a propor “mais coisas prejudiciais”

O chanceler austríaco, Werner Faymann, defende que a Grécia precisa de mais apoio e lança críticas a algumas das medidas propostas pelos credores internacionais.

Bloomberg
17 de Junho de 2015 às 09:40
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"Estou do lado da população grega que [estando numa] posição difícil lhe está a ser proposto mais coisas prejudiciais à sociedade". As palavras são do chanceler austríaco Werner Faymann, a uma estação do seu país, citadas pela Reuters. Segundo o The Guardian, o responsável austríaco assinalou ainda que Atenas tem de cumprir os seus compromissos no âmbito do programa de resgate actual.

No entanto, Werner Faymann criticou também os credores. "Sei que houve um número de propostas, também das instituições, que não acho que estejam em ordem", afirmou segundo as declarações da Reuters publicadas no The Guardian. "Elevado desemprego, 30-40% [da população] sem planos de saúde e ainda ir subir o IVA dos medicamentos. As pessoas nesta situação difícil não podem entender isto", disse ainda.

O chanceler austríaco visita a Grécia esta quarta-feira, 17 de Junho.


Esta terça-feira, 16 de Junho, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, acusou o Banco Central Europeu (BCE) de promover tácticas "estranguladoras" e o Fundo Monetário Internacional (FMI) de "responsabilidade criminal" na degradação da economia grega desde o primeiro resgate financeiro.

Por outro lado, a tensão entre Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, e o primeiro-ministro grego voltou a ficar patente nas mais recentes declarações do político luxemburguês. Esta terça-feira, Juncker voltou a acusar Tsipras de apresentar versões relativas às negociações que não correspondem à realidade. O presidente da Comissão garante que, contrariamente ao veiculado por Tsipras, não propôs que a electricidade e os medicamentos passassem a ser taxados pelo escalão mais elevado do IVA "e o primeiro-ministro [grego] sabe isso".

Citado pela agência Bloomberg, Juncker aproveitou para deixar outra farpa a Alexis Tsipras ao dizer que "não me preocupo com o governo grego, preocupo-me com o povo grego". O ex-primeiro-ministro do Luxemburgo esclareceu ainda que assumiu, ele próprio, a decisão de interromper, no último domingo, as negociações com as autoridades da Grécia. Explicou também que não voltou a manter nenhum tipo de contacto com o Executivo helénico depois da noite de domingo, "quando decidi interromper as negociações que, tendo em conta a posição assumida pelos gregos, não estavam a levar a lado nenhum".

(Gralha corrigida no título)

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