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Galp e EDP levam PSI-20 para terreno positivo
O principal índice da bolsa de Lisboa está novamente em terreno positivo impulsionado pelos ganhos da Galp Energia e da EDP. No resto da Europa, o sentimento é igualmente de ganhos.
A bolsa nacional voltou a inverter a tendência e segue agora do lado dos ganhos. O PSI-20 soma 0,23% para 5.643,03 pontos, com 10 empresas em alta e oito em queda. No resto da Europa, o sentimento é igualmente de ganhos com os investidores a continuarem a acompanhar a evolução da situação na Grécia. O principal índice helénico é o que mais sobe entre as congéneres europeias, avançando quase 1%, seguido do índice italiano, que cresce em torno de 0,70%.
Esta terça-feira, 16 de Junho, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, acusou o Banco Central Europeu (BCE) de promover tácticas "estranguladoras" e o Fundo Monetário Internacional (FMI) de "responsabilidade criminal" na degradação da economia grega desde o primeiro resgate financeiro. Por outro lado, Jean-Claude Juncker voltou a acusar Tsipras de apresentar versões relativas às negociações que não correspondem à realidade. Esta quarta-feira, o chanceler austríaco, Werner Faymann, já veio assinalar que está "do lado da população grega que [estando numa] posição difícil lhe está a ser proposto mais coisas prejudiciais à sociedade".
Além disso, o mercado especula que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) vai sinalizar uma trajectória lenta no que diz respeito a uma mudança de política monetária.
Por cá, os títulos da Galp Energia e da EDP são os que mais impulsionam a praça nacional. A Galp Energia soma 0,56% para 10,765 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate soma 1,12% para 60,64 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, cresce 1,16% para 64,44 dólares por barril.
A EDP soma 0,59% para 3,391 euros e a EDP Renováveis cede 0,35% para 6,512 euros. A REN desce 0,42% para 2,589 euros.
Na banca, o BPI soma 1,36% para 1,338 euros. Isto no dia em que decorreu a assembleia geral de accionistas do BPI que votou contra o único ponto da ordem de trabalhos que estava na agenda: a modificação dos estatutos de forma a retirar a limitação aos direitos de voto actualmente definida em 20%.
O BCP está a recuar 0,37% para 8,08 cêntimos, um dia depois de ser terem estreado os novos títulos do banco liderado por Nuno Amado, resultantes da troca de obrigações. Trata-se de 4,84 mil milhões de novas acções emitidas a 8,34 cêntimos, um valor superior à própria cotação da instituição financeira.
O Banif soma 1,52% para 0,0067 euros.
Na construção, a Mota-Engil, que ontem caiu mais de 8% depois de anunciar uma uma oferta de obrigações para os pequenos investidores, num montante de 70 milhões de euros, está hoje a subir 2,79% para 1,99 euros. O objectivo da operação passa por conseguir financiar-se num total de 95 milhões de euros. A diferença resultará da troca de títulos emitidos pela empresa em 2013 com o juro apresentado nos novos títulos a ser muito menor. No entanto, a Mota-Engil oferece agora um período mais longo e uma taxa mais atractiva e promete um prémio monetário por cada obrigação que seja trocada.
Esta quarta-feira a Mota-Engil anunciou a suspensão da operação, mas será uma questão breve, já que passa pela alteração de uns códigos que tem de constar no prospecto.
A Teixeira Duarte cresce 3,77% para 55 cêntimos.
No retalho, a Jerónimo Martins cede 0,08% para 12,15 euros e a Sonae soma 0,17% para 1,16 euros.