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REN regista lucros de 153 milhões em 2024 graças à CESE
Os resultado da REN em 2024 foram 2,2% mais elevados do que no ano anterior, avançou a empresa.
A REN - Redes Energéticas Nacionais comunicou esta quinta-feira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que atingiu no ano passado lucros de quase 153 milhões de euros, mais 2,2% face a 2023.
"Para os mesmos, contribuíram não só impactos fiscais positivos, mas também o reconhecimento de 5,6 milhões de euros relativos à CESE [Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético], depois de, pela primeira vez, o Tribunal Constitucional ter decidido favoravelmente a dois recursos apresentados no segmento do gás", explica a empresa no mesmo comunicado.
Em termos de impostos, em 2024 a REN pagou 37,7 milhões de euros, menos 47% (ou menos 33,3 milhões) face aos 71 milhões registados em 2023. Quanto à CESE, o valor desta taxa extraordinária a pagar pela REN caiu quase seis milhões de euros no ano passado, para 22,7 milhões, "refletindo a decisão do Tribunal Constitucional".
No que diz respeito ao EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a empresa dá conta de 506 milhões de euros, o que representa uma "ligeira redução" de 1,5%, refletindo uma variação tanto da atividade doméstica (-2,6 milhões), como da internacional (-5,3 milhões).
Em Portugal, o EBITDA da REN foi impactado pela redução da rentabilidade dos seus ativos regulados, sobretudo no segmento do gás, sendo que a atividade internacional tinha beneficiado em 2023 de um proveito extraordinário não-recorrente de 4 milhões de euros.
"Apesar dos resultados financeiros mais baixos (quase menos 21 milhões de euros em 2024 face a 2023) - fruto do aumento do custo médio da dívida -, o resultado líquido superou o do ano anterior, tendo registado um valor de 152,5 milhões", refere a empresa no mesmo comunicado.
Já o investimento da REN registou no ano passado um "forte incremento", classifica a empresa, para 368,4 milhões de euros (+22,2% face ao ano anterior), "em linha com o anunciado no mais recente plano estratégico 2024-27".
Por outro lado, as transferências em termos da base de ativos regulados também recuperaram em 2024, com um crescimento de 73,5 milhões de euros, devido à "entrada em exploração de novos projetos em 2024" (+33% comparado com o ano anterior).
A dívida líquida (excluindo desvios tarifários) registou uma redução de 1% para 2.388,5 milhões. "Como esperado, e fruto da conjuntura internacional, o custo médio da dívida subiu para 2,75% (em comparação com 2,49% em 2023)", frisou a empresa. Em fevereiro de 2024, a REN fez a sua segunda emissão de obrigações verdes, no montante de 300 milhões de euros, com uma maturidade a oito anos.