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Banca e Jerónimo Martins arrastam PSI-20 para terreno negativo

A sessão desta quarta-feira está a ser marcada pela volatilidade na bolsa nacional. O PSI-20 voltou a inverter a tendência e segue no vermelho. Entre as restantes congéneres o sentimento é sobretudo de perdas.

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Junho de 2015 às 13:00
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Grande volatilidade está a marcar a sessão na praça nacional. A bolsa nacional arrancou em alta, tendo invertido para terreno negativo menos de uma hora depois do arranque da sessão. Depois, voltou ao verde para agora estar, novamente, em queda. O PSI-20 desce 0,86% para 5.581,75 pontos, com 13 cotadas em queda, três em alta e duas inalteradas.

Entre as restantes congéneres europeias, o sentimento é sobretudo de perdas, com o índice francês a liderar as desvalorizações ao recuar em torno de 1%. Por outro lado, em alta está o principal índice grego, que avança mais de 1%.

A marcar o dia nos mercados está a situação da Grécia. Esta terça-feira, 16 de Junho, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, acusou o Banco Central Europeu (BCE) de promover tácticas "estranguladoras" e o Fundo Monetário Internacional (FMI) de "responsabilidade criminal" na degradação da economia grega desde o primeiro resgate financeiro. Por outro lado, Jean-Claude Juncker voltou a acusar Tsipras de apresentar versões relativas às negociações que não correspondem à realidade. Esta quarta-feira, o chanceler austríaco, Werner Faymann, já veio assinalar que está "do lado da população grega que [estando numa] posição difícil lhe está a ser proposto mais coisas prejudiciais à sociedade".

Entretanto, o banco central da Grécia avisou que a falta de acordo vai conduzir à saída do euro e da União Europeia.

Além disso, e ainda a marcar o dia está o facto de o mercado especular que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) vai sinalizar uma trajectória lenta no que diz respeito a uma mudança de política monetária.

 

Por cá, os títulos do sector financeiro e da Jerónimo Martins são os que mais pressionam a praça nacional. Na banca, o BCP desce 2,22% para 7,93 cêntimos, um dia depois de ser terem estreado os novos títulos do banco liderado por Nuno Amado, resultantes da troca de obrigações. Trata-se de 4,84 mil milhões de novas acções emitidas a 8,34 cêntimos, um valor superior à própria cotação da instituição.

Já o BPI perde 4,17% para 1,265 euros. A assembleia-geral de accionistas do BPI, que se reuniu esta quarta-feira 16 de Junho pelas 10h00, em Serralves, no Porto, votou contra o único ponto da ordem de trabalhos que estava na agenda: a modificação dos estatutos, de forma a retirar a limitação aos direitos de voto actualmente definida em 20%.

 

A desblindagem dos estatutos, passo essencial para a OPA do CaixaBank sobre o banco português, foi rejeitada na assembleia-geral desta quarta-feira, apurou o Negócios e confirmou, entretanto, o banco em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O Banif segue inalterado nos 0,0066 euros.

 

A Jerónimo Martins desvaloriza 1,77% para 11,945 euros. E a Sonae desce 1,04% para 1,146 euros.

 

Na construção, a Mota-Engil, que ontem caiu mais de 8% depois de anunciar uma uma oferta de obrigações para os pequenos investidores num montante de 70 milhões de euros, está agora a subir 2,74% para 1,989 euros. O objectivo da operação passa por conseguir financiar-se num total de 95 milhões de euros. A diferença resultará da troca de títulos emitidos pela empresa em 2013 com o juro apresentado nos novos títulos a ser muito menor. No entanto, a Mota-Engil oferece agora um período mais longo e uma taxa mais atractiva e promete um prémio monetário por cada obrigação que seja trocada.

 

Já a Teixeira Duarte recua 1,70% para 52,1 cêntimos.

A travar uma queda mais acentuada na praça nacional estão os títulos da Galp Energia, que avançam 0,61% para 10,77 euros. Isto numa altura em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate soma 1,77% para 61,03 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, soma 2,15% para 65,07 dólares por barril.

Em sentido contrário, estão os restantes títulos do sector. A EDP Renováveis desce 1,61% para 6,43 euros, contribuindo para a queda da praça nacional. A EDP desce 0,53% para 3,353 euros. E a REN recua 0,58% para 2,585 euros.

A Pharol, antiga PT SGPS, soma 4,07% para 38,4 cêntimos. E a Nos segue inalterada nos 6,649 euros.

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