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Galp e BCP atiram bolsa para nova queda
A bolsa nacional inverteu da tendência de ganhos registada na abertura e segue já com uma queda, acompanhando a evolução da maioria das congéneres europeias, que continuam pressionadas pelo impasse em torno da Grécia.
O PSI-20 cai 0,65% para 5.593,14 pontos, com 12 acções em queda e seis em alta. Entre os congéneres europeus a tendência é igualmente de perdas, com o Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, a cair 0,05%.
Os investidores continuam a aguardar desenvolvimentos em torno da Grécia, numa altura em que os receios de que Atenas entre em incumprimento aumentam. Entre insultos e desmentidos, as posições do governo grego e dos credores estão extremadas. A mensagem de conciliação coube a Angela Merkel. Mas os cenários alternativos para a Grécia afirmam-se, sem ninguém antecipar o que pode acontecer.
A condicionar a negociação bolsista está também a reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA, que termina esta quarta-feira, 17 de Junho. Os analistas prevêem que seja mantida a taxa de juro e que seja indicado que a política monetária dos EUA se sofrer mudanças será a um ritmo lento.
Na bolsa nacional, a Galp Energia e o BCP são as acções que mais penalizam.
A petrolífera está a cair 1,07% para 10,59 euros, uma tendência que está a ser acompanhada pela generalidade do sector energético nacional, numa altura em que a EDP desce 0,44% para 3,356 euros, a EDP Renováveis cai 1,25% para 6,453 euros e a REN deprecia 1,31% para 2,566 euros.
Já o BCP está a recuar 1,60% para 8,0 cêntimos, um dia depois de ser terem estreado os novos títulos do banco liderado por Nuno Amado, resultantes da troca de obrigações. Trata-se de 4,84 mil milhões de novas acções emitidas a 8,34 cêntimos, um valor superior à própria cotação da instituição financeira.
Ainda na banca, o BPI contraria esta tendência de quedas e sobe 0,83% para 1,331 euros, no dia em que vai decorrer a assembleia geral de accionistas onde deverá ser votada a desblindagem dos estatutos, numa altura em que decorre a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank, bem como continua em cima da mesa a proposta apresentada por Isabel dos Santos e que passe pela fusão entre BPI e BCP.
O Banif avança 1,52% para 0,7 cêntimos.
A contribuir para a queda da bolsa está também a Jerónimo Martins, ao perder 0,49% para 12,10 euros.
A Mota-Engil, que ontem caiu mais de 8% depois de anunciar uma uma oferta de obrigações para os pequenos investidores, num montante de 70 milhões de euros, está hoje a subir 1,76% para 1,97 euros. O objectivo da operação passa por conseguir financiar-se num total de 95 milhões de euros. A diferença resultará da troca de títulos emitidos pela empresa em 2013 com o juro apresentado nos novos títulos a ser muito menor. No entanto, a Mota-Engil oferece agora um período mais longo e uma taxa mais atractiva e promete um prémio monetário por cada obrigação que seja trocada.
Esta quarta-feira a Mota-Engil anunciou a suspensão da operação, mas será uma questão breve, já que passa pela alteração de uns códigos que tem de constar no prospecto.