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Maria Luís Albuquerque: Europa não pode ser posta em causa por um país entre 28

A ministra das Finanças afirmou esta terça-feira que a Europa não pode ser posta em causa por um país entre 28, numa referência à Grécia, e que é "preciso fazer mais" para levar o "barco a bom porto".

Bloomberg
16 de Junho de 2015 às 23:59
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"Não é um momento bom, não é um momento fácil, ninguém deseja um desfecho difícil, mas a Europa, enquanto tal, não pode ser posta em causa por um país entre os 28, os outros 27 continuam empenhados, aliás eu acredito que continuamos os 28, mas é preciso fazer mais para conseguir levar o barco a bom porto", disse Maria Luís Albuquerque durante o debate "Lições de Política num Futuro de Oportunidades", em Matosinhos, Porto.

 

Maria Luís Albuquerque frisou que a solução da crise na Grécia é "muito difícil" e exige, em primeiro lugar, que o Governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras reconheça que os outros países vivem numa democracia "tão legítima" como a grega, sendo necessário respeito mútuo para que seja encontrada a solução procurada.

 

"O facto de haver uma ameaça ao projecto euro não significa que vamos acreditar que a Europa está ameaçada em termos existenciais", vincou.

 

A governante portuguesa considerou que a ameaça que resulta da crise grega, que "objectivamente é muito preocupante", levou a uma reacção unânime de defesa do euro, que é património comum, mas que não pode ser entendida como uma "reacção hostil à Grécia".

 

"Os países estão a reagir àquilo que põe em causa e ameaça a nossa moeda comum [euro] e essa reacção conjunta deve dar-nos esperança", salientou.

 

Além disso, Maria Luís Albuquerque sustentou que os países estão dispostos a fazer "o que é necessário" para proteger aquilo que em comum valorizam, ou seja, o euro.

 

A ministra das Finanças frisou que a Europa revela o seu "melhor" quando é confrontada com grandes desafios e a existência de ameaças leva-a a valorizar aquilo que é importante. "Para gerir o que quer que seja que aí vem, pelas razões conhecidas, o optimismo tem de começar a diminuir, forçosamente", disse.

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