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Governo grego admite realizar referendo sobre saída do euro se acordo falhar

Euclid Tsakalotos, responsável pela equipa negocial grega, garantiu ser necessário "consultar o povo" caso não seja alcançado um acordo com os credores, porque o Governo não tem um mandato para sair do euro.

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Bloomberg
18 de Junho de 2015 às 10:44
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O Governo de Atenas admitiu esta quinta-feira, 18 de Junho, a realização de um referendo sobre a saída da Grécia do euro se não for alcançado um acordo viável com os credores internacionais. No "Today Programme" da BBC, Euclid Tsakalotos, responsável pela equipa negocial grega, garantiu ser necessário "consultar o povo" já que o Executivo não tem um mandato para abandonar a união monetária.

"Se tivermos um plano economicamente viável que não crie recessão vamos assinar. Caso contrário, teremos de consultar o povo grego porque não temos um mandato para sair do euro", admitiu Euclid Tsakalotos. "O nosso mandato é para o melhor acordo possível dentro do euro, já que somos pró-europeus".

Caso esse entendimento não seja alcançado, Tsakalotos acredita que a economia grega poderá regressar ao tipo de políticas que tinha há mais de 80 anos. "O meu maior receio é que a saída do euro signifique um retorno às desvalorizações competitivas e aos nacionalismos, e ao tipo de política que tínhamos na década de 1930", confessou.

Euclid Tsakalotos considerou ainda que, se a Grécia ficar no euro, a lição que os outros países devem retirar é que é necessário impedir os mercados financeiros de voltarem à ‘farra’ do crédito. "Quando alguém contraiu empréstimos a mais, é porque outro alguém emprestou de mais", explicou.  

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, já havia admitido a possibilidade de realizar um referendo, caso o acordo alcançado com os credores ultrapassasse o mandato atribuído pelos eleitores gregos ao Syriza nas eleições de 25 de Janeiro.

 

Já a hipótese de convocar novas eleições tem sido sempre afastada pelo chefe do Governo grego com o argumento de que a sua equipa tem um mandato recente, e que esse mandato é para pôr fim à austeridade.  

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