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Marcelo diz que Merkel mostrou "grande compreensão e abertura" sobre Portugal

Como correu a reunião com a chanceler alemã? "Muito bem e até melhor do que teria esperado", respondeu o Presidente da República. E vai ficar ao lado de Portugal para evitar sanções? Da chanceler "vi sinais de compreensão, de abertura, não de preocupação", acrescentou Marcelo.

30 de Maio de 2016 às 16:57
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O Presidente da República afirmou nesta segunda-feira, 30 de Maio, que saiu do encontro em Berlim com a chanceler alemã convicto de que Angela Merkel conhece muito bem a realidade portuguesa, que não está preocupada com o rumo do país e estará inclusive disponível para ajudar a defender em Bruxelas que não se apliquem sanções a Portugal por ter falhado a meta de redução do défice. 

Como correu a reunião com a chanceler alemã? "Muito bem e até melhor do que teria esperado", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas. E acha que Merkel ficará ao lado de Portugal para evitar sanções? Em resposta, o Presidente disse que não pode "falar pelo governo alemão", mas a sua "interpretação é que [a sua visita a Berlim] correu muitíssimo bem, em particular a conversa com a chanceler Angela Merkel, melhor do que teria esperado". Da chanceler "vi sinais de compreensão, não de preocupação", acrescentou o Presidente, precisando que viu igualmente sinais de "abertura". "A minha leitura é a de que há uma compreensão do que se passa em Portugal, uma grande abertura e uma grande disponibilidade para cooperação e cumplicidade".

Marcelo Rebelo de Sousa chegou a Berlim convencido que os parceiros europeus vão saber reconhecer os "sacrifícios grandes" feitos pelo país nos últimos anos e que a política portuguesa será "apoiada, compreendida, mas nunca abandonada ou punida".

"Saio daqui com a noção de que há uma compreensão muito clara do que se passa em Portugal e ficou reforçada essa compreensão depois das conversas havidas", designadamente com a chanceler, afirmou ainda o Presidente. 

Portugal enfrenta o risco de sanções inéditas por Portugal não ter colocado o défice orçamental abaixo do limite de 3% do PIB no final de 2015, meta que falhou essencialmente devido ao custo da resolução do Banif.

Questionado sobre se havia falado com a chanceler sobre a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, Marcelo Rebelo de Sousa deixou entender que não, ao afirmar que se trata de um "problema específico" que tem de ser tratado pelas instituições europeias, tendo reiterado não ver "razão nenhuma em estar pessimista em relação a essa hipótese".

Tão pouco Merkel se terá mostrado preocupada com a estabilidade do sector financeiro português. "Não vi nenhum sinal de preocupação da chanceler Angela Merkel em relação a Portugal, vi sim sinais de compreensão, não de preocupação, mas compreensão", sublinhou Marcelo.





(notícia actualizada às 17h30)

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