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Hungria crente num acordo entre o Reino Unido e a UE enquanto cresce apoio ao “Brexit” entre os britânicos

O primeiro-ministro húngaro disse esta quinta-feira que acredita que a Europa chegará a acordo com o Reino Unido no sentido de colocar um travão nos benefícios dos emigrantes, evitando a saída do país da União Europeia.

Reuters
07 de Janeiro de 2016 às 17:52
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Viktor Orban, primeiro-ministro húngaro, disse numa conferência de imprensa após a visita de David Cameron, primeiro-ministro britânico, que ambos concordaram na maioria dos pontos que o Reino Unido defende para reformar a política europeia, e acrescentou que está crente de que se chegará a acordo também sobre os benefícios sociais concedidos aos emigrantes.

"Acredito que o grupo Visegrad vai defender uma posição conjunta e que vamos chegar a acordo", disse Orban, citado pela Reuters, referindo-se ao grupo de países compostos pela Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia.

A eventual saída do Reino Unido da União Europeia – Brexit – deverá ser referendada ainda este ano, sendo que antes de levar o tema a consulta pública, Cameron deseja discutir com a União Europeia uma série de alterações que beneficiem o Reino Unido. Chegar ou não a acordo determinará a posição oficial do Governo britânico neste referendo, isto é, se faz campanha a favor da permanência na União Europeia ou não.

Uma sondagem publicada esta quinta-feira dá conta que a maioria dos britânicos que já tomou uma decisão votaria a favor da saída do Reino Unido do bloco europeu. Enquanto 21% dos inquiridos se mantém indeciso, 43% defendem a saída do país da União Europeia, contra 36% a favor da permanência, escreve a Reuters.

Retirando os indecisos desta equação, temos 54% dos inquiridos favoráveis a uma saída da União Europeia, face aos 46% que desejam que o país fique no bloco europeu.

O cepticismo dos britânicos contrasta com o optimismo de Cameron, que disse no último Conselho Europeu estar confiante de chegar a acordo com a União Europeia já em Fevereiro deste ano e que, após um encontro em Bruxelas esta quarta-feira com Angela Merkel, disse que "as negociações estão a correr bem" e que "acredita que as questões em cima da mesa podem ser trabalhadas".

A saída do Reino Unidos abalaria as bases da União Europeia, retirando-lhe a segunda maior economia e uma das duas maiores potencias militares.

Entre as exigências do Reino Unido para permanecer na União Europeia – algumas das quais implicam a alteração de Tratados - está um reforço da soberania nacional, a garantia de que o Reino Unido não tem de suportar os custos de novos resgates, uma declaração de que o euro não é a moeda oficial da União Europeia, blindar o país contra o turismo social e focar a actuação da União Europeia na competitividade.

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