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Brexit: Cameron optimista sobre acordo com UE sugere que referendo pode acontecer já em 2016

Cameron está confiante de que um acordo pode ser alcançado com a União Europeia em Fevereiro de 2016, o que abre caminho para a realização do referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE em Junho do próximo ano.

David Cameron, presidente do Reino Unido, ocupa o oitavo lugar desta listagem. Reeleito em Maio deste ano, o líder britânico é fã do Twitter – onde tem 834 mil seguidores – e de selfies, escreve a Forbes.
Bloomberg
18 de Dezembro de 2015 às 16:10
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse no final do Conselho Europeu que espera chegar a acordo com a União Europeia (UE) sobre os termos para a permanência do Reino Unido no bloco europeu em Fevereiro do próximo ano, abrindo a porta para a realização do referendo sobre o "Brexit" - uma eventual saída do país da UE - no verão de 2016.

"Há caminho para a realização deste entendimento em Fevereiro", disse Cameron aos jornalistas, em referência ao próximo encontro entre os líderes europeus, marcado para 18 e 19 de Fevereiro de 2016. Caso isso venha a acontecer, escreve a Bloomberg, Cameron poderia iniciar imediatamente os processos necessários para levar a cabo o referendo, que, assim sendo, teria lugar no espaço de quatro meses.

No mesmo sentido, explica o jornal britânico The Guardian que o primeiro-ministro prometeu levar a cabo o referendo antes do final de 2017, mas um entendimento em Fevereiro com a União Europeia pode abrir caminho para a realização do mesmo no verão de 2016.

No início desta semana, o ministro britânico David Lidington disse que demoraria cerca de 16 semanas desde o anúncio do referendo até à sua realização. Assim sendo, um acordo em Fevereiro pode permitir a realização da consulta pública em Junho, escreve a Reuters.

"Acredito que 2016 será o ano em que alcançaremos algo realmente vital: alterando fundamentalmente a relação entre o Reino Unido e a União Europeia e, finalmente, endereçando as preocupações do povo britânico sobre a filiação à União Europeia", disse Cameron aos jornalistas no final do Conselho Europeu, citado pela Bloomberg, acrescentando que "depois, estará nas mãos do povo britânico decidir se quer ficar ou sair [da União Europeia]".


O ‘timing’ do referendo, para decidir se o Reino Unido se mantém ou não na União europeia, é uma questão sensível na medida em que quanto mais se adia a decisão, mais prolongada é a incerteza quanto ao futuro do país e da própria Europa, explica a Reuters.


Sobre o correr das negociações, Cameron disse aos jornalistas que foram feitos "bons progressos" e que se está agora mais próximo de um acordo sobre as reformas por si propostas. 


"Acredito que conseguidos fazer bem estas reformas (…). Acredito firmemente que para a nossa segurança económica e maior segurança nacional, o melhor futuro para o Reino Unido é numa União Europeia reformada", acrescentou, citado pelo The Guardian.

Entre as exigências do Reino Unido para permanecer na União Europeia – algumas das quais implicam a alteração de Tratados - está um reforço da soberania nacional, a garantia de que o Reino Unido não tem de suportar os custos de novos resgates, uma declaração de que que o euro não é a moeda oficial da União Europeia, blindar o país contra o turismo social e focar a actuação da UE na competitividade.

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