As autoridades francesas estiveram no terreno desde a madrugada, tendo realizado operações com o objectivo de capturar o alegado cérebro dos atentados terroristas de sexta-feira, 13 de Novembro, em Paris. Em causa estaria Abdelhamid Abaaoud, cujas informações levaram as forças de segurança a Saint-Denis, no norte de Paris.

Um porta-voz do Governo francês revelou à imprensa que a operação em Saint-Denis terminou, tendo decorrido durante cerca de sete horas.

O Ministério Público já confirmou, através de comunicado, uma morte, tratando-se de uma mulher que se fez explodir num apartamento em Saint-Denis que está cercado pelas forças de segurança. Segundo a informação que está a ser veiculada pela imprensa, neste apartamento estava, além desta mulher, mais dois homens, sendo um deles Abdelhamid Abaaoud. Uma informação que ainda não está confirmada.

Fontes policiais e judiciais, citadas pela imprensa, adiantam que houve mais um morto, elevando para dois o número de vítimas mortais. Há órgãos de comunicação social que apontam para a existência de uma terceira vítima mortal, mas não há qualquer confirmação oficial.

O Ministério Público emitiu um comunicado onde confirma apenas a morte de uma mulher, "depois de ter feito explodir um colete" que trazia.

O comunicado, citado pela imprensa francesa, adianta que no total foram feitas cinco detenções. Três homens, que estavam escondidos no apartamento, mais um homem e uma mulher que se encontravam nas imediações do apartamento, não havendo mais informação sobre o assunto. O Guardian adianta ainda que um dos detidos será o dono do apartamento.

Entretanto, a imprensa francesa adianta que foram realizadas mais duas detenções, elevando para sete o número total de detidos.

A operação em causa foi iniciada por volta das 4:30 (3:30 em Lisboa), tendo por essa hora ocorrido um tiroteio, adianta o jornal francês Le Fígaro. Três horas mais tarde terão ocorrido várias explosões. O jornal adianta que houve vários polícias que ficaram feridos durante a operação, segundo fontes oficiais.

O Guardian acrescenta que o Ministério Público revelou ainda que os familiares dos dois terroristas que se suicidaram na sala de espectáculos Bataclan, Omar Ismail Mostefai e Sami Amimour, foram libertados, depois de dias detidos para interrogatório, sem qualquer acusação.