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França confirma terceira noite de bombardeamentos aéreos
O ministro da Defesa francês confirmou esta terça-feira que as forças militares francesas vão continuar a bombardear o principal reduto do grupo extremista do Estado Islâmico e garante que planeia intensificar os ataques.
O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, confirmou esta terça-feira, 17 de Novembro, completa o terceiro dia de ataque aéreo à região de Raqqa, no norte da Síria, onde a aviação francesa já bombardeou um centro de comando e um centro de treino do Estado Islâmico, segundo informação da Reuters.
Jean-Yves Le Drian avisou que os ataques se deverão intensificar nos próximos dias, em resposta aos atentados terroristas de Paris, onde morreram pelo menos 129 pessoas e mais de 350 ficaram feridas. O ministro francês informou que está previsto o envio do porta-aviões Charles-de-Gaulle, triplicando assim a capacidade das forças militares francesas de realizar ataques.
Também durante esta terça-feira, o ministro francês invocou o Tratado de Lisboa para pedir auxílio dos restantes Estados-membros da União Europeia no combate ao terrorismo, pedido esse que foi aceite unanimamente por Bruxelas.
O ministro da Defesa afirmou que o grupo de aviação francesa conta com dez aviões de combate aéreo. O governante francês comentou também a posição da Putin. Para Jean-Yves Le Drian, a posição de Moscovo está a mudar, influenciada também pela confirmação efectuada esta terça-feira pelos serviços secretos russos de que a queda do Airbus A321 no Egipto a 31 de Outubro, onde voavam turistas russos, se tratou de um "acto terrorista".
"A Rússia está a mudar de posição porque hoje mísseis russos atingiram a região de Raqqa. Talvez uma coligação com a Rússia seja possível", afirmou, comentando o pedido feito pelo presidente francês Francois Hollande de criar uma coligação contra o grupo de terroristas do Estado Islâmico e anunciar uma resposta "implacável".