Notícia
Milhares manifestaram-se em Barcelona a favor da unidade de Espanha
Os jornais espanhóis falam em milhares de pessoas. A organização que promoveu a manifestação fala em mais de um milhão de pessoas nas ruas a manifestar-se pela unidade de Espanha.
O El Pais atribui à Societat Civil Catalana a contabilização dos manifestantes que cifra em mais de um milhão – fala em 1,3 milhões – entre os quais a presença dos líderes catalães dos partidos constitucionalistas.
ÚLTIMA HORA | Más de un millón de personas participan en la manifestación de Barcelona, según los convocantes https://t.co/JCTCkqsKgO pic.twitter.com/oa0YHJzA90
— EL PAÍS (@el_pais) October 29, 2017
É também o El Pais que dá conta que a Guardia Urbana cifra em 300 mil os assistentes nesta manifestação no centro de Barcelona. E a delegação do Governo fala também em 1 milhão.
A polícia nacional colocou um vídeo na sua conta do Twitter com imagens da manifestação.
Así se veía hoy #Barcelona desde nuestro indicativo Cóndor. #TotsSomCatalunya #TodosSomosCataluña #EstamosporTI pic.twitter.com/pc0qshjOs1
— Policía Nacional (@policia) October 29, 2017
A manifestação teve lugar um dia depois do Governo espanhol ter tomado o controlo das instituições catalãs, dando cumprimento à aplicação que decretou do artigo 155.º da Constituição.
Os jornais espanhóis contam que durante a manhã de domingo os Mossos d'Esquadra (polícia regional) tiveram como missão tirar as imagens de ex-membros do governo catalão das esquadras e edifícios dessa polícia da comunidade.
No governo catalão assumido por Madrid é agora a vice-presidente de Espanha, Soraya Sáenz Santamaría, que assume a maior parte das competências do presidente da comunidade.
Rajoy pronunciou-se na rede Twitter, dizendo que os catalães falarão com liberdade e garantias.
Concordia, convivencia y seny, democracia y diálogo en la ley #TodosSomosCataluña. Los catalanes hablarán con libertad y garantías 2112. MR pic.twitter.com/sVPqDgyqqI
— Mariano Rajoy Brey (@marianorajoy) October 29, 2017
Mas há vários políticos que foram a Barcelona. Um dos discursos mais aguardados era o do ex-presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrell que defendeu a aplicação do artigo 155.º. "Se se tivesse declarado a independência, muitos dos que aqui estão acabariam no desemprego. O 155.º impediu-o". Borell, segundo o La Vanguardia, pediu que a justiça actue rapidamente contra os "que estão a fazer mal às pessoas". Na manifestação a favor da união foi pedida a prisão de Carles Puigdemont que já viu o secretário para as migrações belga dizer que pode pedir asilo político à Bélgica. Não há informações de que tenha feito esse pedido, mas Theo Francken, do partido independentista flamenco N-Va, já disse que essa pode ser uma hipótese, ainda que tenha acrescentado que não lhe estenderá o tapete de boas-vindas, pois tal, assume, implicaria uma situação diplomática "difícil com as autoridades espanholas".
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, já se demarcou, pedindo ao seu secretário de Estado que não lance mais fogo na fogueira.
Presentes, segundo o ElMundo, na manifestação estiveram os líderes dos Ciutadans, do PP e do PSC, considerando que no próximo dia 21 de Dezembro se pode voltar a devolver o que consideram ser a legalidade interrompida em Setembro. Também a presidente da Sociedad Civil Catalana, Mariano Gomà, instou a população a ir às urnas nesse dia para "mudar a história da Catalunha".
Sendo esta uma manifestação a favor da unidade, os discursos foram no sentido de apoiar as medidas adoptadas por Mariano Rajoy.
(Notícia actualizada às 16:00 e às 17:30 com mais informações)