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Puigdemont publica no Instagram fotos do interior da sede do governo da Catalunha  

Frente ao Palau de la Generalitat concentram-se desde muito cedo jornalistas e repórteres de imagem para testemunharem se Puigdemont - que não reconheceu a destituição do cargo na sequência da aplicação do artigo 155 da Constituição - vai ou não tentar entrar no edifício.

30 de Outubro de 2017 às 09:06
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Carles Puigdemont, destituído do cargo de presidente da autonomia espanhola da Catalunha, publicou hoje na rede social Instagram imagens em que aparece fotografado no interior da sede do governo, em Barcelona, com a mensagem: "Bom dia".

 

O texto que acompanha a fotografia não especifica se a fotografia foi feita hoje ou se foi captada anteriormente.

 

Frente ao Palau de la Generalitat (sede do Executivo regional) concentram-se desde muito cedo jornalistas e repórteres de imagem para testemunharem se Puigdemont - que não reconheceu a destituição do cargo na sequência da aplicação do artigo 155 da Constituição -- vai ou não tentar entrar no edifício.

Bon dia

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O Governo espanhol está hoje a fazer o teste decisivo para confirmar se controla efectivamente o funcionamento do executivo regional catalão e toda a sua máquina administrativa, no primeiro dia de trabalho depois do anúncio na sexta-feira das medidas de intervenção.

 

Os olhares estão centrados na Generalitat para ver se Carles Puigdemont irá apresentar-se no seu gabinete.

 

O presidente do governo catalão destituído por Madrid fez no sábado uma declaração oficial gravada previamente e transmitida em directo pelas televisões espanholas onde declarou que não aceitava o seu afastamento e pedia aos catalães para fazerem uma "oposição democrática".

 

Puigdemont sublinhou que a sua vontade era "continuar a trabalhar" e que "numa sociedade democrática são os parlamentos que escolhem os seus presidentes".

 

A vice-presidente do Governo de Madrid, Soraya Sáenz de Santamaría, mandatada pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, vai a partir de hoje verificar se encontra obstáculos à intervenção de Madrid autorizada pelo Senado (câmara alta) e que vai implicar a substituição de cerca de 150 cargos nomeados directamente ou através de confiança política.

 

A ministra da Saúde espanhola, a catalã Dolors Montserrat, que no domingo esteve numa grande manifestação, em Barcelona, pela unidade de Espanha, mostrou-se convencida de que os funcionários da Generalitat (Governo regional) irão estar "do lado da lei".

 

No entanto, alguns responsáveis regionais, como o ministro do Território exonerado, Josep Tull, anunciaram através das redes sociais que se iriam apresentar nos seus gabinetes já como "ministros" da nova "República da Catalunha".

 

Por outro lado, o Ministério Público espanhol deverá hoje apresentar as queixas, que tem vindo a preparar, por rebelião, contra os autores da declaração de independência aprovada na sexta-feira no parlamento regional.

 

O parlamento regional da Catalunha aprovou, na sexta-feira, a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupavam.

 

Ao mesmo tempo, em Madrid, o Senado espanhol deu autorização ao Governo para aplicar o artigo 155.º da Constituição para restituir a legalidade na região autónoma.

 

O executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou ao fim do dia a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o Governo catalão, entre outras medidas.

 

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