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Guindos: Secessão da Catalunha resultará numa contracção de 30% do PIB catalão

O ministro espanhol das Finanças considera que a independência da Catalunha seria uma decisão "irracional" até porque 75% da produção catalã passaria a estar sujeita a tarifas. Guindos garante que a secessão da Catalunha face a Madrid resultaria numa quebra de 25% a 30% do PIB catalão.

Costa diz que saída do holandês 'é uma questão de tempo'  e admite apoiar De Guindos - Em entrevista ao El País, António Costa não pede mais a demissão, afirma que a saída de Dijsselbloem do Eurogrupo 'é uma questão de tempo' (no máximo, concluirá o segundo mandato, em Janeiro de 2018) e admite apoiar Luis de Guindos, caso o ministro espanhol avance. O  Público fala em 'cortina de fumo': nota que o Madrid quer Guindos na vice-presidência do BCE e escreve que o Governo português ainda não recusou definitivamente a ideia de enviar Centeno para o Eurogrupo. Está à espera de evoluções na frente externa, designadamente do novo governo holandês e das eleições alemãs (Setembro).
18 de Setembro de 2017 às 16:22
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O principal resultado da independência da Catalunha seria um "brutal empobrecimento" da sociedade catalã, avisou Luis de Guindos. O ministro espanhol das Finanças avisou esta segunda-feira, 18 de Setembro, que a secessão catalã relativamente ao reino espanhol implicaria uma "contracção de 25% a 30%" do PIB daquela região autonómica bem como uma duplicação da taxa de desemprego.

 

Em declarações feitas esta manhã à rádio espanhola Cope, Guindos sustentou que uma eventual decisão com vista à secessão da Catalunha seria "irracional", principalmente em termos económicos já que 75% da produção catalã ficaria sujeita a tarifas alfandegárias.

 

Por outro lado, avisou o governante espanhol, a constituição de uma República independente da Catalunha deixaria aquela região fora não só do reino de Espanha mas também da União Europeia e da Zona Euro. A criação de uma nova divisa na Catalunha redundaria numa desvalorização de cerca de 40% face à cotação actual do euro, disse ainda Guindos.

 

A culminar estas afirmações, o ministro assegurou que o governo central de Madrid nunca permitirá que a Catalunha se separe. Uma decisão favorável à independência "é tão irracional que a Europa não a vê como um cenário viável e o governo de Espanha nunca permitirá que isso aconteça".

 

As autoridades do governo catalão (Generalitat) persistem na intenção de realizar um referendo popular independentista no próximo dia 1 de Outubro, dando assim seguimento ao rumo iniciado ainda pelo anterior governo daquela região, então liderado por Artur Mas e que, em 2014, promoveu uma consulta popular não vinculativa depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter inviabilizado a realização de um referendo vinculativo.

 

Apesar de essa consulta – marcada pela fraca participação – ter redundado numa clara vitória do "sim" à independência, as sondagens apontam para agora para um resultado renhido num eventual referendo, embora indiciando uma vantagem para o lado do "não" à secessão.

 

O governo liderado por Mariano Rajoy garante que utilizará todos os meios para impedir a realização do referendo, já declarado inconstitucional pelo TC e promovido pela Generalitat, estando em cima da mesa a mobilização de forças militares e de segurança.

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