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Catalunha: 14 dirigentes da Generalitat detidos. Rajoy fala em acção proporcional e adequada

A situação na Catalunha continua ao rubro e esta quarta-feira, 20 de Setembro, foram detidas 14 dirigentes do governo catalão. Prosseguem as buscas em várias entidades públicas no âmbito da investigação sobre o referendo independentista.

Andrea Comas/Reuters
20 de Setembro de 2017 às 11:56
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O número dois da conselheira para a Economia, Josep Maria Jové, o secretário das Finanças, Josep Lluís Salvadó, Josué Sallent Rivas, responsável pelo Centro de Telecomunicações e Tecnologias de Informação (CCTI) e Xavir Puig Farré, do Gabinete dos Assuntos Sociais estão entre as 14 altos dirigentes do governo catalão (Generalitat) detidos pela Guardia Civil na manhã desta quarta-feira, 20 de Setembro, na Catalunha, no âmbito da investigação à realização do referendo independentista.

 

Segundo a EFE, citada pela Lusa, a polícia continua a efectuar a buscas nos departamentos de Economia, Exterior, Trabalho e Governação. Outros detidos são Paul Furriol e Mercedes Martínez (ambos relacionados com o aluguer de um armazém onde supostamente se encontra 'material eleitoral'), David Franco Martos (CCTI), David Palancad Serrano, do Gabinete de Assuntos Externos, e Juan Manuel Gómez, do gabinete do Departamento de Economia e Finanças.

 

Os acusados enfrentam acusações de prevaricação, mau uso de dinheiros públicos, desobediência ao Tribunal Constitucional e revelação de segredos, escreve o jornal espanhol "El Mundo".

 

Mariano Rajoy reagiu entretanto, afirmando que a resposta de Madrid perante o "desafio independentista na Catalunha" não pode ser outra. No Parlamento, o presidente do Governo  espanhol  acrescentou ainda que a actuação do Estado é sensata, moderada e proporcional.

 

Numa troca acesa de argumentos com deputados da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e do Partido Nacionalista Basco (PNV), Rajoy afirmou que "a ninguém, no seu perfeito juízo, lhe agrada esta situação e muito menos a mim", mas Puigdemont "passou por cima da lei" e esta "tem de ser cumprida".

 

"Ninguém conte comigo para liquidar a unidade de Espanha e a soberania nacional, não é para isso que me dedico à vida política", advertiu ainda o presidente do Executivo espanhol.

 

Rajoy foi acusado de limitar a "liberdade de expressão" mandando a polícia contra os meios de comunicação social e as gráficas. Nos últimos dias, recorde-se, tem havido várias buscas e apreensões de material de preparação do referendo de 1 de Outubro que foi declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional.

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