Fecho

O Negócios acaba por aqui a cobertura ao minuto da primeira volta das eleições presidenciais em França. Mantenha-se a par dos principais desenvolvimentos em negocios.pt.

Com mais de 96% dos votos contados, Macron chega aos 23,86%

Com 96,57% dos votos contados, Macron chega aos 23,86% e Le Pen aos 21,47%. Se a líder da FN chegou a liderar a contagem quando estavam maioritariamente contabilizados os votos depositados nas assembleias de voto da áreas rurais, à medida que foram sendo contadas as circunscrições dos maiores centros urbanos, Macron foi ganhando terreno acabando por rapidamente ultrapassar a sua rival. 

No entanto, apesar do crescendo de Macron, o candidato centrista tem uma vantagem sobre Le Pen inferior a 1 milhão de votos. Macron tem cerca de 8,4 milhões de votos face aos 7,6 milhões de Le Pen. O Ministério do Interior publicou no Twitter a distribuição dos vencedores por região. 

#Presidentielle2017 Vue d'ensemble des résultats : candidat arrivé en tête dans chaque département pic.twitter.com/R1pH2ELiJj

— Ministère Intérieur (@Place_Beauvau) 23 de abril de 2017

Participação contraria piores expectativas

Às 00:30 em Lisboa e com 90% dos votos contabilizados, a participação eleitoral cifrava-se em 78,13%, um valor inferior ao da afluência às urnas verificada na primeira volta das presidenciais de 2012 (79,48%), mas em linha com os níveis de participação registados ao longo dos últimos 50 anos no primeiro turno da eleição presidencial.

A taxa de abstenção de 21,87% (equivalente a cerca de 9,7 milhões de eleitores) mostra que houve mobilização para votar neste acto eleitoral, o que contraria as indicações dadas pelas sondagens divulgadas antes das eleições deste domingo, que antecipavam uma forte abstenção, em especial provocada pelo descontentamento do eleitorado em relação à classe política. 

Por outro lado, e ao contrário do que aconteceu em noutros actos eleitorais recentes como as últimas legislativas britânicas, as sondagens para estas presidenciais mostraram-se muito próximas daquilo que deverão ser os resultados finais. 

Great, now the French get to be snooty about their polling. #frenchelection2017 pic.twitter.com/94nwEGYSTv

— Seth Masket (@smotus) 23 de abril de 2017

Lusa: Três detidos em manifestações violentas contra resultados

A polícia francesa deteve três pessoas durante protestos em Paris, em que se registaram confrontos entre manifestantes e autoridades, causando pelo menos dois feridos.

Na Praça da Bastilha, manifestantes empunhavam bandeiras vermelhas e gritavam "Não à Marine e não a Macron", revoltados com os resultados da primeira ronda das eleições presidenciais francesas, em que os dois candidatos mais votados foram o centrista Emmanuel Macron e Marine Le Pen (extrema-direita).

Mais tarde, cerca de 300 pessoas reuniram-se num protesto pacífico na Praça da República, agitando bandeiras vermelhas e dançando à volta de uma fogueira, enquanto cantavam "Agora queimem os vossos cartões eleitorais".

Os manifestantes, que se declararam antifascistas, contestaram a legitimidade destes actos eleitorais e defenderam que ambos os candidatos que vão disputar a segunda volta representam os interesses da oligarquia.

Durante o protesto, que baptizaram como "a noite das barricadas", registaram-se confrontos com as forças de segurança, incluindo o lançamento de objectos contundentes e petardos, além de terem pintado murais e queimado carros.

Petróleo sobe, ouro e iene recuam

Os preços do barril de petróleo iniciaram a sessão desta segunda-feira, 24 de Abril, com ganhos sustentados na queda do dólar face ao euro, depois de a primeira volta das eleições francesas ter colocado Emmanuel Macron à frente de Marine Le Pen, impulsionando a moeda única mais de 1%.

O preço do Brent do Mar do Norte em Londres sobe 0,48% para 52,21 dólares, enquanto em Nova Iorque o West Texas Intermediate soma 0,38% para 49,81 dólares.

Perante a especulação de que Emmanuel Macron possa vir a ser o próximo presidente de França, na segunda volta a 7 de Maio, acentua-se o apetite dos investidores pelo risco e activos normalmente de refúgio, como o ouro ou o iene, estão em queda.

O preço da onça de metal amarelo cai 0,95% para 1.272,19 dólares, enquanto a divisa japonesa recua 0,87% para 0,009084 dólares.

Cidadãos realça vitória para reconstrução do projecto europeu

O partido espanhol Cidadãos, através do seu líder Albert Rivera, já felicitou o Emmanuel Macron pelo resultado alcançado esta noite, destacando "a grande notícia para reconstruir o projecto europeu". 

Um pouco à imagem do movimento Em Marcha lançado há menos de um ano por Macron, também o Cidadãos é uma força política apostada em superar a tradicional clivagem esquerda-direita, assumindo-se como um partido de centro. 

@Albert_Rivera "La victoria de @EnMarchefr es una gran noticia para el futuro, para reconstruir el proyecto europeo" #ObjetivoFrancia pic.twitter.com/DvJJAWSW1R

— Ciudadanos (@CiudadanosCs) 23 de abril de 2017

Abalo no "centrão" confirmado

Mesmo que ainda provisórios, os resultados confirmam o abalo sofrido pelos partidos tradicionais do espectro político gaulês, já que pela primeira vez desde que Charles de Gaulle instaurou a V República, há mais de cinquenta anos, a segunda volta da eleição presidencial não contará com pelo menos um dos dois mais representativos partidos gauleses, socialistas e conservadores. 

Apesar de ter sido militante do PS francês e membro de um Governo deste partido, Emmanuel Macron emergiu ao centro do quadro político de França rejeitando precisamente o seu passado socialista e com base num discurso assente em várias premissa anti-sistema, como demonstrou o discurso de vitória proferido esta noite: "Mudámos a face da política francesa", proclamou.

Também anti-sistémico é o partido da outra candidata presidencial, Marine Le Pen, líder da Frente Nacional que se encaminha não só para conseguir o melhor resultado de sempre numa primeira volta presidencial, mas também para alcançar a maior votação em termos absolutos no que concerne a uma eleição ao nível nacional.

Schulz também apela ao voto em Macron

O ex-presidente do Parlamento Europeu e candidato do SPD à chancelaria alemã nas eleições de Setembro próximo, Martin Schulz, também já felicitou Emmanuel Macron evidenciando o apoio ao candidato europeísta, cuja vitória na segunda volta o alemão considera importante para evitar a chegada ao poder do nacionalismo. 

Je félicite @EmmanuelMacron! Mnt, il faut que tous les démocrates en France s’unissent pour que la nationaliste ne devienne pas présidente.

— Martin Schulz (@MartinSchulz) 23 de abril de 2017

Ipsos: Macron supera os 60% na segunda volta

Com base numa estimativa das intenções de voto para a segunda volta das presidenciais francesas, o Ipsos refere que Macron conseguirá 62%, batendo por larga margem a candidata Le Pen que não vai além dos 38%. 

Ainda assim, tal resultado representaria uma grande evolução da Frente Nacional no que diz respeito à participação numa segunda volta presidencial, já que na única vez em que um candidato do partido de extrema-direita foi ao segundo turno (2002, Jean-Marie Le Pen) não chegou sequer à marca dos 20%.

#Presidentielle2017 #2ndTour Enquête Cevipof/ Ipsos/ @SopraSteria_fr Estimation des Intentions de vote pour le 2nd tour : pic.twitter.com/dLV52SBsvt

— Ipsos France (@IpsosFrance) 23 de abril de 2017

Merkel e Juncker desejam "boa sorte" a Macron

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, felicitou hoje o centrista Emmanuel Macron, a quem as projeções dão a vitória nas eleições presidenciais francesas e favorito na segunda volta, marcada para 7 de Maio.

Numa publicação na rede social Twitter, o porta-voz de Juncker diz que este felicitou Macron "pelo seu resultado na primeira volta" e deseja ao candidato centrista "boa sorte para a seguinte", na qual vai defrontar a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.

.@JunckerEU a félicité @EmmanuelMacron pour son résultat au premièr tour et lui a souhaité bon courage pour la suite. #Presidentielle2017

— Margaritis Schinas (@MargSchinas) 23 de abril de 2017

Macron a 1,2 pontos de distância de Le Pen

Com 40 milhões de votos contados, o candidato centrista Emmanuel Macron arrecada 23,54% dos votos, contra 22,33% de Marine Le Pen, a candidata da extrema-direita.

Macron defende renovação de França e refundação da Europa

O candidato que as projecções dão como vencedor da primeira volta das eleições presidenciais em França comprometeu-se este domingo à noite com a renovação política da França e disse que é preciso uma "refundação" da Europa.

"Não há várias Franças, apenas uma: a França dos patriotas, numa Europa que protege e que teremos de refundar," afirmou Emmanuel Macron em Paris, perante os seus apoiantes, pedindo que continuem ao seu lado para "ir mais além" e "reunir todos os franceses".

"O país atravessa um momento único na sua história, marcado pelo terrorismo, por desafios económicos e sociais. E respondeu da melhor forma, votou de forma maciça. Decidiu pôr-me à frente na primeira volta deste escrutínio", afirmou, garantindo: "Nunca estarei longe de vós e precisarei sempre de vós".

'I want to be the president of France,' says Emmanuel Macron who's projected to be in the #FrenchElection run-offhttps://t.co/abpe64Yyyx pic.twitter.com/Q3PfhtWALh

— BBC News (World) (@BBCWorld) 23 de abril de 2017

Mélenchon remete orientação de voto para a plataforma de apoio

Jean-Luc Melénchon, o candidato da esquerda radical que obteve uns surpreendentes 19% de votos, recusou-se a manifestar apoio a Macron desde já. O candidato que ficou em quarto lugar disse que não tem mandato para o fazer e colocou a decisão na mão das pessoas que apresentaram a sua candidatura.

"Não recebi nenhum mandato das 450 mil pessoas que decidiram apresentar a minha candidatura para me exprimir em seu nome sobre o que fazer a seguir. Elas são chamadas a apresentar-se na plataforma e o resultado da sua expressão será tornado público", disse em relação a um eventual apoio a um dos dois candidatos que passaram à segunda volta.

Le Pen à frente na contagem

Quando há 20 milhões de votos escrutinados - e as grandes cidades ainda não foram apuradas - os dados oficiais parciais do Ministério do Interior francês dão 24,38% dos votos a Marine Le Pen, 22,19% a Emmanuel Macron, 19,63% a François Fillon e 18,09% a Jean-Luc Mélenchon.

Jean-Marie Le Pen: "Por uma vez, as sondagens não se enganaram"

Citado pelo Libération, o fundador da Frente Nacional e pai da actual líder do partido, Jean-Marie Le Pen, notou que "por uma vez, as sondagens não se enganaram", aludindo ao facto de tanto Macron como Marine Le Pen terem garantido a ida à segunda volta das presidenciais gaulesas, o cenário apontado pelas sondagens, ao longo das últimas semanas, como o mais provável.

Jean-Marie Le Pen foi expulso da FN pela própria filha na sequência de comentários xenófobos e racistas proferidos pelo fundador do partido de extrema-direita.

Euro dispara com vitória de Macron

A moeda única europeia transacciona em máximos de mais de cinco meses na abertura da sessão em Auckland, Nova Zelândia, depois de os primeiros resultados das eleições presidenciais em França apontarem para uma vitória do candidato centrista Emmanuel Macron na primeira volta, à frente da candidata da extrema-direita e anti-euro Marine Le Pen, que promete referendar a permanência na Zona Euro se chegar ao Eliseu.

O euro ganha 1,69% para 1,906 dólares, mas já esteve esta sessão a ganhar 1,95% para 1,0933 dólares, o maior valor e o maior ganho numa sessão desde 10 de Novembro, dois dias depois das eleições presidenciais nos EUA que deram a vitória a Donald Trump.

Café português festejou passagem à segunda volta de Marine Le Pen

Entre finos e petiscos à portuguesa, no café "Chez Tonton", junto a Paris, alguns emigrantes festejaram a passagem de Marine Le Pen, a líder da extrema-direita, à segunda volta das presidenciais francesas.

Manuel Domingos, proprietário do restaurante que foi chamado a "cantina do FN" (Frente Nacional) pelo jornal Le Monde e a "cantina de Marine Le Pen" pelo Le Figaro, votou Marine Le Pen e assim que foram anunciados os resultados disse estar "muito satisfeito".

"Digo-lhe francamente: estou muito satisfeito. Esperava melhor, será para a próxima volta. Felicitações para a Marine. Ela merece, com todo o carinho. Tenho muita amizade, muita paixão, gostava que ela fosse vitoriosa na primeira volta, não é o caso. Vamos esperar mais uns dias", declarou o franco-português de 55 anos que acredita que a líder da FN pode vencer à segunda volta, refere a Lusa.

Le Pen assume-se a "candidata do povo"

A líder da Frente Nacional reagiu à sua passagem à segunda volta como tratando-se de um "resultado histórico", de "defesa da prosperidade, independência e cultura francesa". Marine Le Pen garantiu que as votações deste domingo são reflexo de um "acto de orgulho francês", de um "povo seguro dos seus valores".

Depois de criticar o sistema que "procurou abafar o grande debate político que devia ser esta eleição", Le Pen afiançou que "o grande debate terá agora lugar" na segunda volta. Sem nunca se referir a Macron, o rival no segundo turno agendado para o dia 7 de Maio, Le Pen criticou "os herdeiros de [François] Hollande", com os quais a "renovação não irá acontecer".

Nesse sentido, Le Pen assume-se como a "candidata do povo", a única que poderá promover "a grande alternância, uma alternância fundamental que mostrará uma nova política e a renovação que vocês esperam". Mudança que assentará na luta contra realidades como a "globalização selvagem" as "migrações em massa" ou a "livre circulação de terroristas".

Para Le Pen a escolha na segunda volta será feita entre os seguidores das políticas de Hollande, incapazes de mudar de políticas, e ela própria que promete uma "França de fronteiras", de "identidade nacional" e de "empregos". Esta é a "altura de libertarmos o povo francês das elites arrogantes" porque o "o que está em causa é o interesse superior do país" e "a sobrevivência de França". 

Abstenção poderá ficar em 22%

Segundo as projecções 19h10 da Kantar Sofres-Onepoint para o diário Le Figaro, a abstenção situou-se em 22%. A confirmar-se, será um valor ligeiramente superior ao verificado há cinco anos, que foi de 20,5%. Na segunda volta espera-se uma abstenção maior, seguindo o que é tradição no país. 

Mélenchon pede prudência para com resultados com base em "sondagens"

O candidato da extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, reagiu há minutos às primeiras projecções, através da sua conta no Facebook, pedindo "prudência" dos comentadores quando ainda falta contar os votos das grandes zonas urbanas.

"Não validamos o resultado anunciado com base em sondagens. Os resultados das grandes cidades não são ainda conhecidos. Apelo à contenção e à prudência dos comentadores. Jlm", lê-se na mensagem publicada. 

Marion Le Pen critica apelo ao voto em Macron

Marion Le Pen, deputada da FN e sobriha de Marine, fala em "grande vitória de todos os patriotas". Numa série de tweets, Marion Le Pen critica o apelo ao voto já feito por vários socialistas e conseravdores no candidato Macron. 

"#Fillon appelle déjà à voter pour #Macron, l'héritier d'#Hollande, qu'il a toujours combattu." #LCI

— Marion Le Pen (@Marion_M_Le_Pen) 23 de abril de 2017

Confrontos na praça da Bastilha

A presença de Marine Le Pen na segunda volta das eleições francesas, como apontam as primeiras projecções, levou a que as manifestações pacíficas que se desenrolavam na praça da Bastilha, no centro de Paris, se transformassem em confrontos. 

Tratar-se-á de militantes anti-fascistas que protestam contra a passagem da candidata da extrema-direita ao próximo turno eleitoral. A polícia interveio.

Emprego e terrorismo foram os temas mais mobilizadores

A preocupação em relação ao emprego e à luta contra o terrorismo foram os temas que mais mobilizaram os eleitores a irem às urnas na primeira volta das presidenciais gaulesas, nota o Harris Interactive. 

Importance des thématiques dans le choix de vote au 1er tour #Présidentielle2017 @m6info pic.twitter.com/g9yWg9rJqZ

— Harris Interactive (@harrisint_fr) 23 de abril de 2017

Fillon ganha ligeira vantagem a Melénchon

As projecções dos institutos de sondagens vão sendo actualizadas regularmente. Neste momento, há duas tendências fortes a reter a partir das sondagens feitas para dois jornais franceses, o Le Monde e o Le Figaro: o liberal Macron à frente da líder da extrema-direita Le Pen. E o conservador Fillon a ganhar ligeira vantagem face ao candidato da esquerda radical, Melénchon. 

Frente Republicana contra Le Pen

A já quase certa passagem de Macron e Le Pen à segunda volta permite confirmar a formação de um movimento político favorável à eleição do antigo ministro da Economia. A chamada Frente Republicana já está em movimento, com o conservador de centro-direita, François Fillon, e os socialistas Benoit Hamon e Bernard Cazeneuve (primeiro-ministro) a apelarem ao voto Macron, sinalizando a importância de derrotar a candidata da extrema-direita. 

Este é movimento era esperado e não é inédito. Já em 2002 foi formado um "cordão sanitário" para derrotar o então líder da FN, Jean-Marie Le Pen, e dar a vitória ao conservador Jacques Chirac.

Hollande promete manifestar escolha "rapidamente"

O actual presidente francês, François Hollande, fez saber que vai dar conta "rapidamente" e "muito claramente" da sua escolha na segunda volta, mas que não deverá fazê-lo este domingo, refere o Le Figaro, citando fontes do Eliseu.

O presidente terá ligado a Macron para felicitá-lo pelo resultado, avançou o Le Monde, citando também o Eliseu.

Primeiro-ministro francês apoia Macron

O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, pediu aos eleitores para que rejeitem o apelo da candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, e votem em Emmanuel Macron na segunda volta das eleições presidenciais francesas.

"A presença de um candidato de extrema-direita 15 anos depois do impacto que houve em 2002 obriga-nos a unir todos os republicanos contra" Marine Le Pen, destacou o chefe do executivo francês, citado pela Lusa. 

"Peço-vos que votem em Macron para ganhar a esse projecto desastroso que atrasaria a França e dividiria os franceses", afirmou, citado pela agência de notícias espanhola Efe, na sede do Governo francês.

A evolução das sondagens

O institutoIpsos publicou um gráfico que mostra a evolução das sondagens com o resultado estimado nesta primeira volta das presidenciais. 

#Presidentielle2017 - les enquêtes #Ipsos vs les estimations à 20h00 ce soir. #Sondage #JeVote #ElectionPresidentielle2017 pic.twitter.com/7aQzqEQAf9

— Ipsos France (@IpsosFrance) 23 de abril de 2017

Fillon reconhece derrota e pede voto em Macron

O candidato da direita, cuja corrida ao Eliseu esteve envolta em polémica durante a campanha devido ao alegado favorecimento de familiares com verbas públicas, reconheceu a derrota ao não conseguir passar à segunda volta nas eleições deste domingo.

François Fillon - que nas primeiras projecções aparece em terceiro lugar - assumiu ser apenas ele o responsável pelo seu resultado e pediu aos apoiantes para se mobilizarem para as eleições legislativas em Junho - as sondagens apontam para a vitória dos Republicanos nesse acto eleitoral.

Fillon acrescenta que votará em Emmanuel Macron - que actualmente lidera nas projecções - e defende que a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, conduzirá o país ao "fracasso" se vencer as eleições.

Ifop também dá margem de dois ponto a Macron sobre Le Pen

A estimativa doIfop também colocaMacron (23,8%) dois pontos percentuais à frente de Le Pen (21,6%). No entanto, esta projecção atribui o terceiro lugar a FrançoisFillon (20,3%), mais de um ponto à frente de Jean-LucMélenchon (19,6%). 

Estimations Ifop à 20h (1/2) : E. #Macron à 23.8%, M. #LePen à 21.6%, F. #Fillon à 20.3%, JL. #Mélenchon à 19.6% et B. #Hamon à 6.1% pic.twitter.com/yGYUpuUqv1

— Ifop (@IfopOpinion) 23 de abril de 2017

Macron e Le Pen com dois pontos de distância - Ipsos

A projecção do instituto Ipsos-Sopra Steria, feita para o diário Le Monde, baseada em resultados parciais já apurados, diz o seguinte:

Macron: 23,7%

Le Pen: 21,7%

Melénchon: 19,5%

Fillon: 19,5%

Hamon: 6,2%

? #Presidentielle2017 ? Estimation Ipsos / @SopraSteria_fr à 20h du classement des candidats lors de ce premier tour pic.twitter.com/o6T4qBMGSq

— Ipsos France (@IpsosFrance) 23 de abril de 2017

Fora da primeira volta, Hamon pede voto em Macron

O candidato dos socialistas ao Eliseu, Benoît Hamon, que de acordo com as primeiras estimativas terá ficado de fora dos finalistas na eleição presidencial, apelou a que os franceses "combatam o mais fortemente possível" a Frente Nacional (da candidata Marine Le Pen, em segundo nas projecções), pedindo o voto em Emmanuel Macron "mesmo não pertencendo ele à esquerda." 

"Avalio a sanção histórica que exprimiram contra o PS. (...) A esquerda não morreu", afirmou.

Também François Bayrou e Jean-Pierre Raffarin já apelaram a uma união em torno do candidato centrista e independente.

Macron: "Virámos claramente uma página na política francesa"

"Viramos claramente hoje uma página na política francesa," disse à Agência France Presse, citada pelo Le Figaro, o candidato do movimento En marche!, à frente nas projecções de voto na primeira volta das presidenciais francesas.

Encerraram as urnas

São 19:00 (20:00 em Paris), a hora de fecho das urnas em França. 

Participação ainda pode ficar acima, ou abaixo, de 2012

A menos de 20 minutos do encerramento das assembleias de voto nas grandes cidades gaulesas (às 18:00 em Lisboa fecharam as urnas nos meios rurais) é ainda difícil antecipar se a afluência às urnas vai, ou não, superar a participação registada no primeiro turno das presidenciais de 2012. 

O instituto Ifop estima uma participação de 80%, ligeiramente acima dos 79,48% de há cinco anos. 

A 19h30, l'estimation réactualisée du taux de participation est de 80% pic.twitter.com/jaI0oDdHcf

— Ifop (@IfopOpinion) 23 de abril de 2017

? #Presidentielle2017 ?Estimation Ipsos / @SopraSteria_fr de l'abstention à 19h20 : 23% - Suivez-nous en direct sur https://t.co/LozwJMtnKC pic.twitter.com/x8loJ4hjuo

— Ipsos France (@IpsosFrance) 23 de abril de 2017

Assembleia de voto evacuada devido a veículo suspeito

O medo de atentados terroristas está bem presente nesta jornada eleitoral, em especial depois do tiroteio que aconteceu na passada quinta-feira no centro de Paris. Segundo a Reuters, uma assembleia de voto, na cidade de Besançon, no leste do país, foi evacuada este domingo devido ao abandono, junto da mesma, de um automóvel roubado com matrículas falsas. 

Foi Ministério do Interior a confirmar esta informação, adiantando que o veículo tinha sido abandonado com o motor ainda a trabalhar. 

Participação eleitoral deverá ser maior do que em 2012

Tendo em conta as estimativas que apontam para uma participação eleitoral acima de 80%, isso significa que a afluência às urnas nesta primeira volta das presidenciais gaulesas deverá superar a registada no primeiro turno de 2012, em que a participação foi de 79,5%.

O director do departamento de política e opinião doHarrisInteractive publicou noTwitter um gráfico com a participação eleitoral verificada nas primeiras voltas das presidenciais de França. 

A avoir à l'esprit pour ce soir. Participation à l'élection présidentielle pic.twitter.com/9hmyOGEKNW

— Jean-Daniel Lévy (@jdlevy) 23 de abril de 2017

Taxa de participação pode chegar aos 80%

As estimativas divulgadas a meio desta tarde apontam para que a taxa de abstenção nestas eleições atinja cerca de 20%. Uma estimativa do IFOP antecipa uma participação de 81% dos eleitores, enquanto um estudo de opinião da Kantar projecta uma abstenção de 22%. A estimativa da Harris Interactive aponta para que taxa de abstenção seja ligeiramente de 21,5%.

Estimation de l’abstention à 20h00 à l’issue du scrutin : 21,5% @m6info #Présidentielle2017 pic.twitter.com/dK0ZnZ4QZl

— Harris Interactive (@harrisint_fr) 23 de abril de 2017

69,42% dos franceses votaram até às 16:00

O Ministério do Interior avança que, até às 17:00 locais (menos uma hora em Portugal Continental) já tinham votado 69,42% dos eleitores. O valor fica ligeiramente abaixo dos 70,59% dos eleitores que tinham votado, até esta hora, nas eleições de há cinco anos refere o Le Figaro.

Trump sobre a eleição em França: "Muito interessante"

O presidente norte-americano volta a referir-se às eleições em França, dias depois de ter aludido ao acto que vai escolher o próximo líder do país ainda no rescaldo do ataque nos Campos Elísios. 

Na altura, Donald Trump, referia-a a "outro ataque terrorista em Paris", defendendo que o "povo de França não vai aguentar muito mais disto". "Terá um grande efeito na eleição presidencial!", advogava.

Este domingo, a mensagem foi mais breve: "Eleição muito interessante a decorrer actualmente em França", escreveu na sua conta de Twitter.

Very interesting election currently taking place in France.

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 23 de abril de 2017

Secções de voto evacuadas por receio de ameaças

Pelo menos três secções de voto terão sido evacuadas esta manhã, três dias depois do ataque terrorista nos Campos Elísios, centro de Paris. Em causa a presença de objectos ou veículos suspeitos, conta o Le Figaro. 

Em Haguenau, Alsácia, a  brigada de minas e armadilhas foi chamada às 10:30 (mais uma hora que em Portugal Continental) numa secção de voto em Bellevue devido à presença de um objecto suspeito, que acabou por se perceber tratar-se de uma geleira vazia.

Em Saint-Omer (Pas-de-Calais), duas outras secções foram esvaziadas devido a um veículo suspeito, com matrícula holandesa. O falso alarme foi confirmado pela polícia às 11:30 (hora local). 

Em Besançon, mais dois locais encerrados temporariamente devido à descoberta de uma espingarda no interior de uma viatura estacionada nas proximidades. 

Em Lisboa, espera-se uma hora para votar

Algumas centenas de pessoas esperaram, em média, uma hora para votarem na embaixada francesa em Lisboa nesta primeira volta das eleições para a presidência de França, formando uma fila de cerca de 300 metros, avança a Lusa.

Jacques Alexandre, francês de origem portuguesa, viajou com mais de 40 compatriotas do Algarve para poder votar na capital. "Espero que o candidato em que eu vou votar esteja na segunda volta, mas há quatro candidatos favoritos e não se sabe."

"As sondagens dão a entender que não podemos faltar ao voto. Damos um sinal democrático", garante a francesa, que confessa o receio com os "extremos, o que nunca é bom para a democracia," afirma Caroline, há mais de 20 anos a viver em Portugal. "Eu nunca vi uma fila assim. Parece a Rússia do tempo da busca da comida", compara.

Taxa de participação sobe ligeiramente em relação a 2012

A taxa de participação na primeira volta das eleições presidenciais em França atingia os 28,54% às 10:00 TMG (11:00 em Lisboa), uma ligeira subida em relação a 2012 (28,29%), indicou o Ministério do Interior francês.

O grau de mobilização dos eleitores é uma das incógnitas desta eleição de resultado incerto, com quatro dos 11 candidatos com possibilidade de passar à segunda volta.

As sondagens mais recentes, divulgadas na sexta-feira, colocam Emmanuel Macron (centro) à frente de Marine Le Pen (extrema-direita), com 24% e 22% respetivamente, e Jean-Luc Mélenchon (esquerda) e François Fillon (direita) empatados com 19%.

Quando serão conhecidos os nomes dos dois candidatos que vão à segunda volta?

As urnas encerram entre as 19:00 e as 20:00, hora local (entre as 18:00 e as 18:00), com as assembleias de voto das grandes cidades a fecharem somente às 20:00. Antes já estarão encerradas as urnas em territórios ultramarinos como Martinica, Guiana Francesa, ou Guadalupe, onde se começa a votar ainda no sábado.

Ao longo da jornada eleitoral irão sendo revelados dados relativos à participação eleitoral. A primeira às 12:00 e e segunda às 17:00. A participação eleitoral será determinante numa eleição em que a campanha eleitoral chegou ao fim (à meia-noite da passada sexta-feira) com um terço de indecisos.

Logo depois do fecho das assembleias de voto, empresas de sondagens e o Ministério do Interior vão divulgar as primeiras projecções com base em resultados preliminares que, por norma, acertam no nome dos candidatos que passam à segunda volta.

Contudo, desta feita poderá ser necessário esperar para lá das 20:00 locais tendo em conta o inédito número elevado de candidatos com possibilidade de passar ao segundo turno (Macron, Le Pen, Fillon e Mélenchon) e a proximidade entre eles que as intenções de voto mostram.

A dificuldade assumida pelas empresas de sondagens em analisar uma disputa tão apertada faz com que possam ser necessárias algumas horas após o encerramento das urnas para se saber quais os dois concorrentes mais votados.

Chegou o dia da mais singular eleição presidencial francesa

É este domingo que o eleitorado gaulês é chamado a votar na primeira volta das eleições presidenciais, numa corrida cujo resultado é imprevisível e em que pela primeira vez há quatro candidatos com possibilidades de passar ao segundo turno.  

O que dizem as sondagens em França?

Os franceses são chamados às urnas este domingo. Manuel Esteves, editor de economia, explica-lhe onde estão concentrados os eleitores indecisos, o que pode ser determinante para os resultados finais. 

Como se posicionam os candidatos nos grandes temas

Neste esquema, retirado numa versão simplificada do site do jornal Le Monde, Marine Le Pen e Fillon andam quase sempre próximos menos na protecção social e na Europa. É também a política europeia o tema que mais afasta Melénchon dos candidatos oriundos do PS. Veja as diferenças.

Quem são e o que prometem os candidatos a presidente de França

Se há coisa de que os eleitores franceses não se podem queixar é de falta de alternativas nas Presidenciais. Veja quem são e o que defendem os principais candidatos às eleições deste domingo.   

Quatro temas que marcaram a campanha presidencial em França

Desde há dois anos a ameaça terrorista passou a fazer parte do quotidiano dos franceses, fazendo com que segurança e imigração assumissem papel central na campanha eleitoral para as presidenciais gaulesas deste domingo. 

Quatro cenários para o impacto das presidenciais na bolsa

A possibilidade, mesmo que remota, de um candidato partidário do "Frexit" vir a vencer as presidenciais francesas causa nervos nos mercados. Se o cenário temido não se verificar, haverá margem para valorizações.

Seixas da Costa: Indiferenciação "faz com que o PS francês esteja a ponto de implodir"

Embaixador de Portugal em França entre 2009 e 2013 e antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Francisco Seixas da Costa considera que a sobreposição programática entre socialistas e conservadores "faz com que o PS francês esteja a ponto de implodir".

O abalo do centrão francês

Implosão dos partidos tradicionais ou reorganização do espaço político? A questão coloca-se a duas semanas das presidenciais francesas. Socialistas e conservadores arriscam-se a ficar de fora do "sprint" final das eleições, mas não necessariamente da governação do país.

Liberdade, igualdade e fraternidade?

A lenta agonia do PS francês acelerou-se com a presidência de François Hollande. O nacionalismo de Le Pen e a projecção não-ideológica de Macron evidenciam o fim de uma era. A primeira volta das presidenciais francesas realiza-se a 23 de Abril e, para muitos, o PS já está fora da corrida. Não tem um rumo e balcanizou-se. Deixou de existir. Em França e não só.