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Macron distancia-se de Le Pen a dois dias das eleições

O candidato centrista amplia a vantagem para a líder da extrema-direita numa sondagem conhecida esta sexta-feira. A consulta foi feita antes do ataque terrorista em Paris, reivindicado pelo Estado Islâmico e que deixou dois mortos e dois feridos.

Reuters
21 de Abril de 2017 às 10:02
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Numa das últimas sondagens antes da primeira volta das eleições presidenciais em França, o candidato centrista e antigo ministro da Economia, Emmanuel Macron, distancia-se da principal adversária, Marine Le Pen. 

O estudo de opinião, divulgado esta sexta-feira, 21 de Abril pela Elable, coloca Macron com 24% das intenções de voto, contra os 21,5% de Marine Le Pen, ou 2,5 pontos percentuais de vantagem. Na última sondagem daquela empresa, feita há três dias, a vantagem era de 1,5 pontos, avança a Reuters.

As contas podem, no entanto, ter resultado imprevisível, já que o candidato da direita François Fillon e o da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon (com 19,5%) também melhoraram a sua posição na primeira volta.

Se Macron e Le Pen passarem à segunda volta, Macron está posicionado para ganhar a corrida com 65% contra 35% da sua adversária, mostra o estudo de opinião. Se Mélenchon disputar a corrida com Le Pen ou Fillon, sairá ganhador. Se o adversário for Fillon, perderia com 41% contra 59%.

Dos eleitores consultados, 71% dizem que irão às urnas no próximo domingo, a mais elevada percentagem até ao momento numa campanha em que o número de indecisos pode deixar tudo em aberto até à contagem dos votos.

Estes são dados conhecidos horas depois de um ataque reivindicado pelo Daesh nos Campos Elísios, em Paris, que deixou dois mortos (um dos quais era o atacante) e dois feridos. Porém, a consulta popular foi feita esta quarta e quinta-feira, antes deste incidente ocorrer.

A polícia belga já confirmou entretanto a detenção de um suspeito ligado ao ataque, que se entregou às autoridades deste país vizinho. O autor dos disparos é um cidadão de nacionalidade francesa, que o Daesh apelida de Abu Yousif al-Belgiki.

Obama deseja "boa sorte" a Macron

Entretanto, Emmanuel Macron recebeu aquilo que pode ser interpretado como uma mensagem de solidariedade de Barack Obama, o antigo presidente norte-americano  - "apoio" é um termo que o staff de Obama evita usar para definir este contacto.

Numa chamada telefónica divulgada esta quinta-feira ao início da noite na conta de Twitter do candidato presidencial, Macron surge sentado à secretária em mangas de camisa e troca algumas palavras em inglês com Obama.


"A principal mensagem que tenho é desejar-lhe tudo de bom nos próximos dias e assegurar, como disse, que trabalha arduamente. Porque nunca se sabe, pode ser o último dia de campanha, faz toda a diferença," disse o 44.º presidente dos EUA, que esteve oito anos na Casa Branca.

"Farei o meu melhor, acredite, e vou lutar até ao último minuto e vamos manter-nos em contacto e as nossas equipas vão manter-se em contacto para vermos como podemos trabalhar juntos, se eu chegar à segunda volta," respondeu Macron. A conversa termina com um "B
oa sorte" de Barack Obama.

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